sexta-feira, 30 de abril de 2010

A fabulosa biblioteca da vida


A memória é concebida hoje como uma das mais importantes funções cerebrais e está intimamente ligada ao aprendizado e à capacidade de repetir os acertos e evitar os erros já cometidos.

Fonte: http://www.estado.estadao.com.br/
edicao/especial/ciencia/cerebro

No caso da memória visual, por exemplo, tudo tem início com os sinais luminosos captados pela retina. Os impulsos elétricos migram para o nervo óptico e, daí, para o córtex cerebral, a matéria cinza que concentra as funções cerebrais mais evoluídas. O impulso morre, mas a passagem do impulso por um determinado caminho estabelece conexões entre neurônios e possibilita ao cérebro recriar futuramente a imagem.

As sensações vividas podem ser reproduzidas, sempre que se julgar necessário. Os neurônios se incumbem de enviar impulsos elétricos pelo caminho já trilhado. Sons, imagens ou a combinação de estímulos permitem ao indivíduo ativar novamente esses padrões de conexão. A formação e o armazenamento inicial das memórias de fatos e eventos se fazem na região do hipocampo e suas conexões. A amigdala guarda impressões de medo e alerta. O gânglio basal estoca informações de hábitos e habilidades físicas. O cerebelo guarda memória de procedimentos.

A memória rápida ocorre no córtex prefrontal e em suas conexões. A natureza fragmentada dos arquivos de memória permite ao indivíduo refinar suas impressões do passado. Ao mesmo tempo, habilita o homem a selecionar, pela via das emoções e processos químicos a elas relacionados, as memórias que pretende guardar e aquelas que jamais gostaria de restabelecer. Como em uma imensa biblioteca parcialmente incendiada, o cérebro lesado pode guardar coleções de livros absolutamente intactos.

A memória manipulada e o país que se esqueceu. Jorge L. Borges conta o caso de um homem atormentado por se lembrar de tudo.


O professor Iván Izquierdo, de 59 anos, é hoje um dos mais respeitados cientistas em atividade no Brasil. Suas pesquisas sobre os mecanismos da memória são referência obrigatória em todo o mundo para estudos de ponta sobre as funções cerebrais humanas.

Fonte: http://www.estado.estadao.com.br/
edicao/especial/ciencia/cérebro

No Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o professor desenvolve um minucioso trabalho de reconhecimento anatômico dos processos relacionados à memorização.

Ao mesmo tempo, permite-se utilizar das descobertas científicas para refletir sobre a maneira de pensar de nosso povo e de nossas autoridades. O professor alerta para a perda da memória histórica do país e para as mentiras que, repetidas mil vezes, tornam-se verdades. Izquierdo concedeu a seguinte entrevista ao Jornal Estado de São Paulo:

Estado: Quais são os maiores avanços recentes no estudo da memória?
Izquierdo: Posso começar dizendo que um grande passo foi a demonstração das áreas cerebrais envolvidas na memória de trabalho ou memória rápida (segundos), aquela que permite o processamento "on line" de todo tipo de informação: o córtex pre-frontal e suas conexões. A seguir, a demonstração das áreas cuja função é a formação e armazenamento inicial das memórias de fatos e eventos (memórias declarativas): o hipocampo e suas conexões.

Deve-se ressaltar a descoberta da cadeia de mecanismos bioquímicos que interagem nesses processos. Destaca-se ainda a demonstração de setores envolvidos na memória de procedimentos (nadar, correr, tocar um instrumento): as regiões subcorticais e o cerebelo.

Não se pode esquecer da importância da demonstração dos sistemas regulatórios da formação e evocação de memórias por vias nervosas e sistemas neurohumorais envolvidos nos afetos e nas emoções, inclusive a ansiedade e o estresse. Nessa área, seria válido destacar também o efeito neurotóxico do estresse repetido e continuado.

Estado: O que afinal é a memória? Qual seu papel na estruturação da mente e da consciência?
Izquierdo: Tudo no cérebro funciona através da memória. Caminhamos, falamos e nos comunicamos porque nos lembramos de como fazê-lo. O cérebro manda secretar um ou outro neurotransmissor ou hormônio quando estamos tristes ou alegres, ou quando sentimos medo ou prazer, porque se recorda como fazê-lo. O cérebro mandar secretar hormônio de crescimento à noite e ativa a suprarrenal de manhã porque se lembra de que tem de fazê-lo. Por outro lado, a memória determina nossa individualidade como pessoas e como povos: eu sou quem sou porque me recordo de quem sou. A França é a França porque se lembra de ser a França. Se eu esquecesse quem sou, não seria ninguém, ou seria outro. O povo judaico é um exemplo fantástico disso: sobrevive, mantém sua individualidade, e até prospera, devido exclusivamente a sua memória e ao culto dessa memória.

Estado: Existe, então, uma memória transmitida de geração para geração?
Izquierdo: Impossível saber. A esse respeito só há conjecturas, não evidência científica. É bom lembrar que o cérebro funciona por meio de vias e conexões muito detalhadas e específicas, não por fantasmagorias ou crenças. Até as superstições atuam através de vias e redes nervosas.

