sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Os genes e o suor


Se todo verão você se pergunta por que soa tanto e fica com raiva toda vez que sente sua roupa “ensopada”, pode por a culpa nos seus genes. A geneticista Anna Di Rienzo, da Universidade de Chicago viajou o mundo e comprovou: pessoas que moram em lugares com maior radiação solar têm variações no gene das glândulas sudoríparas para eliminar calor. Elas funcionam como ar-condicionados particulares.

É tudo uma questão de adaptação. Os humanos acabaram se acostumando com diferentes paisagens, diferentes climas, diferentes radiações de raios UV, comidas e doenças diferentes. A pesquisadora e sua equipe analisaram informações genéticas de pessoas de todo o mundo. O grupo dividiu as regiões do globo, classificando cada uma em categorias como: polar, seca, tropical e úmida. O tipo de alimentação também foi um fator de diferenciação.

Eles descobriram que um gene que produz uma proteína encontrada nas glândulas de suor é mais comum em pessoas que vivem em lugares quentes. O gene chamado keratin 77 foi associado a lugares que tem níveis altos de radiação solar no verão. De acordo com o pesquisador Peter Zimmerman, da Escola de Medicina de Cleveland, apesar do ambiente realmente ser um fator que contribui para a mudança no genoma, os efeitos demoram muitos anos para acontecer. [ScienceNews]

http://hypescience.com/os-genes-e-o-suor/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+feedburner/xgpv+(HypeScience)

Hypescience

11 fatos sobre o cérebro dos bebês




Eles são carecas, gorduchinhos, e ninguém entende nada do que falam. Da mesma forma, ninguém consegue não gostar deles. Quantas vezes você parou para pensar no que se passa na cabeça do seu neném? Então aproveite esses 11 fatos sobre o cérebro dos bebês que todo pai deveria saber.

1) TODOS OS BEBÊS NASCEM CEDO DEMAIS

Biólogos sugerem que, se não fosse pelas limitações de tamanho da pelve de uma mulher, os bebês ficariam no útero muito mais tempo. Para caber através da “portinha de saída”, entretanto, o cérebro do recém-nascido é um quarto do tamanho de um adulto. Assim, alguns pediatras rotulam os três primeiros meses de vida do bebê como o “quarto trimestre” de gravidez, para enfatizar quão necessitados e ainda desprovidos de habilidades sociais eles são nesta fase. O primeiro sorriso social, por exemplo, não costuma aparecer até que a criança tenha entre 10 e 14 semanas de idade, e a primeira fase de apego começa por volta dos 5 meses de idade. Alguns biólogos acreditam que os recém-nascidos são socialmente ineptos, e tem um choro chato, para que os pais não se apeguem muito nessa fase em que o bebê tem uma maior probabilidade de morrer. E, é claro, o choro também garante que ele receba a atenção que precisa para sobreviver.

2) RESPOSTAS ÀS NECESSIDADES DO BEBÊ AJUDAM SEU CÉREBRO

Segundo especialistas, o cérebro do bebê evoluiu para usar as respostas de seus pais para se desenvolver. O córtex pré-frontal dos recém-nascidos não tem muito controle, por isso os esforços para se disciplinar ou outras preocupações são inúteis neste momento. Em vez disso, os recém-nascidos aprendem sobre fome, solidão, desconforto e fadiga, e como é bom ter essas dores aliviadas. Quem cuida do bebê pode ajudar neste processo de aprendizado respondendo prontamente às necessidades do bebê. Não que haja um meio de impedir um bebê de chorar. Na verdade, todos os bebês, não importa o quão sensíveis sejam seus pais, têm um período de pico de choro em torno da idade gestacional de 46 semanas. A maioria dos bebês nasce entre 38 e 42 semanas. Ou seja, um bebê prematuro, nascido com 34 semanas, atingirá seu pico de choro com cerca de 12 semanas de idade, enquanto um bebê que nasceu com 40 semanas vai chorar mais com cerca de 6 semanas de idade.

3) CARETAS E SONS BOBOS SÃO IMPORTANTES

Cientistas explicam que quando os bebês imitam as expressões faciais de seus pais, desencadeiam a emoção em si também. Isso ajuda as crianças a desenvolverem suas noções básicas inatas de comunicação emocional, e pode explicar por que os pais tendem a fazer caretas exageradas com seus pequeninos, tornando-as mais fáceis de se imitar. A conversa boba com o bebê é outra resposta aparentemente instintiva que os pesquisadores descobriram ser fundamental para o desenvolvimento infantil. Sua musicalidade exagerada e estrutura lenta enfatizam componentes fundamentais da língua, o que ajuda o bebê a entender as palavras.

4) O CÉREBRO DO BEBÊ CRESCE MUITO RÁPIDO

O cérebro dos recém-nascidos humanos, macacos e Neandertais são muito mais semelhantes do que são na vida adulta. Após o nascimento, o cérebro humano cresce muito rapidamente, mais do que duplicando até atingir 60% do seu tamanho adulto no momento em que assopra sua primeira vela de aniversário. Ao jardim de infância, o cérebro já atingiu seu tamanho máximo, mas não termina de se desenvolver até os 20 e poucos anos. Mesmo assim, o cérebro não pára nunca de mudar, para melhor ou para pior. Alguns cientistas especulam que essa mudança do desenvolvimento do cérebro infantil para uma escala rápida foi moldada ao longo de eras de evolução.

5) LUZ FRACA X FLASH: CÉREBRO DOS BEBÊS X CÉREBRO DOS ADULTOS

O cérebro do bebê tem muitas mais conexões neuronais do que o cérebro dos adultos. Eles também têm menos neurotransmissores inibitórios. Como resultado, a percepção de realidade do bebê é mais difusa (menos focada) do que a dos adultos. Eles são vagamente conscientes do seu redor – uma estratégia sensata, considerando que ainda não sabem o que é importante. Cientistas comparam a percepção do bebê à luz de uma lanterna que espalha uma luminosidade fraca por todo o quarto, e a percepção do adulto à uma lanterna ou flash conscientemente focado em coisas específicas, mas ignorando detalhes de fundo. Conforme os bebês amadurecem, seus cérebros passam por um processo onde as redes neuronais são estrategicamente moldadas e aperfeiçoadas pela experiência. O mundo se ordena, mas também fica mais difícil de inovar e criar coisas, como uma pintura facial de purê de espinafre. Pesquisadores argumentam que as pessoas criativas são aquelas que mantêm a capacidade de pensar como uma criança.

