terça-feira, 31 de março de 2009

Os enfermeiros ganham terreno aos médicos (1)


Espanha planeia redefinir o seu papel para aproveitar melhor os seus conhecimentos – Noutros países já prescrevem medicamentos e realizam alguns testes.

GABRIELA CAÑAS 30/03/2009

No Reino Unido, há anos que os enfermeiros se ocupam da realização das endoscopias digestivas, libertando os médicos dessa tarefa sempre tão escassos nos sistemas de saúde. Dois estudos publicados no passado mês de Fevereiro no British Medical Journal, que analisaram endoscopias feitas desde 2002, demonstram que os resultados são similares. No há diferenças relevantes entre as endoscopias realizadas por uns e por outros.
Um enfermeiro por cada médico? Devem-se ampliar as atribuições dos enfermeiros?

Poderão ocupar-se do seguimento dos enfermos crónicos. O reforço das equipas sanitárias beneficiaria a população.

Com o plano Bolonha, os sanitários poderão doutorar-se e fazerem investigação. Os médicos jovens são menos reticentes aos novos esquemas.

Todos os sistemas sanitários avançados, incluindo o espanhol, planeiam redefinir as tarefas dos seus profissionais. Faz sentido que uma enfermeira que estudou durante três anos, que fez simultaneamente três anos de práticas e que já adquiriu uma larga experiência se limite a fazer curas ou a desenvolver tarefas que não requerem tanta preparação? Faz sentido que nas consultas de geriatria os pacientes de elevadas idades tenham largas esperas cada mês para conseguirem uma receita do anticoagulante que necessitam porque só os médicos as podem assinar? Tem lógica que os tempos de consulta do médico se consumam preenchendo partes de baixa? E, desde outro ponto de vista, estão os médicos e os enfermeiros de hoje suficientemente capacitados para manejar um complexo aparelho de diagnóstico de imagem?

França, Reino Unido e Canadá, entre outros, são os países que estão marchando rapidamente para uma nova organização sanitária para optimizar os recursos humanos que dispõem. O corpo de enfermeiros é um dos chamados a desenvolver um papel mais relevante. Quiçá por isso no Parlamento espanhol socialistas e convergentes defendem que podólogos e enfermeiros possam fazer determinadas prescrições farmacêuticas.

Mercedes Mengíbar é enfermeira, sentiu-se como um bicho raro no dia em que a nomearam gerente dum hospital público em Andalucía. Era mulher e não médica; algo insólito. Hoje dirige o hospital USP de Marbella, que é privado. É certo que antes de chegar a tão altas responsabilidades estudou Psicologia, fez mestrado em relações humanas e montou hospitais de campanha na Nicarágua.

Sente-se orgulhosa de ser enfermeira, não obstante, e concorda em que se melhore a atenção sanitária outorgando a estes profissionais a possibilidade de receitar todos aqueles fármacos que não requerem prescrição facultativa, mas que são muito utilizados e que normalmente são custeados pelo Estado.

EL PAÍS

segunda-feira, 30 de março de 2009

Morre Jade Goody depois de converter o seu cancro num 'show' mediático


Efe

Faleceu de madrugada na sua casa de Essex, segundo confirmou a sua família.
A jovem, de 27 anos, pretendia arrecadar dinheiro para os seus filhos.
Há um mês casou-se com o seu noivo numa cerimónia televisiva com garante êxito.

Eduardo Suárez em Londres
Actualizado domingo 22/03/2009 11:03 horas

O anúncio esta manhã em tom lúgubre do seu agente Max Clifford, mestre de cerimonias do circulo mediático dos seus últimos dias de vida. Jade Goody morreu no domingo de madrugada. O dia que aqui se celebra é o dia da mãe. Aconteceu-lhe com apenas 27 anos e na sua casa do condado de Essex, envolta no último recolhimento de intimidade e rodeada dos seus entes queridos.

A sua mãe Jockey Budden – analfabeta e ex-viciada na droga – acertou ao dizer aos repórteres: "Minha menina bonita está finalmente em paz". Assim esteve de certo modo nestes últimos dias, como estiveram todos os seus compromissos mediáticos. Goody apenas mencionava a morte e com a morte preferia estar em casa, longe da escravidão dos tubos e enfermeiras do Royal Marsden Hospital, no bairro de Chelsea.