Estado: Pode-se criar no cérebro de um cidadão ou de uma comunidade uma memória de fatos não acontecidos? Quais os perigos desse tipo de manipulação?
Izquierdo: A história do Brasil que se ensina nos colégios (ilha de tranquilidade, país manso, tolerante e benévolo, sem preconceitos e sem violência) é justamente um conjunto de memórias de fatos inexistentes. O perigo é cotidiano e visível: é esse Brasil dos massacres, da desigualdade, da prostituição infantil, dos assaltos, da inconsequência política, do trabalho escravo, da impunidade, do faz-de conta. Condicionadas pela falsa História que aprendem e ensinam, nossas elites costumam imaginar que tudo isso acontece na Índia, não na porta de casa. Ou dentro dela.

Estado: Por que nos lembramos mais nitidamente dos fatos acontecidos na infância e na juventude?
Izquierdo: Todos idealizamos os fatos acontecidos na infância e na juventude, principalmente ao atingir a velhice, e damos a eles mais importância que às coisas mais recentes. Na infância e na juventude, namorávamos, dançávamos com garbo, tínhamos ilusões, tínhamos vários futuros possíveis, jogávamos bola com mais agilidade, a expectativa de vida era longa. Há um ditado espanho que diz "todo tiempo pasado fue mejor". Para as pessoas, especialmente para os velhos, que sabem que o fim está próximo e para quem o contracheque da aposentadoria, a artrite, o câncer, a hipertensão ou a depressão fazem parte da memória de hoje, é mais agradável lembrar das coisas "daquele tempo", que real ou imaginariamente foi tão doce.

Estado: Por que, por vezes, nos esquecemos de detalhes de situações violentas ou simplesmente embaraçosas?
Izquierdo: Esquecemos (ou, aliás, suprimimos a evocação de) coisas embaraçosas ou ruins provavelmente pela intervenção de vias serotoninérgicas ou outras agindo sobre áreas cerebrais vinculadas com a memória (amígdala, hipocampo, córtex pre-frontal), ou com aspectos emocionais de sua evocação. Na depressão, que é uma doença que envolve uma disfunção dessas vias, só lembramos das coisas ruins, embaraçosas ou trágicas.

Estado: Jorge L. Borges conta o caso de um homem atormentado por se lembrar de tudo. Uma carga impossível de suportar. É necessário, de fato, limpar nossos arquivos para nova fase de aprendizado ou de adaptação? O que determina o esquecimento da conversa com a empregada de manhã e a manutenção de todos os detalhes da cerimônia de casamento da filha?
Izquierdo: Achados recentes indicam que Borges tinha, como sempre, razão e que um "Funes, o Memorioso" é, de fato, inconcebível. Os mecanismos de memória, contrariamente ao que se pensava alguns anos atrás, se saturam. Não no referente a conexões sinápticas, senão em razão da saturação de vários dos processos bioquímicos desencadeados pela formação ou evocação de memórias em populações grandes dessas células, por exemplo no hipocampo. Assim, não é necessário limpar os arquivos para formar novas memórias, mas é bom lhes dar um descanso de vez em quando. Vale dizer que determinadas memórias, de acontecimentos importantes e com maior carga emocional, são realmente lembradas mais facilmente e com mais nitidez que outras corriqueiras. Isso ocorre justamente por causa da importância do fato e da carga emocional. Nesse caso, são estimulados mecanismos neuroquímicos que garantem a memorização.

Estado: Por que as amnésias são geralmente ligadas à memória declarativa (fatos, eventos, coisas) e não à que rege os procedimentos?
Izquierdo: Porque as áreas lesadas nas amnésias humanas, como na doença de Alzheimer, na derivada do alcoolismo crônico, na resultante de microenfartes cerebrais e na doença de Parkinson, são justamente aquelas responsáveis pelas memórias declarativas: hipocampo, regiões corticais vizinhas, entre outras. A amnésia de Parkinson se deve a lesões dessas áreas, não a lesões de áreas envolvidas com tônus muscular e com movimento. As lesões amnésicas das regiões da memória de procedimentos são muito raras.

Estado: Um homem sem memória perderia também seus conceitos de ética?
Izquierdo: Certamente perderia. Veja o que acontece na rua no dia-a-dia do Brasil, país sem memória. A fidelidade às pessoas, às idéias, aos princípios, não existe. Roubar, é bom se não te descobrem, mata-se por matar. Pergunte a qualquer um sobre o deputado em quem votou na última eleição: você se importa se seu deputado rouba? você não gostaria de roubar também, se fosse possível?

Estado: Há situações em que lesões cerebrais impedem uma pessoa de se emocionar?
Izquierdo: Sim. Há síndromes cerebrais (lesão bilateral do núcleo amigdalino, entre outras) em que o indivíduo não reage nem quando se lembra de situações ligadas à emoção.

Estado: Qual a esperança para pessoas afetadas por doenças que afetam a memória, como Parkinson?
Izquierdo: A esperança para o Parkinson, o Alzheimer, e todas as demais doenças degenerativas cerebrais com morte neuronal está, hoje, na possibilidade de desenvolvimento dos tratamentos preventivos. Para poder desenvolvê-lo, é preciso avançar mais no conhecimento básico dos mecanismos moleculares dessas patologias. Por enquanto, existem poucas drogas preventivas dessas doenças que sejam realmente úteis. A nicotina é uma, mas seus efeitos secundários são grandes. Os agentes que diminuem os radicais livres talvez tenham algum efeito, mas faltam conhecimentos básicos sobre seu mecanismo de ação e estudos epistemológicos sobre seu uso. Não há, no momento, tratamento algum que consiga recuperar a função de áreas cerebrais em que morrem neurônios: estes são células que não se reproduzem e quando morrem levam toda a informação que continham.
Existem drogas, o tacrinal, por exemplo, com efeito paliativo sobre o quadro amnésico dos pacientes com doenças degenerativas cerebrais. No caso do Parkinson, evidentemente, a terapêutica de base da doença (como ocorre na depressão) corrige em parte o quadro amnésico que a acompanha. Não há, de momento, nenhuma droga que "melhore a memória", somente algumas que estimulam a atenção, melhoram o sono ou diminuem a sensação de fadiga. Nenhuma delas, no entanto, traz benefícios efetivos à memória, e todas possuem efeitos secundários potencialmente graves.

