A propagação, nos últimos anos, de
doenças infeciosas como a malária, a chikungunya e mesmo o ebola são exemplos
de como a mudança climática ameaça a segurança sanitária mundial, diz a
Organização das Nações Unidas (ONU). “A mudança climática afeta as temperaturas
e as condições climáticas das regiões. Na África, por exemplo, os mosquitos
podem se propagar de uma região para outra com mais facilidade que antes, tal
como na América Latina”, disse o diretor executivo do Conselho de Administração
do Programa da ONU para o Meio Ambiente, Achim Steiner
CORREIO DO BRASIL
Ele acrescentou que em muitas partes do
mundo se verá a volta ou a chegada de doenças que simplesmente não tinham sido
notificadas antes, devido às altas temperaturas. Steiner destacou que esse fato
afetará a infraestrutura sanitária e o sistema de saúde e, em última instância,
a saúde e o bem-estar de cada uma das populações do planeta.
Segundo o diretor, outro efeito da
mudança climática na saúde é a contaminação, uma vez que a emissão de dióxido
de carbono e outros produtos causa agora a morte prematura de aproximadamente 7
milhões de pessoas no mundo a cada ano. “Esse registro é maior do que o número
de mortes prematuras por HIV/aids e a malária”, comentou Steiner, que defende a
implementação de políticas ambientais.
Para ele, grandes economias como o
Brasil tomaram medidas significativas para resolver as principais fontes de
emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono. “O Brasil tem
ajudado muito a reduzir o desmatamento, que é, talvez, um dos passos mais
importantes”, disse, citando também a Nicarágua pela “incorporação de
tecnologias de energias renováveis para gerar eletricidade.”
Imagem: A mudança climática afeta as
temperaturas e as condições climáticas das regiões
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