6) BALBUCIAR É APRENDER

Dentro da luz de sua lanterninha, entretanto, os bebês podem focar momentaneamente. E quando o fazem, eles pronunciam um som para transmitir interesse. Em particular, balbuciar sílabas sinaliza para os adultos que eles estão prontos para aprender. Pais ambiciosos devem ficar atentos a este sinal. Os pesquisadores afirmam que a única coisa conhecida que torna os bebês mais espertos é falar com eles. O diálogo é o melhor, no qual o pai responde na pausa de uma vocalização do bebê.

7) PAIS QUE NÃO RESPONDEM TANTO PODEM AJUDAR OS BEBÊS

Alguns pais se esforçam demais para responder o bebê. Mas quando os bebês ganham uma reação 100% do tempo, eles ficam entediados e se desviam. A aprendizagem é muito delicada. Ao agir instintivamente, os pais respondem a 50 a 60% das vocalizações do bebê. Em laboratório, especialistas descobriram que o desenvolvimento da linguagem pode ser acelerado quando os bebês são respondidos 80% do tempo. Algo além disso, no entanto, declina a aprendizagem. Os pais também naturalmente ajudam o bebê quando respondem menos aos sons que já ouviram muitas vezes (como “eh”), mas se empolgam repetindo um novo som que se aproxima de uma palavra (como “da”). Com as estatísticas, o bebê começa a entender o som de sua linguagem.

8 ) TV E VÍDEOS NÃO AJUDAM O CÉREBRO DO BEBÊ

Os bebês podem chorar com as entonações de sua língua materna, mas as respostas sociais são fundamentais para a habilidade da criança de aprender a língua totalmente. Os bebês dividem o mundo entre as coisas que respondem a eles e as coisas que não respondem a eles. E as coisas que não respondem, não ensinam. Vídeos, filmes, programas, mesmo que educacionais, não seguem as sugestões do bebê, razão pela qual DVDs infantis como Baby Einstein são considerados ineficazes. Se você quer ajudar seu bebê a ser inteligente, desligue a TV e brinque com ele.

9) NÃO SOBRECARREGUE O BEBÊ

A necessidade de interação humana não significa que os bebês devem ser estimulados o tempo todo. Eles têm períodos curtos de atenção e podem facilmente ficar sobrecarregados. Então, às vezes, a interação que eles precisam é simplesmente ajudá-los a se acalmar. Isso pode ser fornecido por um balanço, o escurecimento das luzes, etc. Ser capaz de não apenas se acalmar, mas também dormir, especialmente durante a noite, pode aumentar o desenvolvimento de competências nos bebês, pelo menos nos de 12 meses ou mais.

10) BEBÊS SURDOS

Os bebês ouvem mal, o que pode ser o motivo de seu choro não incomodá-los tanto quanto nos incomoda. E, em geral, as crianças não conseguem distinguir as vozes ou ruídos de fundo como os adultos. Isso pode explicar porque crianças dormem em paz em ambientes ruidosos, ou porque seu filho não responde quando você pede para ele PARAR. Pela mesma razão, sempre ter música ou televisão ligada pode tornar mais difícil para os bebês distinguirem as vozes em torno deles e “pegarem” a linguagem. Embora os bebês muitas vezes amem música, ela deve ser uma atividade voltada, e não um ruído de fundo.

11) MAIS DO QUE PAPAI E MAMÃE

Estudos têm demonstrado que as crianças parecem se sair melhor quando têm pelo menos três adultos por perto. O tempo gasto com um avô, um professor de creche, um amigo da família, uma tia coruja, ajuda as crianças a aprender a ler expressões faciais diferentes e expandir sua capacidade de tomar as perspectivas dos outros. Bebês usam processos mentais adultos para decifrar as emoções dos outros com cerca de sete meses de idade.[LiveScience]

http://hypescience.com/11-fatos-sobre-o-cerebro-dos-bebes/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+feedburner/xgpv+(HypeScience)

Hypescience

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Experiência de quase-morte: realidade ou alucinação?


Quando Colton Burpo tinha 4 anos, sofreu uma parada cardíaca e foi reanimado durante uma cirurgia de emergência por causa de um apêndice rompido. Quatro meses depois, o menino começou a dizer coisas estranhas a seu pai, o pastor Todd, e sua mãe, Sonja, sobre sua experiência de quase-morte (EQM).

Tal acontecimento gerou o best-seller do New York Times “Heaven is for real” (Thomas Nelson, 2010), no qual Todd Burpo conta a história da viagem do filho para o céu. Segundo Colton, ele levantou-se da sala de operação, olhou para os médicos e seus pais orando, e flutuou para longe, ao céu, onde conheceu seu avô morto, sua irmã que iria nascer, mas que morreu em um aborto espontâneo, Jesus e Deus.

A julgar pelas vendas do livro, a experiência do garoto na sala de cirurgia foi um grande incentivo às crenças de muitas pessoas religiosas. Mas o que dizer sobre aqueles que não acreditam na ideia cristã do paraíso, mas que também não se sentem confortáveis em chamar um menino de 4 anos de mentiroso?

A questão é: existe uma explicação científica para o que aconteceu com Colton? Estudos recentes parecem mostrar que sim. Um deles, realizado por pesquisadores eslovenos, descobriu que as EQMs são bastante comuns. Cerca de 20% dos sobreviventes de ataque cardíaco relatam eventos tais como se mover em direção a uma luz brilhante, sentimentos de paz e alegria, ou profundas experiências espirituais.

Segundo o estudo, esse grupo de pacientes também apresenta níveis elevados de dióxido de carbono em seu sangue em comparação com pacientes que não tiveram uma EQM, uma condição que causa anóxia, ou privação de oxigênio no cérebro. Anóxia, por sua vez, provoca euforia, visões de túneis de luz, alucinações e outros sintomas típicos da EQM. Em outras palavras, é provável que a anóxia seja a causa dos fenômenos.

Porém, pode ser que esse não seja o fim da história, e um pouco de mistério permanece. Por exemplo, uma pesquisa que está estudando a EQM e experiências fora do corpo na esperança de aprender mais sobre a consciência e a relação entre a mente e o cérebro descobriu, em 2009, que pelo menos 10 a 20% das pessoas que foram trazidos de volta à vida dizem que estavam conscientes, e uma parte delas diz que foi capaz de ver os médicos e enfermeiros trabalhando como se estivessem os olhando de cima.

Segundo os médicos, em experiências de quase morte o cérebro da pessoa fica em estado crítico, de modo que a consciência não deve estar presente. Então, os pesquisadores estão testando a possibilidade de que a mente realmente se separe momentaneamente do cérebro durante a morte.