Imagem: blog.antesdeparis.com.br/category/frases



quinta-feira, 29 de abril de 2010

Serra Leoa dá uma nova esperança para mães e filhos


gêmeos Isata Sesay foram alguns dos felizardos

Por Fofana Umaru
BBC News, Freetown Tradução: GOOGLE

Isata Sesay está ocupado arrumando para sair do hospital do país, principal referência de maternidade no fim densamente povoada a leste da capital da Serra Leoa, Freetown.

Ela é obviamente aliviado que ela e seus filhos gêmeos de dois dias de idade, sobreviveu a sua provação.

No ano passado, eu prestei atenção a cinco mulheres morrem no espaço de duas noites no Christian Princess Maternidade.

Duas mulheres grávidas vêm até nós para a entrega, são ambos de uma forma ruim, mas nós tendemos a uma, porque ela tem dinheiro e abandonar as outras, porque ela não tem

Dr Ibrahim Thorlie

Somente em março, 11 das 281 mulheres grávidas que deram à luz no hospital, morreu de infecção grave, hemorragia, parto obstruído e hipertensão induzida pela gravidez, diz o diretor do hospital Dr. Ibrahim Thorlie.

A situação não é melhor para os recém-nascidos em Serra Leoa.

As Nações Unidas classifica o país como o pior lugar do mundo para a criança nascer, com 159 em cada 1.000 morrer antes de virar cinco.

"É caro, muito caro para dar à luz aqui - e perigoso também", diz a Senhora Sesay, como ela enche sacos com os medicamentos básicos, ela teve que trazer para o hospital sozinha.

"Espero que o novo plano de saúde trabalha para nós as massas que mal pode pagá-los e salvar a nossa vida".

"Escolhas vergonhoso"

Sierra Leone lançou um programa de saúde para mulheres grávidas mães, a amamentação e crianças menores de cinco anos de idade.

O plano está prevista para salvar a vida de 1,25 milhões de mães e crianças, a um custo de US $ 19m (£ 12m).

Os profissionais de saúde temiam tratamento gratuito levaria a um grande número de pacientes. Dr Thorlie, que também é obstetra da Serra Leoa e ginecologista, pensa cobrança mulheres grávidas e mães taxas de consulta e forçá-los a comprar medicamentos que podem custar centenas de dólares tem "obrigou-nos a agir contra nossa consciência".

"É uma vergonha a escolha, somos confrontados com algumas vezes", diz ele.

MORRER EM SERRA LEOA

Expectativa de vida: 46 anos (homens), 49 (mulheres)

Um em cada oito mulheres de risco de morrer na gravidez ou no parto

Para cada mil crianças nascidas, 140 morrem

A mais elevada taxa de mortalidade no mundo para as crianças menores de cinco anos

Fontes: ONU, a Anistia Internacional

Serra Leoa inicia atendimento gratuito

Burundi luta de cuidados de saúde gratuitos

"Duas mulheres grávidas vêm até nós para a entrega. Ambos estão em uma forma ruim, mas nós tendemos a uma, porque ela tem dinheiro e abandonar as outras, porque ela não tem."

Uma vez que as gestantes, muitas vezes não têm dinheiro para comprar sangue e outros itens básicos, os médicos têm, por vezes, foram obrigados a deixá-los morrer ", não porque quisesse, mas porque tínhamos que", diz o Dr. Thorlie.

O financiamento para o plano de saúde gratuito foi disponibilizado pela maior parte da ONU e do Reino Unido, com o último promissora fonte de um ano de drogas e dinheiro para ajudar a garantir que os trabalhadores de saúde recebem um "salário justo".

A oferta do Reino Unido para subsidiar os salários dos trabalhadores, surge após uma greve de duas semanas de duração em março, quando operários de saúde pública sobre o pagamento e condições.

'Morrer para dar vida "

Eles temiam que os cuidados de saúde gratuitos resultaria em mais pacientes streaming em hospitais e mais horas de trabalho.

A disputa foi resolvida quando o governo ofereceu aumentos salariais entre 200% e 500%.

As mulheres grávidas têm de comprar o sangue e os medicamentos necessários para seus cuidados

Mas a remuneração dos trabalhadores não é a única questão.

Presidente Ernest Bai Koroma, admitiu que a Serra Leoa não está completamente pronto para o início do programa gratuito de saúde.

"Sabemos que alguns dos trabalhos não pode ser concluída antes de 27 de Abril", disse ele, referindo-se ao fato de que a remodelação de muitos hospitais do país não está terminado.

As Nações Unidas Organização Mundial da Saúde desde as principais cidades com bancos de sangue - e painéis solares para mantê-los frescos.

