segunda-feira, 28 de março de 2011

Japão: radioatividade chega aos Açores sem risco para a saúde


Partículas de gás Xenon 133, resultantes da central nuclear de Fukushima, no Japão, foram detetadas nos Açores, afirmou hoje o investigador universitário Félix Rodrigues, adiantando que os “vestígios mínimos” encontrados não causam perigo para a saúde.
“Pelo estudo de modelação efetuado à coluna de ar da atmosfera, idêntico ao realizado pela maioria dos países, podemos concluir que a maioria das partículas atinge particularmente os EUA e o Canadá, estando os Açores numa situação razoável”, acrescentou este especialista da Universidade dos Açores.
Félix Rodrigues salientou que “a modelação baseou-se nos dados disponibilizados pelos EUA e Europa do Norte”, que indicam ter sido o 'Xenon 131' o primeiro a chegar, mas sem consequências para a saúde, porque “as quantidades são mínimas e desfazem-se em meia dúzia de dias”.
Neste momento, esses elementos estão a atingir a Península Ibérica e, de uma forma geral, a Europa diz o investigador. Mais perigosos são o 'Césio 137' e o 'Estrôncio 90', que se “depositam no solo e cuja radioatividade só se reduz a metade passados trinta anos”.
O investigador frisou, no entanto, que “a modelação efetuada a uma altitude de 2.500 metros indica que está a chegar (o Césio 137) em pequenas quantidades e não aponta para que venha a descer para o solo”.
Félix Rodrigues adiantou que, “quando se analisam os dados a uma altitude de 5.000 metros percebemos que, neste momento, esses elementos estão a atingir a Península Ibérica e, de uma forma geral, a Europa”.
O transporte das matérias radioativas, de acordo com o investigador, faz-se sobretudo através das correntes de jato (jet stream) na estratosfera, movendo as massas de ar em altitude de oeste para leste.
O sismo e o tsunami de 11 de Março no Japão afetou a central de Fukushima.
Diário Digital / Lusa

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