Eles iniciaram a colocação de placas com símbolos em unidades de terapia intensiva em 21 hospitais de todo o mundo. Os símbolos não são observáveis para as pessoas em leitos hospitalares, mas são visíveis a observadores que olharem de cima para baixo. Durante os próximos três anos, os pesquisadores vão recolher dados sobre os pacientes que tiveram “experiências fora do corpo”, para ver se eles relatam ou não terem visto os símbolos.

A partir disso, os cientistas esperam dar uma resposta definitiva para a questão dos fenômenos fora do corpo: serão eles reais, ou simplesmente alucinações provenientes de um cérebro privado de oxigênio? [LifesLittleMysteries]

http://hypescience.com/experiencia-de-quase-morte-realidade-ou-alucinacao/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+feedburner/xgpv+(HypeScience)

Hypescience

Sono bifásico: nova pesquisa mostra que a insônia não é prejudicial


Uma nova pesquisa contraria anos de conselhos médicos. A questão é: se você tem “insônia”, talvez esteja fazendo as coisas certo. De acordo com historiadores e psiquiatras, é o sono comprimido e contínuo de oito horas que não tem precedentes na história humana.

Mais de um terço dos adultos americanos acordam no meio da noite em uma base regular. Daqueles que experimentam “despertares noturnos”, quase metade são incapazes de voltar a dormir logo em seguida. Os médicos frequentemente diagnosticam esta condição como um distúrbio do sono chamado “insônia do meio da noite”, e prescrevem medicação para tratá-lo.

Novas evidências sugerem, no entanto, que despertares noturnos não são anormais; são o ritmo natural do corpo. O padrão dominante de sono, desde tempos imemoriais, era bifásico.

Segundo os pesquisadores, os seres humanos dormiam em dois blocos de quatro horas, separados por um período de vigília no meio da noite com duração de uma hora ou mais. Durante esse tempo, alguns ficavam na cama, orando, pensando em seus sonhos, ou conversando com seus cônjuges. Outros se levantavam, faziam tarefas ou até mesmo visitavam vizinhos antes de voltar a dormir.

As referências ao “primeiro sono” ou “sono profundo” e “segundo sono “ou “sono da manhã” abundam em depoimentos jurídicos, literatura e outros documentos de arquivo de épocas pré-industriais européias. Gradualmente, porém, durante o século 19, a linguagem mudou e referências ao sono segmentado diminuíram. Agora as pessoas o chamam de insônia.

E o que mudou e por quê? Segundo os pesquisadores, é possível culpar a lâmpada de Thomas Edison e a Revolução Industrial. No passado, especialmente durante o inverno, a escuridão se estendia até 14 horas cada noite. Exceto para aqueles ricos o suficiente para queimar velas durante horas, as pessoas tinham pouco a fazer a não ser ir para a cama cedo.

Isso deu uma grande flexibilidade às suas necessidades de sono noturno. Os padrões de sono segmentados ou bifásicos evoluíram para preencher o longo trecho de noite, e, como observado por antropólogos, o sono segmentado continua a ser a norma para muitas pessoas em partes subdesenvolvidas do mundo, como o grupo Tiv na Nigéria central.

Em locais com eletricidade, porém, a iluminação artificial prolongou a experiência do dia, o que permite aos seres humanos serem produtivos por mais tempo. Ao mesmo tempo, reduz a noite, assim as pessoas agora dormem o suficiente de uma só vez.

O sono “normal” exige a renúncia aos períodos de vigília utilizados para romper a noite. Mas as pessoas com ritmos circadianos particularmente fortes continuam a acordar no meio da noite. Na década de 1990, um cientista do sono descobriu que todos dormem bifasicamente quando submetidos a padrões naturais de luz e escuridão.

Ele submeteu os participantes a 14 horas de escuridão por noite, e descobriu que eles gradualmente transferiram sua rotina de sono a duas fases de quatro horas separados por cerca de uma hora de vigília, modelo que combina exatamente com os resultados históricos da nova pesquisa.

Outra conclusão é que dormir bifasicamente é o padrão de sono mais natural e benéfico. Um dos benefícios do sono bifásico pode ser que ele torna mais fácil a convocação e acesso aos sonhos.
No estudo antigo, por exemplo, as pessoas despertavam normalmente do sono REM, que é o estágio de sono profundo durante o qual os sonhos ocorrem. De acordo com os pesquisadores, a evidência histórica demonstra isso muito bem.

Acordar diretamente após sonhar abre caminho ao subconsciente. Os sonhos matinais não, porque a luz está lá e as pessoas saem da cama imediatamente. Assim, em breve, as pessoas perdem o que no passado era considerado uma parte extremamente importante da vida: o viver nos sonhos.

Essas descobertas estão sendo cada vez mais aceitas por psiquiatras e especialistas do sono. No entanto, a mudança de paradigma comportamental tem sido lenta. O senso comum do sono ininterrupto continua prevalecente.

Porém, ninguém nega certos benefícios clínicos do sono bifásico. Psiquiatras clínicos estão descobrindo que, se os seus pacientes com insônia pararem de ver seu sono como problemático, a sua condição se torna mais tolerável.

Se eles perceberem o sono interrompido como normal, eles experimentam menos sofrimento quando acordam a noite, e voltam a dormir mais facilmente. Em outras palavras, se você acordar no meio da noite, não se preocupe com isso. Pode ser o sono normal. Se as pessoas não lutarem contra isso, vão cair no sono novamente depois de aproximadamente uma hora. [LiveScience]

http://hypescience.com/sono-bifasico-nova-pesquisa-mostra-que-a-insonia-nao-e-prejudicial/

Hypescience

Hipnose pode fazer bem à saúde: conheça o método hoje respeitado



Considerada uma arte charlatã no passado, hoje a hipnose é apoiada por muitas pesquisas, e os hipnotizadores são membros respeitados da comunidade médica.

Longe de ser um truque, a técnica é principalmente utilizada de duas maneiras: em shows, nos quais hipnotizadores animam audiências induzindo voluntários em transe e fazendo-os executar tarefas ridículas, como cacarejar como galinhas, e para tratamentos de hipnoterapia bem conceituados.

Segundo psicólogos da Universidade de Stanford, a grande maioria das pessoas pode ser pelo menos um pouco hipnotizada. Eles até desenvolveram escalas, de 0 a 12, com base na capacidade de resposta das pessoas às sugestões do hipnotizador.

Durante uma pesquisa, apenas 5% das pessoas receberam a pontuação 0 nas escalas de Stanford, ou seja, não responderam a nenhuma das sugestões hipnóticas. Outro pequeno grupo recebeu a pontuação máxima, respondendo a todas elas. A maioria das pessoas se encaixa solidamente na faixa de 5 a 7 na escala.