O seu último trabalho mediático proporcionou-lhe o baptismo dos seus filhos, cuja exclusividade engordou as vendas da revista 'OK'. A próxima será um funeral que se prevê melodramático, multitudinário e prenhe de emotividade. "Ela queria que fosse uma grande celebração", disse ontem Max Clifford, "ao fim e ao cabo é a sua despedida de todo o mundo e ela é a primeira grande estrela da telerrealidade. Será um evento muito do estilo de Jade. Exactamente como ela queria que fosse".

Segundo Clifford, Jade falou recentemente com os seus filhos da gravidade do seu estado: "Sentou-se com eles e explicou-lhes que a mamã ia para o céu e que o céu é um lugar onde a gente que está enferma vai lá melhorar. Disse-lhes que quando olhassem para o céu e vissem uma estrela é a mamã que lhes está a olhar". A simplicidade da sua personalidade, a pureza, reflectidos também nas flores e nas mensagens que dezenas de desconhecidos deixaram esta manhã, ensolaravam as portas da sua casa.

Goody surgiu do nada faz sete anos, quando foi seleccionada para o programa 'Grande Irmão'. Não ganhou, mas o seu carácter entre rude e iletrado conectou inesperadamente com a audiência e outorgou-lhe o duvidoso privilégio de iniciar uma vida pública ao sair de casa. Assim foi como participou na edição para famosos do programa, onde a sua fama multiplicou-se depois de um episódio racista com uma das concorrentes A disputa provocou um incidente diplomático que requereu os bons ofícios de Gordon Brown, então ministro da Economia e de viajem pala Índia.

Não havia nada que cortasse as asas da imparável fama de Jade, que crescia directamente proporcional ao eco dos seus escândalos. Nunca lhe importou que não soubesse que o Rio de Janeiro era uma cidade ou que Cambridge não era um distrito de Londres. O público adorava as suas formas bruscas e a sua ignorância, como se olhasse num espelho deformado. Jade escreveu duas autobiografias, lançou o seu próprio perfume e abriu os seus próprios salões de beleza.

A sua ascensão imparável só foi freada pelo cancro que lhe diagnosticaram em Setembro do ano passado. Jade deixou a edição índia de 'Grande Irmão' para iniciar o tratamento e desde o primeiro momento assumiu com naturalidade a sua deterioração física. Primeiro em programas semanais e depois no final apoteótico que incluiu boda, banquete, baptismo e este final – que finalmente não será televisionado –. Tudo vendido e coreografado para maximizar o beneficio económico que os seus filhos disputarão, que quiçá tenham a educação que a sua mãe lhes negou mas que cresceram também num lugar tremendamente desestruturado.

"A família e os amigos queriam ter a intimidade final", dizia esta manhã a sua mãe. Uma petição que quiçá chega demasiado tarde.

EL MUNDO

sábado, 28 de março de 2009

Violação sexual


Itália. Encerravam-na num quarto sem luz. Violada durante 25 anos pelo seu pai e pelo seu irmão.

Dpa. Roma
Actualizado sexta-feira 27/03/2009 12:55 horas

Uma mulher de Turim que actualmente tem 34 anos suportou durante 25 anos abusos sexuais do seu pai e do seu irmão, segundo informa a mídia italiana.

Quando tinha nove anos, a vítima foi encerrada numa habitação sem luz eléctrica. Então seu pai a violou pela primeira vez. Mais tarde o filho também, seu irmão, hoje com 41 anos. O irmão da vítima também abusou reiteradamente das suas quatro filhas, de idades compreendidas entre seis e 20 anos.

A tentativa de fuga da jovem em 1994 fracassou, segundo relata o diário turinês 'La Stampa'. O seu pai acompanhou-a à polícia onde interpôs uma queixa por violação sexual, mas contra o seu tio. Um psicólogo da polícia descartou então as acusações por considerá-las não credíveis e o caso ficou arquivado.

Em Outubro passado, a vítima acudiu de novo à esquadra da polícia acompanhada pelo seu pai. Desta vez denunciou o seu irmão, que se encontra desde então encarcerado, por presumível violação. Finalmente pelas investigações dos agentes supõe-se que também o pai abusou da sua filha durante anos.

Ambos se encontram agora no cárcere e as cinco vítimas de violação recebem ajuda psicológica.

