Quanto antes você procurar um hospital,
menores são os riscos
Dr. Bruno
Valdigem CARDIOLOGISTA - CRM 118535/SP
http://www.minhavida.com.br/
As doenças cardiovasculares são líderes em
morte no mundo, sendo responsáveis por quase 30% das mortes no Brasil. Dentre
estas, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a causa principal.
De acordo com o Datasus, agência de controle de dados do governo, foram
registrados 2028 óbitos por doenças cardiovasculares no estado de São Paulo
apenas no mês de agosto de 2013. A mortalidade hospitalar por infarto agudo na
internação é alta, e maior quanto mais demorado o tempo entre o início dos
sintomas e o atendimento final. Os fatores de risco para o infarto são obesidade, hipertensão,
colesterol alto, estresse, diabetes ou
infartos anteriores. Homens na meia idade e mulheres após a menopausa são os
mais afetados pelo problema.
O infarto acontece quando parte do
músculo cardíaco morreu por falta de oxigênio. A nutrição do músculo é feita
pelas artérias coronárias, que levam sangue e nutrientes até o coração. Se uma
artéria dessas "entupir" - que ocorre quando uma placa de gordura
perto da parede interna do vaso rompe - o fluxo de sangue é interrompido e
aquela área entra em sofrimento (causando dor) e se esse fluxo não for
reestabelecido a tempo, o tecido morre.
Identificando o infarto
A dor do IAM é uma sensação mal
definida, surda, que pode se alojar em qualquer local entre o lábio inferior e
a cicatriz umbilical. Ainda que a maioria das pessoas sinta dor no meio do
peito, em aperto, espalhando para o braço direito, vemos com muita frequência
apresentações menos características. Já vi pessoas com dor no queixo, dor nas
costas. As características do infarto em mulheres são muito menos típicas, com
queixas de queimação ou agulhadas no peito ou ainda falta de ar sem dor.
Qualquer dor nessas regiões que se mantêm por mais de 20 minutos deve ser
investigada e considerada doença grave, especialmente se associada aos
seguintes sintomas:
Na presença dessas sensações, é de
extrema importância procurar ajuda no pronto socorro mais próximo em no máximo
uma hora. Conforme o tempo passa a dor diminui, mas o dano torna-se mais
extenso e irreversível. Após 12 horas de dor, o músculo em sofrimento já morreu
quase por completo.
Em municípios com disponibilidade de
atendimento domiciliar rápido, como o excelente SAMU de São Paulo, vale a pena
acioná-lo. Na ausência de uma ambulância, busque uma acompanhante que possa
dirigir ou acompanhar até o medico (sempre em um hospital de emergência, para
não transformar um consultório medico em uma UTI). Evite dirigir com suspeita
de infarto, pois arritmias e desmaios são frequentes no inicio do quadro,
colocando em risco você e os outros. Carregue consigo seus exames mais
recentes, se estiverem acessíveis e não forem atrasar a sua viagem. Fique
tranquilo e explique tudo ao seu acompanhante e médico, em especial a presença
de alergias e doenças prévias.
Sem comentários:
Enviar um comentário