Da mesma forma que as pontuações de QI, as pessoas mantêm a mesma avaliação de susceptibilidade hipnótica durante sua vida adulta. Isso e o fato de que gêmeos idênticos muitas vezes recebem a mesma classificação sugerem que hipnotizabilidade é uma propriedade inerente e hereditária da psique humana.

Os métodos de induzir a hipnose variam. Segundo uma hipnotizadora, uma das formas de começar um transe é com uma série de sugestões (por exemplo, pedir que o paciente respire lenta e profundamente) que resultam em um estado de calma profunda.

Segundo os especialistas, um transe hipnótico não é terapêutico em si, mas sugestões específicas e imagens alimentadas em transe podem alterar profundamente o comportamento de alguém.

A hipnose pode ser usada para ajudar pacientes a perderem peso e pararem de fumar, e oncologistas já usaram o método para facilitar o processo de cura no pós-cirúrgico de pacientes com câncer de mama.

Assim como muitos fenômenos cerebrais, os cientistas não sabem exatamente como funciona o hipnotismo, mas graças a recentes exames de eletroencefalografia do cérebro hipnotizado, pesquisadores descobriram que a hipnose e a meditação têm perfis neurofisiológicos semelhantes.

Durante os dois, ondas rápidas de atividade cerebral que se correlacionam com o pensamento e a transformação diminuem, enquanto a atividade de ondas lentas, que ocorre durante o relaxamento e o foco, aumenta.

No tratamento da dor crônica, a hipnose é muito útil, pois a dor é processada na cabeça. Primeiro é registrada no córtex sensorial, e em seguida o córtex pré-frontal lhe dá sentido. O pânico e o estresse são resultados da dor que ocorrem no tálamo e outros locais.

Cerca de 80% dos pacientes hipnotizados relatam uma diminuição na dor durante as sessões, e para 50% a queda dura até horas depois. Ao praticar a meditação por si só, muitos pacientes aprendem a tratar sua própria dor automaticamente.

Isso acontece porque, durante a hipnose, pode-se pedir às pessoas que imaginem que a sensação que provoca dor extrema é menor, e não é incômoda. Imediatamente se vê uma diminuição da atividade no córtex pré-frontal e outras partes, de forma que o paciente altera o sentido que seu cérebro dá à dor. [LifesLittleMysteries]

http://hypescience.com/hipnose-pode-fazer-bem-a-saude-conheca-o-metodo-hoje-respeitado/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+feedburner/xgpv+(HypeScience)

Hypescience

Elas gostam dos difíceis: pesquisa mostra que mulheres realmente são complicadas


Um novo estudo comprovou cientificamente o que todo mundo já sabia: que as mulheres são complicadas. Ou melhor: gostam de complicação.

A pesquisa, feita com a ajuda da rede social Facebook, sugere que as mulheres são mais atraídas por caras “difíceis”. A ideia do estudo veio durante a leitura de uma revista feminina. Em uma matéria, o conselho era de que é melhor ser honesto sobre sua atração por uma pessoa, enquanto outra matéria dizia exatamente o contrário, que é melhor “jogar o jogo”, por assim dizer.

Para descobrir qual das situações era a verdadeira, os cientistas recrutaram 47 mulheres universitárias, e lhes mostraram 4 perfis falsos no Facebook de meninos bonitos (dois brancos, um negro e um asiático).

Foi dito às mulheres que os homens eram reais, e que tinham verificado e avaliado seus próprios perfis. As participantes foram informadas de uma dessas três coisas: ou os caras deram-lhes uma classificação elevada, ou uma classificação média, ou os pesquisadores disseram que não puderam revelar as classificações para fins experimentais.

A última categoria levou as mulheres à loucura. As participantes preencheram um inquérito de classificação do quanto gostaram de cada indivíduo, e, em seguida, foram questionadas sobre o quanto cada cara tinha “ficado em sua cabeça”. As mulheres classificaram em primeiro lugar o cara que elas não sabiam o que tinha pensado delas, com uma pontuação ainda maior do que os caras que elas sabiam estar a fim delas.

Os pesquisadores comentam que esse entusiasmo pode ter a ver com o “não saber”. Você pode estar saindo com uma pessoa há um ano, mas se vocês nunca tiveram “a conversa”, se se viram duas ou três vezes por semana, mas nunca trocaram um ‘eu te amo’, todos esses fatores deixam o status do relacionamento incerto e fazem a pessoa se perguntar e desejar.

Embora o estudo tenha incluído apenas mulheres, os pesquisadores acreditam que teriam resultados semelhantes com participantes do sexo masculino.

De qualquer forma, essa lição de amor às vezes pode ser difícil de seguir. Muitas pessoas acreditam firmemente em dizer às pessoas como se sentem. Em princípio, isso seria o correto. Mas quem sabe se não ser tão aberto sobre suas intenções e criar um pouco de incerteza não valerão a pena no final?

Então eis aqui um conselho: se você estiver a fim de alguém, não deixe que ele saiba. Pelo menos por enquanto. [MSN]

http://hypescience.com/elas-gostam-dos-dificeis-pesquisa-mostra-que-mulheres-realmente-sao-complicadas/

Hypescience

Cada vez mais jovens sentem dores e lesões causadas pela tecnologia


Não é novidade que os jovens usam cada vez mais tecnologias. Também não é novidade que todo esse tempo gasto em frente às telas pode trazer malefícios. Mas o que é surpreendente são os números descobertos em uma nova pesquisa: mais de 50% dos estudantes universitários disseram que já sentem dores atribuídas ao computador.

Em 2009, relatórios indicavam que lesões músculo-esqueléticas eram as responsáveis por 29% de todas as lesões e doenças que exigiram licença do trabalho em 2008. Com o uso cada vez mais irrestrito da tecnologia, o risco à saúde das pessoas também começa cada vez mais cedo.

Crianças, adolescentes e jovens adultos já estão reclamando de desconforto músculo-esquelético, incluindo dores nas costas, pescoço e ombro. Durante um estudo com estudantes universitários, um em cada sete disse que tem dor após trabalhar em um computador por apenas uma hora.

Os pesquisadores acreditam que uma das muitas razões pelas quais as pessoas sentem desconforto em várias partes do corpo durante o uso da tecnologia é porque os computadores não estão configurados corretamente.

Por exemplo, os laptops têm mouse embutido (touchpad), mas os cientistas recomendam o uso de mouses externos. Quando uma pessoa usa o mouse do notebook, se coloca em uma posição desconfortável, com o braço cruzando o corpo, ao invés de relaxado ao seu lado.

