sábado, 12 de abril de 2014

OMS diz que surto de ebola na África é um dos mais graves da história



Segundo a organização, propagação da doença, iniciada no sul da Guiné, é uma das mais preocupantes desde o aparecimento do vírus, há quatro décadas. Total de mortos já passa dos 100.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o atual surto epidêmico de ebola na África Ocidental está entre os "mais assustadores" desde o aparecimento da doença, há 40 anos. O número total de mortos já passa dos cem, a maioria na Guiné.
Keiji Fukuda, o diretor-geral adjunto da OMS, afirmou na terça-feira (08/04), em conferência de imprensa em Genebra, que a agência está preocupada com a disseminação do vírus. Ele adiantou que o surto, que eclodiu no sul da Guiné, pode estar se propagando em direção à capital, Conacri, e ao país vizinho, Libéria, o que seria, segundo ele, particularmente preocupante.
"Nunca tivermos antes um surto de ebola nessa parte da África", comentou Fukuda. A OMS enviou dezenas de trabalhadores de ajuda humanitária para a região, para tentar conter a o avanço da doença. "Este é um dos focos de ebola mais desafiadores que já enfrentamos."
As formas mais graves da doença apresentam uma taxa de mortalidade de 90% e não existe vacina, cura ou tratamento específico. De acordo com os últimos dados divulgados na terça-feira pela OMS, há 157 casos de ebola registrados só na Guiné, dos quais 101 resultaram em mortes. Segundo a OMS, 67 casos foram confirmados por análises laboratoriais.
Vinte casos foram registrados na cidade portuária de Conacri, e 21 casos na Libéria, dos quais dez foram fatais. Foram também confirmados casos em Serra Leoa, em que se suspeita que as pessoas tenham contraído a doença na Guiné. No Mali, há nove casos suspeitos, mas dois testes revelaram-se negativos.
"Não devemos dar demasiada importância aos números", recomendou Stéphane Hugonnet, médico especialista da OMS que regressou recentemente da Guiné. "O mais importante é a tendência e a propagação da infecção. Aparentemente, há um risco de outros países estarem sendo infectados. Portanto, devemos permanecer vigilantes a todo custo."
Origens
O vírus foi detectado pela primeira vez em 1976, em dois surtos simultâneos no Sudão e na República Democrática do Congo. Desde 1976, o ebola causou a morte de pelo menos 1.200 pessoas, dos 1.850 casos detectados. Os surtos mais fortes foram registrados na República Democrática do Congo, em 1976 (318 casos), 1995 (315 casos) e 2007 (264 casos); no Sudão, em 1976 (284); e em Uganda, em 2000 (425 casos).
Os surtos surgem normalmente em aldeias remotas da África Central e Ocidental, próximo a florestas tropicais, de acordo com a OMS. Neste momento, o vírus, que tem cinco estirpes, só existe no continente africano, mas já houve casos nas Filipinas e na China.
O ebola provoca febre, causando dores musculares, fraqueza, vômitos, diarreia e, em casos mais graves, falência dos órgãos e sangramentos intermitentes internos e externos. Para evitar o contágio humano, a OMS recomenda evitar o contato com morcegos e macacos e o consumo da sua carne crua, assim como evitar o contato físico com pacientes infectados, em particular com os seus fluidos corporais.
As chances de sobrevivência aumentam se os pacientes são mantidos hidratados e se são tratados de infecções secundárias.
MD/lusa/afp/dpa
DW.DE

Angola. Uíge criou comissão de combate ao Ébola


Joaquim Júnior | Uíge
JORNAL DE ANGOLA

As autoridades da província do Uíge criaram uma comissão que se vai encarregar da prevenção e impedimento da entrada de pessoas provenientes de países onde existem casos de Ébola.
A medida surge em resposta às últimas informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) que dá conta do alastramento da epidemia que assola a Guiné Conakry para outros países, como a Libéria, onde já foram diagnosticados alguns casos.
A febre hemorrágica Ébola foi notificada pela primeira vez na República Democrática do Congo Democrático (RDC), situação que motivou as autoridades do Uíge a redobrarem as medidas de contenção e prevenção, por desconheceremo reservatório do vírus.
 A directora provincial de Saúde, Luísa Cambuta, destacou a importância da comissão criada que é coordenada pelo Governo Provincial e integra as direcções da Comunicação Social, Educação, Assistência e Reinserção Social, Policia Nacional, Forças Armadas Angolanas, Protecção Civil e Bombeiros, além de outras instituições que vão prestar serviços de apoio.
 A província do Uíge foi a que registou a maior ocorrência epidemiológica do mundo, durante o surto da febre hemorrágica do vírus de Marburg, em 2004, informou Luísa Cambuta. Por isso, acrescentou, a Direcção Provincial da Saúde e parceiros estão a tomar medidas preventivas contra a epidemia, com vista a impedir que chegue ao país, através da fronteira com os países vizinhos do Norte.  “Estamos a redobrar as medidas de vigilâncias e contenção da doença, visto que o desconhecimento do foco viral constitui a maior preocupação das autoridades locais.
 A vasta fronteira terrestre com os dois Congos e as dificuldades de comunicação estão na base da criação e da comissão”, escalareceu.  
A directora provincial de Saúde, Luísa Cambuta, explicou que a febre hemorrágica causada pelo vírus Ébola é uma doença infecciosa grave, rara e fatal. Lembrou que a doença foi identificada pela primeira vez em 1976, na República Democrática do Congo, perto do rio Ébola, daí atribuição do nome da doença. O vírus tem um período de incubação que varia entre dois a 21 dias depois do contágio.
Acrescentou que no início os sintomas são acompanhados de febres altas, calafrios, dores de cabeça, inapetência, náuseas, dores abdominais e na garganta, enfraquecimento profundo, podendo também serem observadas hemorragias em todas mucosas do organismo.
Luísa Cambuta tranquilizou a população e disse que a situação não constitui ainda preocupação para a região, mas reconheceu a importância da observância de medidas de prevenção, através da vigilância em todas as unidades hospitalares da província.
“Vamos nos mater calmo, mas vigilante. É necessárioa a colaboração da população para que tenhamos êxito nesta nossa missão”, disse.  