Muitos acreditam que as camas de rede de Serra Leoa estrada pobres ea escassez de médicos, hospitalares e ambulâncias representam um sério desafio para o novo plano de saúde.

Mas, apesar destas preocupações, Sia Nyama Koroma, primeira-dama do país - se uma enfermeira treinada e mãe de dois filhos - está determinado a avançar com o programa.

"De agora em diante, nenhuma mulher deveria morrer por dar a vida", diz ela.

10 coisas que você não sabia sobre o cérebro


Uma coisa estranha é que nosso cérebro falha em entender o funcionamento dele mesmo! Desde o tempo dos egípcios tentamos entender como esse órgão misterioso opera e buscamos saber o que há, afinal, entre nossas orelhas.

Mas não podemos dizer que não fizemos progresso nenhum. Aliás, confira essa lista com 10 coisas incríveis que você não sabia sobre o recheio do seu crânio:

1. O cérebro humano é enorme: parece estranho dizer isso quando estamos tão acostumados com o tamanho de nossas cabeças. O peso médio de um cérebro adulto é de 1,4 quilos. Alguns neurocirurgiões descrevem a textura dele como “pasta de dente”. Mas não é uma analogia muito exata, já que o cérebro não se espalha como pasta de dente. Uma comparação mais cabível seria com tofú (queijo de soja). Ainda não está encantado com a descrição? Então saiba que, se algum dia você resolver colocar um cérebro no liquidificador quase irá conseguir preencher uma garrafa de refrigerante de dois litros com o conteúdo.

2. Mas os cérebros estão diminuindo: mas não fique convencido por conseguir encher uma garrafa de Coca-cola com seu cérebro. Os humanos de cinco mil anos atrás possuíam ainda mais massa cinzenta. Arqueólogos sabem que os cérebros “antigos” eram 10% maiores baseados em “múmias” que eles encontram ao redor do mundo. Ainda não se sabe porque os cérebros estão encolhendo, mas alguns teorizam que é uma evolução para que fiquem mais eficientes. De qualquer forma, o tamanho do cérebro não é documento – segundo pesquisadores, o tamanho não é proporcional à inteligência.

3. Nosso cérebro queima energia: ele pode representar apenas 2% do peso do nosso corpo, mas usa 20% do oxigênio do nosso sangue e 25% dos açúcares que circulam no organismo. A hipótese aceita para os cientistas é que a evolução do cérebro foi causada por mudanças climáticas, competição social e uma dieta baseada em carne (já que os nossos ancestrais precisavam caçar seu alimento).

4. Rugas nos tornam mais espertos: qual é o segredo da inteligência dos humanos? Acredite ou não, a resposta pode ser algo tão improvável quanto rugas! Mas não estamos falando dos pés de galinha de sua tia e sim de fissuras cerebrais chamadas de sulcos. Elas ficam no córtex cerebral – região que contém cerca de 100 bilhões de neurônios. Como o cérebro é enrugado ele tem mais superfície em um espaço menor, o que gera a possibilidade de termos mais neurônios mesmo em uma área menor.

5. A maioria das células do cérebro não é de neurônios: aquela história de que usamos apenas 10% da capacidade de nosso cérebro é balela, mas estudos mostram que 10% é o número de células do órgão que são neurônios. Os outros 90% são de glia (que significa cola, em grego). A glia seria um material que une os neurônios, mas estudos recentes mostram que ela pode ser muito mais – elas podem modular o crescimento e o funcionamento das sinapses, além de oferecer proteção para elas.

6. O cérebro é um clube exclusivo: ele também tem seguranças na porta, para que nem todo mundo possa entrar. Células do sistema sanguíneo do cérebro só deixam proteínas e substâncias necessárias entrarem. O problema é que isso não funciona só como proteção. Muitas vezes importantes medicamentos são mantidos fora do cérebro quando deveriam ser absorvidos por ele.

7. O cérebro começa como um tubo: o cérebro começa a crescer cedo. Três semanas após a concepção uma camada de células embrionárias forma o tubo neural. É só no terceiro trimestre de gravidez que o cérebro do feto começa a se parecer com um cérebro normal.

8. O cérebro dos adolescentes não está completamente formado: e não é conversa de paicareta. Parte da atitude rebelde dos adolescentes vem do fato que o cérebro deles ainda está em formação. Algumas mudanças dramáticas acontecem na parte frontal do cérebro, responsável pela opinião e pelas decisões.

9. Eles nunca param de mudar: o cérebro é uma metamorfose não-ambulante. Quando ele alcança a idade adulta ele não para de se desenvolver, por que isso significaria que você não pode fazer mais nenhuma conexão neural –ou seja, não poderia aprender. Como estamos aprendendo todos os dias, o cérebro também muda um pouco todos os dias.

10. Mulheres não são de Vênus e homens não são de Marte: é óbvio. O que queremos dizer é que os cérebros de homens e mulheres não são muito diferentes. Os hormônios de cada organismo afetam o desenvolvimento do cérebro de alguma forma (mulheres são mais sensíveis e homens mais estressados, por exemplo), mas o efeito do sexo no comportamento é muito pequeno – próximo a zero, de acordo com uma análise da Associação dos Psicólogos dos EUA.