Também, dependendo de como uma pessoa posiciona a mão (com 1 a 3 dedos) no teclado, os tendões de um dedo podem ser constantemente alargados, o que pode colocar uma pressão sobre os músculos e articulações. Então, durante um período prolongado de tempo, desconforto nos ombros, braços, pulsos e dedos podem se desenvolver.

Além disso, a maioria das pessoas descansa o pulso na borda do notebook para usar o mouse touchpad. Isso é chamado de estresse de contato e pode colocar pressão sobre os músculos, nervos e vasos sanguíneos do pulso.

Segundo os pesquisadores, o acréscimo de acessórios como mouse, teclado e objetos que levantem o laptop ajuda na postura.
Porém, o mouse do computador é muitas vezes culpado pelo risco aumentado de desordens músculo-esqueléticas, como a síndrome do túnel do carpo, caracterizada pela pressão do nervo, e que causa dormência, formigamento, fraqueza e lesão muscular na mão e nos dedos.

A síndrome do túnel do carpo é resultado da extensão do punho e da força excessiva aplicada na ponta dos dedos para pressionar o botão do mouse. Um monte de estresse também é colocado no antebraço, principalmente quando o mouse externo é usado incorretamente. Porém, é melhor usar o externo. Além disso, o mouse deve ficar na altura do cotovelo e posicionado ao lado do teclado, não muito longe.

Se um monitor de computador não está posicionado corretamente, também pode levar a vários tipos de lesão crônica para os usuários. Os monitores de computador frequentemente são posicionados baixo demais, o que pode deixar o pescoço do usuário em um ângulo ruim, e com a parte superior das costas inclinadas. Nessa posição, o estresse sobre a coluna vertebral aumenta significativamente, o que também causa fadiga muito mais cedo em um dia de trabalho.

Também há quem costuma avançar sobre o computador para ver melhor a tela. Os monitores devem ser posicionados em frente a um braço de distância e perpendicular a uma janela para evitar reflexos na tela.

Enquanto isso, os monitores de grande porte que têm maiores ícones e símbolos mantêm os olhos no ângulo certo e dão uma postura mais ereta ao corpo.

Muitas pesquisas mostram que há maneiras de evitar certos desconfortos. Por exemplo, crianças e adultos que são mais ativos são menos propensos a sofrer de dores devido ao uso de tecnologia.

Da mesma forma, os pesquisadores acreditam que os usuários devem pensar em si mesmos como atletas cada vez que usarem um computador ou dispositivo de tecnologia. É como um jogador de futebol que tem que aquecer antes do jogo.

Levantar-se de um computador e andar a cada duas ou três horas é um bom começo. Alongamentos diários para prevenir complicações físicas são o ideal.

Para alongar os punhos e prevenir doenças como a do túnel do carpo e a tendinite, os especialistas aconselham juntar as palmas das mãos (dedos apontados para o teto) e empurrar os calcanhares das mãos em direção ao chão, segurando por 15 segundos. Depois, coloque as palmas das mãos juntas com os dedos apontados para o chão e empurre os calcanhares das mãos em direção ao teto.

Para esticar o pescoço, você pode inclinar a cabeça para a esquerda e segurá-la por 15 segundos, e depois à direita pela mesma quantidade de tempo.

Ainda existem outros alongamento para diferentes trechos das costas e mãos. Essas e outras dicas podem ser lidas no site blogs.bu.edu / kjacobs (em inglês). [LiveScience]

http://hypescience.com/cada-vez-mais-jovens-sentem-dores-e-lesoes-causadas-pela-tecnologia/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+feedburner/xgpv+(HypeScience)

Hypescience

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Estudo indica que telemóvel altera actividade cerebral


Um estudo norte-americano sugere que o uso de telemóveis por um período prolongado pode afectar o funcionamento do cérebro, ainda que não haja conclusões sobre os efeitos disso na saúde.
Os cientistas dos Centros Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) notaram que, após 50 minutos de conversa ao telemóvel, havia 7% mais consumo de açúcar no cérebro nas regiões próximas à antena do aparelho. A presença de glicose é um sinal de aumento na actividade cerebral.

DIARIODIGITAL

A pesquisa, feita com 47 pessoas e publicada no Journal of the American Medical Association, é uma das primeiras a investigar os efeitos fisiológicos do telemóvel ao observar os efeitos dos seus campos magnéticos.
Os participantes do estudo ficaram com dois telemóveis junto aos ouvidos, um desligado e um ligado (mas sem volume, para que não notassem a diferença entre cada aparelho). Durante 50 minutos, os pesquisadores monitorizaram, com um scanner, a diferença nos níveis de glicose e observaram que, no lado do cérebro próximo ao telefone ligado, a presença de açúcar era maior.
Mas o estudo não oferece nenhuma conclusão sobre possíveis riscos para a saúde inerentes ao uso do telemóvel. «Esses resultados não provam potenciais efeitos cancerígenos (do telemóvel) ou a ausência deles», diz a pesquisa.
Um amplo estudo de 2006 sobre o mesmo tema, com 42 mil usuários de telemóveis na Dinamarca, tampouco obtivera evidências de relações entre o uso do aparelho e a incidência de cancro.
Para o professor Patrick Haggard, do Instituto de Neurociência Cognitiva da Universidade College London, o estudo americano traz conclusões interessantes, mas lembra que «flutuações muito maiores nas taxas metabólicas do cérebro ocorrem naturalmente, por exemplo enquanto bebemos».
«No entanto, se próximos estudos confirmarem que o sinal do telemóvel tem um efeito directo no metabolismo, daí será importante investigar se esses efeitos terão implicações na nossa saúde», acrescentou Haggard.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Cientistas descobrem doença rara e salvam vida de britânica


Uma jovem mãe britânica que esteve à beira da morte está a recuperar depois de estar entre as primeiras pessoas do mundo a receber o diagnóstico de uma rara doença hereditária.
A doença destrói o sistema imunológico e pode levar a leucemia e problemas respiratórios.
Stacey Sheppard, de 23 anos, ouviu de médicos que teria pouco tempo de vida quando foi internada em 2009 sem conseguir respirar.