Medidas de prevenção

Para garantir as medidas de prevenção e contenção da doença no país, o Ministério da Saúde emitiu uma circular enviada às direcções províncias a recomendar o reforço da vigilância epidemiológica, investigação de rumores e notificação de casos suspeitos.
  A circular refere que as províncias fronteiriças devem reforçar a vigilância nos pontos de entrada, como é o caso de portos fluviais e marítimos, aeroportos e nos pontos fronteiriços terrestres.

Dengue em Luanda




Hoje tive de ir a uma clinica de Luanda ver alguém especial, que está internado com Dengue- agora evoluímos, os resultados só dão dengue, duas constatações fizeram-me pensar seriamente no futuro desse país que pertence a todos nós: na recepção da clinica, do banco de urgência, vi duas brasileiras a atenderem o público... Claro que fui logo à procura de mais informação, e o que consegui apurar é que, existe uma empresa brasileira a gerir a clínica... Penso que a lei geral do trabalho é bastante clara no que, a estrangeiros ocuparem espaços que pode ser feito por angolanos, diz respeito. Segundo, ao passar pelo Sambizanga, junto ao campo Mário Santiago, vi um aglomerado de gente junto a uma carrinha, onde dois senhores com papéis na mão, falavam com a população. Claro que parei e me informei: população do bairro da Madeira, transferida para o Zango. Quais dos Zangos, não consegui apurar estava a causar transtorno ao trânsito e tive de bazar... Ou seja, como Catete também ja é Luanda, ninguém se deve chatear se for lá parar... Será que estamos mesmo a ver os problemas que estamos a arranjar para o futuro?
Ana Margoso. Facebook

terça-feira, 8 de abril de 2014

Portugal ainda não accionou qualquer plano de contingência para controlo do Ébola.




Lisboa recebe voos de países vizinhos da Guiné Conakry, mas no aeroporto não existe nenhum rastreio de passageiros. Até agora o único caso suspeito da doença foi um português que esteve recentemente na Libéria. Mas o teste deu foi negativo. O diretor-geral de Saúde diz que o plano só será ativado quando se registar o primeiro caso de Ébola em Portugal.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Cabo Verde previne-se contra o vírus ébola


Cabo Verde está a realizar uma campanha de sensibilização sobre febre hemorrágica ébola nos portos e aeroportos, com distribuição de desdobráveis que contém informações sobre a doença a para que os viajantes adoptem medidas de prevenção.

www.portugues.rfi

A campanha de sensibilização em parceria com a Organização Mundial da Saúde -OMS-  é apenas uma medida preventiva, uma vez que o arquipélago não registou até ao momento nehum caso do vírus ébola. Quem o diz é a ministra Adjunta e da Saúde, Cristina Fonte Lima: " Nós queremos com esta acção sensibilizar os passageiros que vêm ou que partem para ter alguns cuidados. Não há ainda restrição de viagens. Eu própria devo deslocar-me à Libéria para participar numa reunião de minsitros da Saúde da zona".
Uma das instruções das autoridades de saúde obriga a que em todas as chegadas de vôos da zona ocidental africana, os tripulantes devem apresentar declarações de casos de gripe, febres ou eventuais má disposições decorridas no vôo, e nessas situações os técnicos de saúde deverão estar prontos a agir.
O representante da Organização Mundial da Saúde em Cabo Verde, Ambrosio Disadid , disse que a OMS já transmitiu ao governo o que deve ser feito: " Transmitimos ao governo as acções que devem ser tomadas em termos de prevenção e preparação para resposta. Como sabem o risco zero não existe, Cabo Verde faz parte do mundo, é um país visitado e também temos cabo-verdianos que vivem fora. Então estas medidas são apenas para prevenir". A Organização Mundial da Saúde entregou na passada sexta-feira ao Ministério da Saúde 6350 kits de equipamentos para prevenção do vírus ébola no arquipélago.
Recorde-se que ontem o Mali identificou os primeiros três casos suspeitos de ébola e pode ser o quarto país africano a ser atingido pelo surto da doença depois da Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa. Pelo menos 93 pessoas já morreram da doença. O país mais atingido é a Guiné-Conacri, onde já faleceram 86 pessoas, e a Libéria sete.