A osteoporose é uma doença que leva à perda de
massa óssea e à fragilização do osso, aumentando o risco de fraturas. A
osteoporose pode tornar os ossos tão frágeis, que uma queda ou até mesmo leves
impactos, como curva-se ou tossir, podem causar uma fratura. Os ossos mais
acometidos pela osteoporose são os do quadril, punho e coluna.
http://www.mdsaude.com/2009/09/osteoporose.html
Neste artigo abordaremos as seguintes questões
sobre a osteoporose:
- O que é osteoporose?
- Como é o osso normal?
- Quais são o fatores de risco para osteoporose?
- Quais são os sintomas da osteoporose?
- Como é feito o diagnóstico da osteoporose?
- Como se trata osteoporose?
Osso sadio
Os nossos ossos não são todos maciços como a sua
aparência sugere e nosso esqueleto não é apenas uma estrutura de sustentação,
mas sim, um órgão vivo com várias funções no organismo.
Na parte externa (cortical) o osso é compacto e tem
uma aparência sólida. Porém, no seu interior ele é trabeculado, com a aparência
de uma esponja. É através desses espaços que passam os vasos sanguíneos e
localiza-se a medula óssea.
Osso normal x Osso com osteoporose
|
O osso é composto por uma parte orgânica e outra
mineral, composta basicamente de fosfato de cálcio (fósforo + cálcio).
A osteoporose é o distúrbio onde há redução da
massa mineral, tanto do osso cortical quanto trabecular, levando a uma grande
redução da densidade do osso, tornando-o mais frágil e menos resistentes aos
traumas mecânicos normais do dia a dia. A palavra osteoporose significa osso
poroso.
Como já foi dito, o osso não é uma estrutura sem
vida com função apenas de dar sustentação mecânica ao corpo. Os ossos estão em
constante renovação, um processo necessário para correção de micro lesões
sofridas pelos traumatismos comuns do estresse mecânico diário. O organismo
está o tempo todo destruindo e construindo ossos novos.
Para se manter forte e saudável, o osso necessita
do aporte constante de minerais como o cálcio e fósforo, que é regulado pelas
paratireoides. As paratireoides são glândulas localizadas na base do pescoço,
em cima da tireoide, sendo responsáveis pelo controle dos níveis de cálcio e
fósforo nos ossos e sangue, pelos rins e pela concentração de vitamina D no
sangue.
Até os 30 anos o corpo consegue manter a massa
óssea bem estruturada. A partir dos 30, o processo de reabsorção óssea começa a
ficar maior que o de a produção de osso novo, o que ao longo de vários anos
leva ao desenvolvimento da osteoporose.
A osteoporose além de reduzir a densidade mineral
do osso, também causa distúrbios na sua arquitetura natural, contribuindo ainda
mais para sua fragilidade.
Fatores de risco para osteoporose
- Sexo feminino = 70% dos casos de osteoporose
ocorrem em mulheres.
- Caucasianos (raça branca) e asiáticos.
- Baixa estatura e baixo peso.
- História familiar positiva.
- Menopausa (leia: MENOPAUSA | Sintomas e causas).
- Nunca ter engravidado.
- Sedentarismo.
- Baixa exposição solar = Fator de risco comum em que mora no hemisfério norte.
- Baixa ingestão de cálcio e vitamina D.
- Tabagismo (leia: COMO E PORQUE PARAR DE FUMAR CIGARRO).
- Consumo de bebidas alcoólicas (leia: EFEITOS DO ÁLCOOL E ALCOOLISMO).
- Consumo elevado de refrigerantes (?) = Há indícios porém ainda não se pode afirmar com 100% de certeza.
Doenças associadas a um maior risco de osteoporose
- Caucasianos (raça branca) e asiáticos.
- Baixa estatura e baixo peso.
- História familiar positiva.
- Menopausa (leia: MENOPAUSA | Sintomas e causas).
- Nunca ter engravidado.
- Sedentarismo.
- Baixa exposição solar = Fator de risco comum em que mora no hemisfério norte.
- Baixa ingestão de cálcio e vitamina D.
- Tabagismo (leia: COMO E PORQUE PARAR DE FUMAR CIGARRO).
- Consumo de bebidas alcoólicas (leia: EFEITOS DO ÁLCOOL E ALCOOLISMO).
- Consumo elevado de refrigerantes (?) = Há indícios porém ainda não se pode afirmar com 100% de certeza.
Doenças associadas a um maior risco de osteoporose
- Anorexia nervosa.
- Depressão (leia: O QUE É DEPRESSÃO?).
- Hipertireoidismo (leia: DOENÇAS E SINTOMAS DA TIREOIDE).
- Mieloma múltiplo (leia: ENTENDA O MIELOMA MÚLTIPLO).
- Anemia perniciosa (deficiência de vitamina B12).
- Síndrome de Cushing.
- Doença de Crohn (leia: ENTENDA A DOENÇA DE CROHN E A RETOCOLITE ULCERATIVA).
- Depressão (leia: O QUE É DEPRESSÃO?).
- Hipertireoidismo (leia: DOENÇAS E SINTOMAS DA TIREOIDE).
- Mieloma múltiplo (leia: ENTENDA O MIELOMA MÚLTIPLO).