DIARIODIGITAL

«Eu ficava tão sem ar que mal conseguia mover-me. Coisas simples tornaram-se impossíveis. Perdi peso e eu não tinha nenhuma qualidade de vida», conta.
Os médicos não conseguiam explicar a razão dos problemas de saúde de Sheppard. A situação mudou depois que investigadores da Universidade de Newcastle, no norte de Inglaterra, descobriram que ela não produzia células dendríticas, que são parte fundamental do sistema imunológico e ajudam a combater infecções. A síndrome de deficiência imunológica foi baptizada pelos cientistas de DCML.
«Eles disseram-me que não havia garantia de sucesso com o transplante e que eu poderia não sobreviver à cirurgia, mas se eu não fizesse a operação, a minha expectativa de vida era de um ano. O transplante deu-me a minha vida de volta», diz ela.
«Agora, consigo andar distâncias curtas. Ainda preciso de oxigénio, mas muito menos que antes, e não preciso mais de respirador à noite. Eu tenho uma filha de três anos e tem sido maravilhoso estar em casa com ela e fazer actividades que antes não conseguia. A diferença é incrível.»
O médico Matthew Collin, que tratou Sheppard e liderou a pesquisa na Universidade de Newcastle, diz que a identificação desta síndrome de imunodeficiência foi importante porque gerou a confiança necessária para a realização do transplante e ofereceu uma hipótese real de cura para a paciente.
«Também foi importante para que se acabasse com o risco de leucemia e outros tipos de cancro da mesma maneira que o transplante de medula já é usado para salvar as vidas de pessoas com cancro do sangue.»
O pai de Stacey Sheppard morreu de problemas pulmonares aos 35 anos de idade. A irmã dele havia morrido aos 24 anos de linfoma. O seu avô também morreu antes dos 40 anos de idade vítima de leucemia.
Os investigadores acreditam que se a síndrome DCML tivesse sido descoberta antes, casos como os deles poderiam ter sido prevenidos.
Os médicos acham ainda que a filha de Sheppard, Ellie, nasceu prematura por causa da doença da mãe.
Ellie nasceu com 24 semanas de gestação, pesando apenas 1,350 quilos e teve de passar por uma traqueotomia para sobreviver. Ainda não se sabe se Ellie também é portadora da síndrome.
Ter identificado esta síndrome hereditária vai permitir-nos agir mais cedo e impedir que os pacientes desenvolvam complicações», disse David Grant, director científico da organização Leukaemia and Lymphoma Research, que patrocinou o estudo juntamente com o Medical Research Council e o Wellcome Trust.
A pesquisa sobre a síndrome DCML foi publicada pela revista científica Journal of Experimental Medicine.

Descoberto marcador para determinar risco cardiovascular


Um investigador de Coimbra anunciou hoje a descoberta de um novo marcador para determinar o risco cardiovascular em pessoas aparentemente saudáveis, através de uma técnica que mede a elasticidade das artérias.
"A Velocidade de Onda de Pulso Aórtica (VOP) é uma técnica muito importante para detetar riscos em pessoas abaixo dos 50 anos ou que ainda não sofrem de doenças como a diabetes e hipertensão", explicou à agência Lusa o médico João Maldonado, do Instituto de Investigação e Formação Cardiovascular de Coimbra.

Diário Digital / Lusa

Trata-se, segundo o especialista, de um "marcador muito simples, que é o método mais fidedigno para avaliar a sensibilidade das nossas artérias", que permite saber os "parâmetros considerados normais para cada faixa etária e antecipar o aparecimento de doenças que podem ser prevenidas e tratadas precocemente".
O estudo foi hoje apresentado no Congresso Português de Hipertensão, que teve início em Vilamoura, no Algarve, e se prolonga até ao próximo domingo.
A equipa de João Maldonado identificou a utilidade da Velocidade de Onda de Pulso Aórtica (VOP) como marcador de um risco latente de eventos cardiovasculares, através de um exame que se baseia no registo das ondas de pressão que acompanham a expulsão do sangue em cada contração cardíaca.
"A velocidade com que as ondas de pressão progridem determina o estado de rigidez arterial (quando a velocidade é elevada) ou a sua boa distensibilidade (quando a velocidade é reduzida), sendo assim o parâmetro denominado a Velocidade da Onda de Pulso Arterial (VOP)", explica o médico.
Segundo João Maldonado, trata-se de um exame simples e "fortemente discriminador do risco cardiovascular", podendo ser comparado, em termos de exigência técnica, à realização de um electrocardiograma.
O estudo desenvolvido pela equipa de João Maldonado durou seis anos e incidiu sobre mais de 2000 pacientes, demonstrando que existe um risco cinco vezes superior para ocorrência de um evento cardiovascular quando se regista uma rigidez arterial elevada (medida pela VOP através de um electrocardiograma).
“Uma das maiores preocupações da investigação na área cardiovascular tem assentado na tentativa de descobrir indicadores fiáveis que facultem a caracterização precoce do impacto de patologias, como a hipertensão arterial, a diabetes e a aterosclerose e que sirvam simultaneamente como orientadores da eficácia das terapêuticas", sublinhou.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Seu corpo pode prever o tempo


Tem gente que pode sentir quando vai chover nos próprios ossos. Esse é o caso de Robyn Nichols, que tem artrite reumatóide desde os 2 anos e agora, com 37, é capaz de perceber uma mudança no tempo até dois dias antes que aconteça.

Apesar de alguns aspectos positivos, como sempre saber quando carregar um guarda-chuva, esse tipo de sexto sentido tem um preço: dores nas articulações e dificuldade de movimentação.

E o que faz as pessoas com a doença tão espertas em prever o tempo? Segundo especialistas, uma mudança repentina na pressão barométrica, ou o peso do ar, faz as articulações incharem.

Este inchaço é especialmente doloroso para as pessoas que sofrem de artrite, devido à quantidade de pressão e fluidos em suas articulações. Quando as articulações inflamam, qualquer fluido diminui a amplitude de movimento do doente.

Por exemplo, Robyn, que vive em Illinois, EUA, está acostumada ao frio, mas não a nevasca. Por causa de uma onda que atingiu recentemente o Centro-Oeste, ela não pode sair de casa por uns dias.

O tempo não tem efeito apenas nas pessoas com artrite. Alterações na pressão barométrica causam dor em pessoas que sofrem de sinusite, trombose venosa profunda (coágulos de sangue) e enxaquecas.

No caso das pessoas com sinusite, metade dos pacientes pode prever o tempo com base em quando eles começam a sentir dor. Começa com um pouco de dor facial, e pressão nos seios. Então as pessoas se tornam sensíveis à luz.

Segundo os médicos, embora a melhor opção de um paciente quando confrontado com uma enxaqueca induzida pelo clima seja apenas “enfrentar a tempestade”, existem medidas que as pessoas podem tomar quando sentem as dores. Por exemplo, não tomar atitudes que desencadeiam ou pioram enxaquecas, como tomar vinho tinto, não pular refeições, dormir regularmente, se hidratar e se exercitar regularmente.

Outra vítima do clima de inverno são as pessoas com osteoartrose. Em todos esses casos, muitas das pessoas que são negativamente afetadas por mudanças climáticas acreditam que se mudar para um local com clima mais constante vai ajudar a diminuir os sintomas.