Fonte: LiveScience

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HYPESCIENCE

Imagem: blog.antesdeparis.com.br/category/frases

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Tinta de cabelo e cigarros podem causar doenças no fígado


Tanto a tinta de cabelo quanto o cigarro estão conectados com o desenvolvimento de doenças no fígado, segundo um novo estudo.

A cirrose primária biliar (PBC) é um tipo de doença progressiva, auto-imune, e o ambiente no qual cada pessoa vive pode interferir no seu desenvolvimento. A doença causa entupimento nos dutos de bile, inflamação, danos no tecido e cirrose irreversível.

A pesquisa, que envolveu mais de 5 mil pessoas, mostrou que doenças auto-imunes, como artrite reumatóide, eram mais comuns naqueles com PBC, assim como aqueles com histórico familiar.

Dos pacientes analisados na pesquisa, 63% fumavam ou fumaram em algum ponto de sua vida. E 37% das mulheres analisadas pintavam seu cabelo – apesar disso, os cientistas ainda estão tentando descobrir qual é o componente da tinta de cabelo que causa a doença. Mas pesquisas anteriores mostraram que um ácido presente em tinta de cabelo e em esmalte para unhas poderia estar envolvido.

Os dados também mostraram que, dos pacientes, poucos bebiam álcool regularmente, indicando que o álcool pode não ser um fator determinante do desenvolvimento da PBC.

Fonte: LiveScience

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HYPESCIENCE

Por que mulheres gordinhas não conseguem emagrecer facilmente?


Um novo estudo sugere que exercícios fazem com que as mulheres percam peso, mas só se elas já estão com o peso normal – ou seja, exercícios moderados não funcionariam para as mais gordinhas.
Elas até conseguem perder alguns quilos, mas depois eles voltam.

Esses novos resultados podem ajudar as gordinhas a fazerem programas de malhação que funcionem melhor. Além disso, eles podem ajudar a modificar as recomendações da maior parte de especialistas – que consideram 150 minutos de exercício moderado por semana uma quantidade adequada de atividades físicas. Outras instituições afirmam que a quantidade ideal seria 420 minutos semanais.

O estudo envolveu mais de 34 mil mulheres americanas e analisou a mudança no peso delas durante um período de 13 anos. Elas deveriam fazer 120 minutos de exercício, 420 minutos ou mais. A média de aumento de peso entre as voluntárias foi de seis quilos – e o grupo que fazia mais exercícios teve o menor índice de aumento de massa.

Mas esse dado só foi comprovado para mulheres que já estavam em seu peso normal. Entre as gordinhas não houve nenhuma relação entre a quantidade de exercício que elas faziam e o peso que ganharam ou perderam.

Apenas 13% das participantes do estudo ganharam menos do que cinco quilos durante os treze anos de pesquisa. Na média, elas faziam cerca de uma hora de exercício diário – então essa é a quantidade certa de exercício para quem quer manter o peso.

Segundo os pesquisadores a diferença entre pessoas mais magras e mais gordinhas, que fizeram a mesma quantidade de exercício, mas mesmo assim ganharam uma quantidade diferente de peso é o quanto elas são ativas quando não estão se exercitando. Ou seja, mesmo quando não estão na academia, pessoas com menos quilos são mais ativas – vão ao supermercado a pé, caminham mais e, assim, fazem exercícios sem perceber.

Fonte: LiveScience

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HYPESCIENCE

Por que homens preferem ficar a namorar?


Uma nova pesquisa mostrou as preferências das formas de relacionamento entre universitários. E o resultado, dessa vez, foi o esperado: parece que enquanto as mulheres preferem namorar os rapazes preferem “ficar casualmente”.

Os pesquisadores tentaram entender por que os homens preferem ficar a se envolver em um relacionamento mais sério.

Estudando o comportamento dos universitários, eles perceberam que os homens geralmente são mais ativos no namoro tradicional. Eles convidam a moça pra sair, tomam as iniciativas e, na maioria das vezes, são os responsáveis pelo início do ato sexual. O comportamento das garotas é considerado pelos cientistas como “reativo” – ela apenas aceita, ou não, os convites masculinos.

Ambos querem se conhecer ou então já se conhecem, e sabem que há um futuro no seu relacionamento.

O comportamento é bem diferente do que na “ficada”. Normalmente a ficada é um encontro entre estranhos ou pessoas que mal se conhecem – por exemplo, em um baile sertanejo uma garota e um moço ficam se encarando, alguém se aproxima e eles trocam um beijo que pode acabar até no ato sexual. A diferença é que ali não há comprometimento, intimidade ou (na maioria dos casos) esperança de um futuro relacionamento.

A equipe de pesquisadores analisou 150 mulheres e 71 homens, todos universitários, para saber como eles se comportariam em relacionamentos tradicionais e em “ficadas”. Eles eram apresentados a várias situações e deveriam responder se preferiam namorar ou ficar com a pessoa hipotética da situação.

Eles também deveriam escolher os três benefícios e os três riscos de ficar e de namorar e também fornecer detalhes sobre sua vida amorosa nos últimos dois anos.

Mesmo que os homens iniciassem mais namoros do que as mulheres não havia diferença entre os sexos no número de namoros e no número de ficadas. Tanto para as moças quanto para os rapazes, o número de ficadas era aproximadamente o dobro do que namoros.

Entre as mulheres, cerca de 40% preferiam fortemente namorar a ficar. Esse número entre os homens foi de 20%.