EL MUNDO

sexta-feira, 27 de março de 2009

Suicídio. Uma família marcada pela tragédia


O filho de Sylvia Plath segue os passos da sua mãe e se suicida
O professor universitário enforca-se na sua casa do Alaska
A poetisa suicidou-se em 1963 abrindo a torneira do gás

Ocorreu no Alaska. A milhares de quilómetros da casa vitoriana de Camden onde a poetiza Sylvia Plath abriu a torneira do gás e acabou com a vida, desesperada. Quase meio século depois, o seu filho Nicholas preferiu o tacto áspero da corda. Fez ontem uma semana que acabou com a sua vida.


A notícia deu-a em exclusivo o diário 'The Times'. Nicholas Hughes suicidou-se no seu domicílio do Alaska em 16 de Março. Não deixa nem mulher nem filhos. Compartilhava a sua solidão com episódios periódicos de depressão e problemas psiquiátricos intermitentes. Entretanto trabalhava como professor universitário de Ciências do Mar na Universidade de Fairbanks.

Precedia-o certa reputação no mundo académico. A outorga das suas expedições de trabalho e seus projectos de investigação sobre as pescas no Alaska.

Tímido e reservado, Nicholas nunca foi uma pessoa demasiado social. Preferia passar largas temporadas em casa, amassando embarcações e figuras de barro, nas que era muito aficionado, ou explorando as vastas profundidades da sua biblioteca.

O seu suicídio supõe um novo terramoto para uma família marcada para sempre pelo estigma da dor e o desconsolo. Sylvia Plath, a sua mãe e uma das poetizas mais reputadas da segunda metade do século XX, acabou com a sua vida na madrugada de 11 de Fevereiro de 1963. Na habitação ao lado dormiam os seus dois filhos. Sobre a mesa deixou uma carta para o seu médico e os seus últimos poemas.

Infidelidade do seu esposo

Muito se especulou sobre os seus motivos. Mencionou-se a morte do seu pai. Também a infidelidade do seu esposo, outro dos grandes das letras britânicas, Ted Hughes, que a abandonou pela poetisa Assia Wevill. Os últimos estudos apontam que Sylvia sofria um transtorno bipolar e que a medicação actual lhe salvaria a vida.

Seis anos depois a família Hughes/Plath submeteu-se a outro episódio de luto depois que Wevill seguiria os passos de Plath abrindo a torneira do gás e acabando com a vida. Neste caso, a poetisa levou consigo uma das suas filhas: Shura, de apenas quatro anos. Isto ocorreu em 23 de Março de 1969. Ontem fez exactamente 40 anos.

O de Nicholas é, pois, o terceiro suicídio da família. Segundo 'The Times', a sua irmã Frieda voava ontem de caminho ao Alaska para encarregar-se do cadáver e prepará-lo para o seu funeral.

Num comunicado, Frieda manifestou lacónica: "Com grande pena anuncio a morte do meu irmão. (…) Durante algum tempo lutou contra a depressão.".

Uma luta de que ela mesma pode dar fé. Porque Frieda – excelente escritora e colunista da imprensa britânica – publicou artigos sobre as batalhas contra os seus demónios mentais, materializados em transtornos depressivos, anorexia e inclusa esclerose múltipla.

De todas as formas, e segundo um amigo da família, Nicholas não era uma pessoa predisposta ao suicídio: "Não era uma figura inevitavelmente trágica, era um biólogo marinho que alcançou os seus 40 amos com uma grande carreira académica e um punhado de amigos e de êxitos atrás dele. Muitas pessoas o fizeram por menos".

EL MUNDO
Traduzido do espanhol

quinta-feira, 26 de março de 2009

Queimaduras de segundo e terceiro grau


Italiano desempregado ateia fogo em próprio corpo em Roma
Agência ANSA

ROMA - Um homem, desempregado há seis meses, ateou fogo em seu corpo na manhã desta quarta-feira na Praça do Campidoglio, em frente à prefeitura de Roma, como uma forma de 'protesto'.

- Estou desempregado e decidi fazer isso como um protesto - disse o italiano, de 39 anos, aos médicos do hospital Sant'Eugenio, para onde foi levado com queimaduras de segundo e terceiro grau em 20% de seu corpo. Ele foi socorrido por agentes da polícia que estavam no local para preparar a visita da família real da Suécia.

Segundo fontes do hospital, o homem teve queimaduras especialmente na cabeça, nos braços e no tórax, mas não corre risco de vida.