Infelizmente, os médicos afirmam que não é tão simples. As pessoas geralmente se sentem melhor em temperaturas mais quentes, mas as tempestades podem acontecer em qualquer lugar.

No entanto, climatologistas afirmam que algumas regiões são mais favoráveis para as pessoas que vivem com doenças como artrite. Por exemplo, nos EUA, é muito incomum que um sistema de baixa pressão intenso atravesse o Arizona ou Novo México, que são protegidos por montanhas. E mesmo no verão, as maiores mudanças como furacões e tempestades tropicais estão suficientemente longe dessas regiões. Tudo isso oferece aos pacientes mais movimento e menos dor, o que pode sinceramente valer a pena. [CNN]

http://hypescience.com/seu-corpo-pode-prever-o-tempo/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+feedburner/xgpv+(HypeScience)

Hypescience

Os 10 distúrbios psiquiátricos mais controversos


O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM) é um livro usado por profissionais da área psiquiatria que lista diferentes categorias de transtornos mentais e os critérios para diagnosticá-los, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (APA). Contudo, muito do que aparece lá é envolvido em muitas controvérsias. Pesquisadores da área pedem uma revisão do manual. A seguir, serão listadas 10 desordens que fazem parte da discussão sobre se estas são ou não doenças e se seu diagnóstico e tratamentos estão corretos.

10. TRANSTORNO DA IDENTIDADE DE GÊNERO (TIG), OU TRANSSEXUALISMO

De acordo com o DSM, são pessoas que acreditam que seu gênero físico não corresponde ao seu verdadeiro gênero. Alguns cientistas querem mudar o nome do diagnóstico para “incongruência de gênero”, o que soaria menos preconceituoso.

Mas, para a psicóloga Diane Ehrensaft, de Oakland, especialista em identidade de gênero em crianças “definir (a desordem) como ‘incongruência de gênero’ no DSM ainda faz com que crianças sejam levadas para serem ‘tratadas’, quando ela na verdade não tem nenhum problema”. Aí está a maior controvérsia sobre o TIG: as crianças que sentem não pertencer ao gênero no qual nasceram deveriam poder se definir sozinhas ou serem estimuladas a se identificar com a sua natureza?

Aqueles que optam pela segunda opção argumentam que querem fazer a criança se sentir bem “em sua própria pele”. Os que defendem a liberdade de escolha, como a pesquisadora, dizem que forçar alguém a viver de uma maneira que não aceitam, pode causar ansiedade e depressão.

9. VÍCIO EM SEXO

A Sociedade Americana para o Avanço da Saúde Sexual define o vício em sexo como uma dificuldade de uma pessoa controlar o seu comportamento sexual. Eles vão em busca dos seus desejos sem pensar se aquilo pode prejudicá-los, sem refletir sobre as consequências. Eles acabam perdendo o limite e ficam obcecados por sexo, mesmo quando não querem mais, ficam só “pensando naquilo”. De acordo com o depoimento de pessoas que se dizem viciadas, elas acabam não sentindo prazer no sexo, sentem apenas vergonha.
Esta desordem pode não entrar na nova versão do DSM como vício, mas sim, chamada de “desordem hipersexual”.

8. HOMOSSEXUALIDADE

Ponto alto de controvérsias não só na área médica. A homossexualidade causa polêmica com religiosos, com grupos extremistas e, com os próprios homossexuais, que lutam para que o preconceito contra eles se torne um crime como o racismo.

Em 1973, a Associação Americana de Psiquiatria retirou a homossexualidade da sua lista de distúrbios mentais depois de muitos protestos de ativistas gays e lésbicas. A atração entre pessoas do mesmo sexo passou, então, a ser vista de maneira mais natural pela comunidade científica e pela sociedade.

Até a versão de 1980 do DSM, havia um tipo chamado “homossexualidade egodistônica” que acontecia quando a pessoa tinha atração pelo sexo oposto, se sentia mal por isso e buscava tratamento. “A revisão da nomenclatura faz com que o homossexual seja considerado livre de distúrbios psiquiátricos e possibilita um meio de diagnosticar uma desordem cuja característica central é o conflito sobre o comportamento homossexual”, explicou o membro da APA, Robert Spitzer, em uma declaração em 1973.

Desde 1986 a categoria egodistônica desapareceu do DSM, pois muitos psiquiatras argumentam que a ansiedade sobre a orientação sexual pode ser encaixada em outras categorias.

7. SÍNDROME DE ASPERGER

A síndrome de Asperge entrou para o DSM em 1994, mas pode estar fora da sua próxima versão, prevista a ser lançada em 2013. Indivíduos com inteligência normal, capacidade de comunicação, mas com baixíssimo relacionamento social eram diagnosticados com a síndrome.

Esta categoria pode sumir porque os pesquisadores não conseguem diferenciar os diagnósticos de Asperger dos de autismo. As similaridades são muitas. Se a mudança for realizada, as pessoas com a síndrome passarão a ser classificadas como sofrendo de autismo de alto funcionamento.

6. BIPOLARIDADE INFANTIL

O problema da bipolaridade infantil é justamente a palavra “infantil”. Este é considerado um distúrbio adulto que faz o indivíduo variar entre estágios de depressão e excitação extremos. Contudo, entre os anos de 1994 e 2003, o número de crianças associadas a bipolaridade aumentou 40 vezes de acordo com um estudo publicado em 2007 no periódico Archives of General Psychiatry.

A solução encontrada pela APA foi mudar os critérios atuais da bipolaridade e adicionar um novo diagnóstico: “temperamento desregulado com disforia”. Ele seria definido para crianças com irritabilidade persistente e mudanças de humor freqüentes. Para alguns psiquiatras, esta nova categoria serviria apenas para transformar em doença um comportamento comum das crianças.

5. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE EM ADULTOS (TDAH)

Este caso é o inverso do anterior. O TDAH é considerado, principalmente, um distúrbio infantil. As crianças com esta desordem psiquiátrica não conseguem ficar paradas ou manter o foco em uma atividade por muito tempo. Este transtorno é tão controverso, em crianças e em adultos, que existem até teorias da conspiração. Alguns psiquiatras acham que a classificação desta doença serve apenas para a indústria farmacêutica vender remédio para combatê-la. O psiquiatra da Universidade de Nova Iorque, Norman Sussman, concorda com a desconfiança, mas acredita que o distúrbio não será desconsiderado: “Os benefícios do tratamento farmacológico e terapêutico já estão bem estabelecidos”.