Outras diferenças importantes eram:

- Mulheres têm mais vontade de ter um relacionamento do que os homens. O medo delas, tanto na ficada quanto no relacionamento, é ficar interessada em um parceiro que não sente o mesmo por elas.

- Homens valorizam mais a independência do que as mulheres. Eles temem que mesmo em uma ficada as mulheres irão querer um relacionamento sério.

Fonte: LiveScience

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HYPESCIENCE

Pâncreas artificial funciona em 11 pacientes


Testes em pacientes mostraram que o pâncreas artificial, que monitora os níveis de açúcar do sangue e libera insulina no organismo, fez com que o nível de açúcar em seus corpos ficasse normal por mais de 24 horas.

O sistema é formado por um monitor de glicose, duas bombas e um laptop e é feito para imitar da forma mais realista o corpo humano controlando tanto níveis altos de açúcar quanto níveis baixos.

Em testes anteriores de outros tipos de pâncreas artificial os pacientes acabavam com baixo nível de açúcar no sangue invariavelmente – estado conhecido como hipoglicemia. Adicionar pequenas doses de glucagon (um hormônio liberado pelo pâncreas para normalizar o açúcar do organismo) resolveu o problema dos cientistas e eles conseguiram criar esse sistema que é bem mais efetivo para pacientes de diabetes.

Todos os 11 adultos que participaram dos testes obtiveram bons resultados, não sofreram hipoglicemia e estavam sendo submetidos a uma dieta de carboidratos.

Os primeiros testes revelaram que os diabéticos processavam o açúcar muito mais devagar do que se achava, mas pequenos ajustes no computador resolveram o problema.

A pesquisa mostra que os cientistas estão definitivamente no caminho certo para criar um pâncreas artificial “autônomo”, que possa ser implantado no corpo de um paciente.

Fonte: Reuters

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HYPESCIENCE

terça-feira, 27 de abril de 2010

A indústria de virgindade


As mulheres jovens árabes esperar em uma clínica médica de luxo para uma operação que não só irá mudar suas vidas, mas muito possivelmente salvá-lo. No entanto, a operação é uma questão de escolha e não necessidade. Custa cerca de € 2.000 (£ 1,700) e carrega um risco muito pequeno.

Por Abou Mehri Najlaa e Sills Linda
BBC Radio 4, Crossing Continents
Tradução: GOOGLE

A clínica não é em Dubai e Cairo, mas, em Paris. E a cirurgia estão esperando para se para recuperar a sua virgindade.
Seja na Ásia ou no mundo árabe, um número desconhecido de mulheres enfrentam um problema angustiante de ter quebrado um tabu de profundidade. Eles tiveram relações sexuais fora do casamento e se descobriu, o risco de ser condenado ao ostracismo por suas comunidades, ou até mesmo assassinado.


Agora, mais e mais deles estão passando por uma cirurgia para re-conectar seus hímens e esconder qualquer sinal de atividade sexual no passado. Eles querem garantir que o sangue é derramado sobre suas folhas de noite de núpcias.
A pressão social é tão grande que algumas mulheres ainda ter tomado suas próprias vidas.
Sonia quer manter o anonimato por medo de represálias. Ela é uma morena esbelta jovens a estudar no colégio de arte em Paris.
Embora nascido em França, a cultura árabe e as tradições são centrais para a vida de Sônia. A vida era rigorosa crescendo sob o olhar atento de uma família tradicional árabe grande.
certificados de virgindade
"Eu pensava em suicídio depois da minha primeira relação sexual", diz ela, "porque eu não conseguia ver nenhuma outra solução". Mas Sônia teve de encontrar uma solução.
Ela finalmente fui à clínica de Paris, o Dr. Marc Abecassis submetido a uma cirurgia para restaurar seu hímen. Ela diz que nunca vai revelar seu segredo para ninguém, especialmente o marido ser.



"Considero que esta é a minha vida sexual e eu não tenho que dizer a ninguém sobre isso", diz ela. São homens que estão obrigando-a a mentir sobre isso, diz ela.
Dr. Abecassis realiza uma himenoplastia "como é chamado, pelo menos 2-3 vezes por semana. Re-ligar o tecido do hímen leva cerca de 30 minutos, sob anestesia local.
Ele diz que a idade média dos pacientes é de cerca de 25 anos, e eles vêm de todos os estratos sociais. Embora a cirurgia é realizada em clínicas de todo o mundo, o Dr. Abecassis é um dos poucos cirurgiões árabe que fala abertamente sobre o assunto. Algumas das mulheres vir a ele, porque necessita de certificados de virgindade para se casar.
"Ela pode estar em perigo, porque às vezes é uma questão de tradição e família", diz o Dr. Abecassis. "Acredito que os médicos não têm o direito de decidir por ela ou julgá-la".
Com os fabricantes chineses na liderança, agora existem opções não-cirúrgicas no mercado também. Um website vende hímen artificial por apenas £ 20 (€ 23). O hímen chinês é feito de elástico e cheios de sangue falso. Uma vez inserido na vagina, a mulher pode simular virgindade, afirma a empresa.
Mas isso não era uma opção para Nada. Como uma menina jovem que cresce no interior do Líbano, ela se apaixonou e perdeu a virgindade. "Eu estava com medo da minha família iria descobrir especialmente porque não aprovava a minha relação", diz ela. "Eu estava apavorada eles poderiam matar-me."
Após sete anos no relacionamento, a família de seu namorado queria casar com alguém. Nada tentativa de suicídio. "Eu tenho uma garrafa de Panadol e uma garrafa de químicos de uso doméstico", diz ela. "Eu bebia e lhes disse: 'é isso'."

