sábado, 21 de fevereiro de 2015

Aneurismas da aorta abdominal





A aorta e os seus ramos principais
O sangue que sai do coração através da aorta chega a todos os recantos do organismo, com excepção dos pulmões.
 
Os aneurismas no segmento da aorta que percorre o abdómen tendem a aparecer numa mesma família. Em muitas ocasiões, aparecem em pessoas com hipertensão. Tais aneurismas medem, com frequência, mais de 7 cm e podem romper-se (o diâmetro normal da aorta é de 1,7 cm a 2,5 cm).

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Sintomas
Uma pessoa com um aneurisma da aorta abdominal sente frequentemente uma espécie de pulsação no abdómen. O aneurisma pode causar uma dor profunda e penetrante, principalmente nas costas. A dor pode ser intensa e, habitualmente, é constante, embora as mudanças de posição possam proporcionar algum alívio.
O primeiro sinal de uma ruptura é geralmente uma dor intensa na parte inferior do abdómen e nas costas, assim como uma dor em resposta à pressão da zona que está por cima do aneurisma. Se se verificar uma hemorragia interna grave, o quadro pode evoluir rapidamente para um choque. (Ver secção 3, capítulo 24) A ruptura de um aneurisma abdominal costuma ser mortal.
Diagnóstico
A dor é um sintoma de diagnóstico muito útil mas que aparece tardiamente. No entanto, em muitos casos os aneurismas são assintomáticos e diagnosticam-se por casualidade durante um exame físico sistemático ou quando se efectuam radiografias por alguma outra razão. O médico pode aperceber-se da existência de uma massa pulsátil no meio do abdómen. Os aneurismas que crescem com rapidez e que estão prestes a romper-se doem espontaneamente ou quando são pressionados durante uma observação do abdómen. Nas pessoas obesas, pode mesmo acontecer que não se detectem aneurismas de grande dimensão.
Para o diagnóstico dos aneurismas podem utilizar-se várias investigações. Uma radiografia do abdómen pode mostrar um aneurisma com depósitos de cálcio na sua parede. De um modo geral, uma ecografia permite estabelecer claramente o seu tamanho. A tomografia axial computadorizada (TAC), em especial depois de ter sido injectado um produto de contraste por via endovenosa, é ainda mais exacta na determinação do tamanho e da forma de um aneurisma, mas é um exame mais custoso. A ressonância magnética (RM) é também muito precisa, mas mais dispendiosa do que a ecografia e raramente se torna necessária.
Tratamento
A menos que o aneurisma esteja a romper-se, o tratamento depende do seu tamanho. Um aneurisma com menos de 5 cm de largura raramente se rompe, mas se mede mais de 6 cm, a ruptura é muito mais provável. Por conseguinte, o médico aconselha, habitualmente, a intervenção cirúrgica para os aneurismas com mais de 5 cm de largura, a menos que isso envolva demasiados riscos por outros motivos médicos. A operação consiste em colocar um enxerto sintético para reparar o aneurisma. O índice de mortalidade para este tipo de cirurgia é aproximadamente de 2 %.
A ruptura ou a ameaça de ruptura de um aneurisma abdominal obriga a uma cirurgia de urgência. O risco de morte durante a intervenção cirúrgica de uma ruptura de aneurisma é de cerca de 50 %. Quando um aneurisma se rompe, os rins podem ficar lesionados por se interromper o fornecimento de sangue ou devido ao choque ocasionado pela hemorragia. Se ocorrer uma insuficiência renal depois da operação, as probabilidades de sobrevivência são muito escassas. Se não for tratada, a ruptura de um aneurisma é sempre mortal.

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