4. TRANSTORNO DISSOCIATIVO DE IDENTIDADE (TDI)

Um distúrbio de múltiplas personalidades. Seus críticos dizem que o TDI é artificial, inventado, e propagado por terapeutas que tentam convencer seus pacientes que seus problemas são causados por múltiplas personalidades. Polêmicas à parte, o transtorno continuará constando no DSM.

3. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE NARCISISTA

Na mitologia, Narciso foi um mortal, filho de um deus e uma ninfa, dono de uma beleza sem igual. Por causa disso, ele tinha um ego enorme e achava que nenhum outro mortal era merecedor de compartilhar sua beleza. Morreu sozinho, admirando sua imagem em uma fonte.

Assim seriam as pessoas que sofrem do transtorno de personalidade narcisista, vivem por elogios e desprezam o próximo. A controversa sobre sua entrada no DSM aconteceu porque ninguém sabia bem como classificar alguém com este transtorno. Até 50% das pessoas diagnosticadas também pareciam sofrer de outros transtornos de personalidade como o Histriônico ou o Borderline.

A APA decidiu propor mudanças na próxima edição do DSM para os transtornos de personalidade. O novo documento iria deixar os transtornos menos específicos e colocar as características em um sistema de tipos e traços disfuncionais.

2. INVEJA DO PÊNIS

A inveja do pênis é uma teoria Freudiana que diz, em resumo, que o desenvolvimento sexual das garotas é movido pela inveja dos garotos por elas não terem um pênis. Há muitas outras questões por trás da inveja do pênis, mas só um especialista pode se atrever a discuti-las. Alguns psicanalistas, hoje em dia, consideram datadas as teorias de Freud.

A APA, no entanto, ainda promovem a psicanálise freundiana. A Sociedade Internacional de Neuropsicanálise foi além e tenta juntar as últimas novidades na neurociência às teorias do pai da psicanálise.

1. HISTERIA

Os sintomas de histeria nas mulheres era considerados variados e vagos: descontentamento, fraqueza, emoções descontroladas e nervosismo. De acordo com um artigo publicado no editorial do periódico Spinal Cord, em 2002, o diagnóstico de histeria foi diminuindo gradualmente ao longo do século 20. Nos anos 1980 ele foi substituído no DSM por outros distúrbios. [LiveScience]

http://hypescience.com/os-10-disturbios-psiquiatricos-mais-controversos/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+feedburner/xgpv+(HypeScience)

Hypescience

Coca-cola: modo de fazer


No dia 15 de fevereiro os jornais, rádios, TVs, twitters, blogs e todos os meios de comunicação possíveis foram inundados por notícias sobre a revelação da receita da Coca-Cola. A fórmula levava, junto com outros 13 ingredientes: fluido de coca, suco de limão e até coentro. A empresa negou a história e manteve que a receita continua segura, em um cofre bancário em Atlanta, há 125 anos.

Os responsáveis pelo burburinho foram os produtores do programa de rádio “This American Life”. Enquanto preparavam o novo episódio da série, eles se depararam com um artigo do jornal Atlanta-Journal Constitution com uma foto de uma lista que parecia trazer os ingredientes e as quantidades exatas do que era necessário para produzir o refrigerante.

Um representante da companhia disse que o programa de rádio não conseguiu a receita real. Contudo, um historiador da Coca (sim, existem historiadores sobre a Coca!) disse ao site Life’s Little Mysteriesque esta poderia ser SIM a receita autêntica da Coca, só não é aquela vendida hoje nos supermercados. O site publicou uma réplica da foto do artigo com a receita.

O historiador Mark Pendergrast, que já escreveu livros sobre o refrigerante, disse achar “meio engraçado que, de repente, começa essa confusão quando, na verdade, eu já encontrei a fórmula nos papéis do inventor da Coca-Cola, John Pemberton, e publiquei em um livro em 1993”. Segundo ele, “a receita é bem similar a que eu encontrei, então eu realmente acredito que seja autêntica. Mas não é a coca que é vendida hoje. A formula original foi modificada”.

Sobre as mudanças, o historiador cita que a fábrica tem usado xarope de frutose de milho ao invés de açúcar na versão americana da bebida desde 1985. Neste ano, a Coca-Cola desenvolveu uma receita nova, mas os consumidores não gostaram muito. Então eles voltaram a utilizar a receita antiga, mas com algumas mudanças, entre elas, o uso de xarope ao invés de açúcar. Pendergrast também revelou que, hoje em dia, o fabricante não utiliza mais o ácido cítrico que aparece na foto, utilizam agora ácido fosfórico.

A Coca nasceu para ser remédio.

Quando John Pemberton começou a misturar os ingredientes que, no futuro, iriam se tornar o refrigerante mais vendido do mundo, ele nem pensava em criar uma bebida para tomar junto com a pizza de sábado à noite. Sua intenção era medicinal.

“Era uma redução de Vinho Mariani, bebida alcoólica francesa que continha vinho e extratos de folha de coca, era considerada um ‘tônico para os nervos’ e teria muitos efeitos benéficos”, disse Pendergrast. O historiador conta ainda que a bebida era alcoólica e levava cocaína. Em 1886, a bebida foi proibida e o criador trabalhou para retirar o álcool. “Isso fez com que a bebida ficasse amarga, então ele adicionou açúcar para compensar”. A receita que vazou ainda contém álcool, mas “é só para misturar os óleos essenciais, não chega até o produto final”, explicou Pendergrast.

É claro que as reclamações sobre a cocaína não demorariam a começar, então, o criador passou a retirar a substância das folhas de coca antes de usar. Hoje em dia, “a cocaína é removida pela companhia Stepan Chemical e depois destruída ou usada em pesquisas médicas”. Nos anos 1890 a companhia mudou de dono e o novo proprietário, Asa Candler, fez mudanças na quantidade de cafeína e de adoçantes, o que mudou mais uma vez o gosto da bebida. É muito improvável que a receita encontrada pelo programa “This American Life” seja a atual.

E quem quer outra Coca?

A tal da receita que vazou pelo mundo todo pode ou não ser aquela que produziria o refrigerante que bebemos hoje. Mas, na verdade, para Mark Pendergrast, pouco importa. “Mesmo se você tentar fazer ‘a coisa real’ não faria a mínima diferença. Por que alguém iria deixar de comprar a original para comprar uma falsa que, provavelmente, seria mais cara? O segredo real da Coca-Cola nem é um mistério: é a publicidade, economia de escala, marketing e distribuição. É a marca”. A Pepsi sabe bem. [LiveScience]

http://hypescience.com/coca-cola-modo-de-fazer/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+feedburner/xgpv+(HypeScience)

Hypescience