- Anemia perniciosa (deficiência de vitamina B12).
- Síndrome de Cushing.
- Doença de Crohn (leia: ENTENDA A DOENÇA DE CROHN E A RETOCOLITE ULCERATIVA).
Medicamentos associados à osteoporose
- Corticoides (cortisona) (leia: INDICAÇÕES E
EFEITOS DA PREDNISONA E CORTICOIDES).
- Fenitoína.
- Carbamazepina.
- L-Tiroxina (hormônio tireoidiano).
- Varfarina (leia: INTERAÇÕES COM A VARFARINA).
- Antidepressivos.
- Heparina.
- Metrotrexate.
- Furosemida (leia: PARA QUE SERVEM OS DIURÉTICOS?).
- Fenitoína.
- Carbamazepina.
- L-Tiroxina (hormônio tireoidiano).
- Varfarina (leia: INTERAÇÕES COM A VARFARINA).
- Antidepressivos.
- Heparina.
- Metrotrexate.
- Furosemida (leia: PARA QUE SERVEM OS DIURÉTICOS?).
Sintomas
da osteoporose
Fratura da colo do fêmur
|
A osteoporose é uma doença silenciosa e só costuma
causar sintomas em fases avançadas. Os principais são as dores ósseas,
principalmente dor lombar, fraturas e redução da estatura por colapsos das
vértebras da coluna.
A fratura do colo do fêmur é muito comum em
indivíduos idosos. Só nos EUA, ocorrem 250.000 novos casos por ano, geralmente
associados a quedas. Quanto mais idoso for o paciente e mais grave for a
osteoporose, maior o risco.
Além da fratura do colo do fêmur e das vértebras,
também são comuns a fratura do punho e das costelas.
Diagnóstico da osteoporose
O melhor teste para se fazer o diagnóstico de
osteoporose é a densitometria óssea. Os resultados são fornecidos através da
comparação com a densidade óssea de pessoas jovens (T-score ou desvio padrão)
Os critérios para osteoporose segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS)
2. Osteopenia = T-score entre -1
e -2,5
3. Osteoporose = T-score menor que -2,5
3. Osteoporose = T-score menor que -2,5
Quanto mais baixo for o T-score, maior a
gravidade da osteoporose e maiores os riscos de fraturas.
A osteopenia é uma redução da densidade óssea,
porém ainda não é considerado osteoporose. Podemos dizer que é uma
pré-osteoporose.
A densitometria óssea deve ser realizada em
todas as mulheres acima de 65 anos ou naquelas em pós-menopausa que apresentem
fatores de risco para osteoporose. Não há indicação para realização em homens a
não ser que haja fatores de risco importantes.
Prevenção e tratamento da osteoporose
Prevenção e tratamento da osteoporose
Na osteoporose o ditado “prevenir é melhor do
que remediar” é especialmente verdadeiro, uma vez que, quando as lesões na
arquitetura óssea causadas pela osteoporose estão presentes, elas são
irreversíveis.
Os medicamentos não revertem a osteoporose, e
portanto, o tratamento visa evitar a progressão da doença.
O tratamento está indicado em todos com
critérios de osteopenia ou osteoporose na densitometria óssea.
Os medicamentos mais usados são:
- Reposição de cálcio e Vitamina D
(leia: VITAMINA D |
Deficiência e suplementos).
- Bifosfonados (alendronato,
risedronato, ácido zoledrônico) – Devem ser tomados em jejum com pelo menos 1
copo cheio de água e não se deve deitar por pelo menos 1 horas devido ao risco
de grave refluxo e esofagite (leia: HÉRNIA
DE HIATO E REFLUXO GASTROESOFÁGICO)
- Raloxifeno – É um modelador seletivo
do receptor de estrogênio. É um medicamentos que age como se fosse estrogênio,
mas não não o é. Apresenta os seus benefícios sem os seus efeitos colaterais.
- Estrogênios e reposição hormonal –
Muito usado para tratar osteoporose até um passado recente, a reposição
hormonal apesar de apresentar excelentes resultados traz consigo um aumento do
risco de doenças cardiovasculares, trombose e câncer de mama. Por isso, não é
mais indicado como tratamento de primeira linha para osteoporose e só deve ser
usado em casos selecionados.
- Teriparatide – É um análogo do PTH,
hormônio produzido pela paratireoide e responsável pelo controle do cálcio e do
fósforo nos ossos. É um dos medicamentos mais promissores no tratamento da
osteoporose, sendo o único até o momento que parece reverter parte das lesões
já existentes. Ainda não há estudos completos sobre o seu perfil de segurança à
longo prazo e o seu uso ainda está limitados a no máximo 2 anos.
Além do tratamento com drogas, é importante
implementar mudanças nos hábitos de vida. Deve-se abandonar o cigarro e evitar
excesso de bebidas alcoólicas. Deve-se praticar exercícios físicos, incluindo
musculação e dar preferência a alimentos como leite e derivados, legumes
verdes, cereais, frutos secos e peixe.
Também é importante a exposição solar; 20 a
30 minutos de sol por dia, entre 6h e 10h é o indicado. Apenas 25% do corpo
precisam estar expostos.
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