Noor
Nada é agora 40, e descobriu sobre a restauração do hímen cirúrgica apenas seis anos atrás. Ela se casou e teve dois filhos. Sua noite de núpcias foi um calvário estressante. "Eu não dormi naquela noite. Eu estava chorando", diz ela. "Fiquei muito assustado, mas ele não suspeitar de nada."
É um segredo que Nada - o que não é seu verdadeiro nome - vai levar a sua sepultura. "Estou pronto para escondê-lo até a morte", diz ela. "Só Deus sabe sobre ele."
Mas não é só a geração mais velha que subscreve as visões tradicionais sobre o sexo antes do casamento, quando se trata de escolher uma esposa.
Noor é um profissional da moda que trabalha em Damasco. Ele é bastante representativo de jovens sírios em uma sociedade secular. Mas, apesar de Noor diz que acredita na igualdade para as mulheres, sob a fachada de um conservadorismo liberal está enraizada.
"Eu sei que as meninas que passaram por esta restauração e que foram apanhados na noite de núpcias por seus maridos", diz ele. "Eles perceberam que não eram virgens. Mesmo que a sociedade aceita uma coisa dessas, eu ainda se recusam a casar com ela."
clérigos muçulmanos são rápidos em apontar que a questão da virgindade não é sobre religião. "Devemos lembrar que quando as pessoas esperam para a virgem de sangue a ser derramado sobre a folha, estas são todas as tradições culturais", diz clérigo sírio, Sheikh Mohamad Habash. "Isso não está relacionado com a lei sharia."
comunidades cristãs no Médio Oriente são muitas vezes tão firme em sua crença de que as mulheres devem ser virgens quando se casam.
escritor árabe e comentador social, Sana Al Khayat acredita que a questão tem muito a com a noção de "controlo".
"Se ela é virgem, ela não tem qualquer maneira de comparar [o marido], outros homens. Se ela está com outro homem, então ela tem experiência. Ter experiência torna as mulheres mais fortes."
Pode ser do século 21, mas a questão da virgindade na cultura árabe ainda pode ser uma questão de vida ou morte, especialmente para as mulheres como Sonia e Nada.
E quando reparo de hímen pode ser uma solução rápida, não se pode conciliar séculos de tradição enraizada com as atitudes da sociedade moderna.
http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/8641099.stm

Mente de carne, funcionalidade aos pedaços


Algo específico e importante mudou dentro de cada uma dessas pessoas. Um homem com perfeita saúde sofre um acidente e passa a enxergar o mundo em preto e branco. Mesmo em seus sonhos, tudo carece de cor e a memória já não lhe traz nem por um segundo o azul do céu e o verde da alface.

Fonte: http://www.estado.estadao.com.br/
edicao/especial/ciencia/cérebro


Uma mulher sofre um derrame cerebral e torna-se incapaz de perceber o movimento dos objetos. Não nota a aproximação dos veículos quando decide atravessar uma avenida a caminho do trabalho. Um jovem é atropelado, bate a cabeça e perde a visão, mas não aponta o problema nem se mostra incomodado com a nova condição. Um trabalhador sério e competente torna-se um piadista compulsivo e perde a noção de ética depois que uma barra de ferro lhe perfura a região frontal do cérebro.

Esses exemplos, presentes na literatura médica, ilustram a especificidade e o refinamento das tarefas executadas pelo cérebro. Revelam ainda como são particularmente complexos os processos ligados à percepção dos fatos e à interpretação do que se passa no mundo real.

A fascinação exercida pelos pacientes com lesões cerebrais explica-se justamente pela chance que oferecem de desvendar mistérios da mente. Seus casos mostram ainda como é vulnerável o sistema que nos faz perceber a realidade. Uma lesão cerebral do tamanho de um grão de milho pode acabar com a carreira de um pintor ou transformar um outrora influente diplomata em autêntico pateta.

A ciência se debruça sobre o muro das inquietações. Os especialistas não conseguem, por exemplo, explicar exatamente onde está a diferença entre um gênio da física e seu irmão que chegou aos 40 anos de idade e ainda é incapaz de efetuar contas de dividir. À parte os fatores ambientais e culturais, onde residem os elementos diferenciais na constituição das habilidades e da inteligência? Como se forma a mente humana? Confunde-se com a alma ou se trata do resultado de eventos elétricos e químicos no cérebro? Poderá um dia a mente humana ser compreendida por ela própria?

As dúvidas são antigas. O homem da Antiguidade já fazia conjecturas sobre a origem de sua consciência. Entre os pré-socráticos, Empédocles afirma: "para os homens, o sangue que lhes flui à volta do coração é o pensamento". Para Platão, a mente estava na cabeça, uma esfera, a forma geométrica perfeita.

Aristóteles também acreditava que a mente vivesse no coração, centro de vitalidade e calor do corpo. Na Idade Média, já se imaginava que o cérebro fosse o abrigo da mente. No século 17, Descartes afirmou que a mente devia, de fato, residir no cérebro, mas como algo separado, imaterial.

Nos dias atuais, a tecnologia começa a solucionar alguns desses mistérios que atormentam os filósofos e cientistas há milhares de anos. As imagens obtidas por modernos equipamentos de emissão de positrons permitem conhecer as áreas do cérebro acionadas, por exemplo, quando se comemora uma vitória do time de basquete ou quando se grita de pavor com a imagem hitchcockiana da pessoa esfaqueada debaixo do chuveiro. Pode-se literalmente ver a formação do pensamento em manchas coloridas que se distribuem por áreas distintas do cérebro.

Os pacientes com lesões cerebrais são provas vivas da materialidade da consciência. Os vários distúrbios citados nos relatos médicos, mostram como as lesões podem resultar na criação de mundos alternativos, organizados mediante novas regras de percepção e interpretação dos fatos.

O estudo dessas áreas de processamento tem resultado em um mapeamento cada vez mais perfeito das funções cerebrais e hoje oferece o caminho para a cura de doenças e para a elucidação dos mistérios que dormem atrás dos olhos humanos.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ossos feitos em laboratório


Se um órgão arrebenta, muitas vezes os médicos não conseguem tratar a situação. Agora, se um osso quebra em milhares de pedacinhos, o tratamento fica mais fácil. Sabe como? Os cientistas podem fazer ossos em laboratórios.

Cientistas criaram dois pequenos ossos a partir apenas de células tronco em laboratório. Eles conseguiram arrumar seu formato de acordo com imagens de ossos digitalizadas.

Esse tipo de ossos está sendo testado em animais e até mesmo em algumas pessoas. De acordo com especialistaseles serão comuns daqui a dez anos.

Quando acidentes acontecem e ossos são fraturados gravemente, normalmente acontece o implante dos ossos ou de uma prótese de titânio – mas nem sempre o organismo aceita o implante e acaba acontecendo uma infecção por rejeição. Com os ossos feitos a partir de célula tronco, a pessoa não correria esse risco.

Atualmente, os ossos crescem em uma incubadora, mas os responsáveis pelas pesquisasdizem que logo eles serão cultivados no próprio corpo humano, para que o organismo já se acostume com o tecido novo.

Fonte: NY Times

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HYPESCIENCE

O que seu cão está dizendo?


De acordo com os cientistas, o rosnado do bicho pode ter diferentes significados. Cachorros possuem rosnados diferentes para cada tipo de ocasião – nem sempre significa que eles estão irritados.

Por exemplo, quando o cachorro está brincando ele pode rosnar da mesma forma que quando está sendo provocado, mas o significado do rosnado é, com certeza, diferente. Apesar de nós, muitas vezes, não percebermos a diferença, outros cachorros a entendem.

Cientistas gravaram diferentes rosnados e, depois, os mostraram para vários cachorros. Os bichos reagiram de forma diferente para cada som que ouviram. Ou seja, cachorros possuem uma compreensão de sua linguagem.

Essa habilidade foi percebida em algumas espécies, como em macacos e em esquilos, mas não foi provada em nenhum outro animal. Em cachorros, é a primeira vez que resultados como esses foram obtidos.

Segundo veterinários, várias pesquisas foram feitas em relação à comunicação de cães com humanos, mas pouco tem sido feito no campo da comunicação entre os próprios cachorros.

Os cientistas gravaram rosnados de 20 cachorros diferentes em três tipos de situação. A primeira era em uma brincadeira, a segunda quando o cachorro ganhava um grande osso e a terceira era quando um outro cachorro tentava roubar o mesmo osso.

Então o tom do rosnado, sua altura e freqüência foram medidos. Os cachorros notaram diferenças significativas e se comportaram de forma diferente quando expostos a cada rosnado, mesmo que até os donos dos bichos não tenham conseguido perceber a diferença entre cada som.

Fonte: LiveScience

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HYPESCIENCE

O homem que confundiu sua esposa com um chapéu


Prosopagnosia é uma deficiência da percepção que afeta o sistema nervoso. Basicamente, as pessoas que sofrem com esse problema têm dificuldade em reconhecer os rostos de pessoas ao seu redor – já que essa tarefa seria responsabilidade de uma área específica do cérebro que, nos doentes, estaria danificada.

A doença foi estudada no século XVIII por vários cientistas, e o termo prosopagnosia foi criado em 1947 pelo neurologista alemão Joachim Bodamer. É a junção das palavras gregas prosopon (que significa lado) e agnosia (que significa conhecimento). Desde aquela época centenas de casos foram reportados.

Pessoas que sofrem com essa doença normalmente têm dificuldade em
reconhecer outros, mesmo que os tenham encontrado várias vezes. A maioria dos casos acontece depois de um trauma na cabeça, derrames ou doenças degenerativas.

“O homem que confundiu sua esposa com um chapéu” é o nome de um livro sobre a prosopagnosia escrito pelo neurologista Oliver Sacks. O caso mais trágico retratado no livro é sobre um músico que não sabia que possuía esse defeito. Ele realmente confundiu sua esposa com um chapéu e tentou colocá-la na cabeça (como, só é possível imaginar).

Também conhecida como cegueira facial, a prosopagnosia é, normalmente, acompanhada de outros tipos de dificuldade de reconhecimento (plantas, carros, expressões faciais e emoções). A doença pode criar vários problemas sociais e, em casos mais extremos, os pacientes têm dificuldades até para reconhecer a própria imagem em um espelho.

Fonte: ScientificBlogging

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