Identificado como Vicenzo C., o desempregado tem antecedentes criminais por delitos contra o patrimônio e, segundo informou um amigo, ele estava sem trabalho há seis meses, desde que foi demitido da padaria onde trabalhava em Roma, sem receber o seguro-desemprego, porque 'a pessoa que o havia contratado não havia pagado corretamente todos os tributos'.

- Estou desesperado. Não tinha nada, como poderia ir em frente sem dinheiro? Agora, talvez alguém se lembre de mim - disse Vicenzo, que tem um filho e vive em uma casa popular na capital italiana, logo após a ação.

http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/03/25/e250326786.asp

quarta-feira, 25 de março de 2009

Esquizofrenia


Finlandesa vive em aeroportos de Berlim há três meses

Portal Terra

BERLIM - Uma finlandesa vive há três meses em aeroportos de Berlim, na Alemanha, informa nesta terça-feira o site do jornal Bild. Autoridades da capital alemã temem que a mulher sofra de esquizofrenia.

Vestida de preto e com o cabelo louro sempre bem penteado, ela parece uma passageira elegante circulando pelos terminais. Porém, Jaana J., 40 anos, nunca vai embora e dorme nos bancos dos aeroportos Tegel ou Schoenefeld desde dezembro.

O Bild afirma que Jaana deixou seus pais, casa e trabalho na Finlândia e mudou-se para Berlim, mas em vez de alugar uma casa ou apartamento passou a viver nos aeroportos. Ela rejeita qualquer forma de ajuda e anda sempre com uma bolsa que não deixa ninguém ver.

Preocupados com a mulher, funcionários do Aeroporto Tegel chamaram a polícia. Ela chegou a ser levada para um tratamento psiquiátrico, mas foi liberada em seguida. Depois disso, passou a viver no Aeroporto Schoenefeld.

A família quer levá-la de volta à Finlândia, onde seria internada em uma clínica, mas as autoridades alemãs alegam que não querem colocá-la em um avião contra a sua vontade porque não está incapacitada.

O caso de Jaana remete ao filme 'O Terminal', em que Tom Hanks vive em um aeroporto dos Estados Unidos. A história parece ter sido inspirada em outra real: do refugiado iraniano Merhan Karimi Nasseri, que viveu no terminal 1 do Aeroporto Charles de Gaulle, perto de Paris, de 1988 a 2006, depois que seus documentos foram roubados. Nasseri era conhecido entre os funcionários do aeroporto como Sir Alfred Mehran.

http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/03/24/e240326329.asp

terça-feira, 24 de março de 2009

Morre o bebé britânico que o juiz ordenou desligar do respirador



PATRICIA TUBELLA – Londres – 22/03/2009



O tristemente conhecido bebé britânico de nove meses e gravemente enfermo faleceu ontem depois de os seus pais perderem a batalha legal para mantê-lo com vida graças à ventilação mecânica. Os médicos queriam pôr fim ao "insuportável" sofrimento do pequeno, que sofria transtornos do metabolismo, danos cerebrais e insuficiência respiratória, mas a família decidiu acudir aos tribunais para reclamar que mantivessem o tratamento.



Uma juíza decidiu que a vida do menino – conhecido pelas suas iniciais, O.T, para ocultar a identidade dos implicados no caso – não podia ser preservada "debaixo de qualquer circunstância". Os médicos estimavam que o bebé, sofrendo de uma rara desordem mitocondrial, não tinha possibilidade de recuperação nem de sobreviver aos 3 anos. A magistrada Parker reconheceu a devoção dos pais para com o pequeno, mas também considerou "irreal" a sua esperança de que algum dia chegaria a ir à escola. E ainda disse acreditar no direito a viver graças aos respiradores artificiais, qualificou este caso de "desesperado e angustioso". A apelação a esta sentença, apresentada pelo matrimónio como último recurso legal, foi recusada na sexta-feira pelo Tribunal Supremo.



Passados uns minutos das 10 da manhã de ontem, o serviço médico desligou a Baby OT da respiração assistida ante a consternação dos seus pais. "Morreu em paz, mas sentiremos muito a falta dele. Durante este curto período de tempo, nosso precioso filho foi o centro das nossas vidas", manifestava a mãe, convencida de que o menino dava mostras de prazer quando recebia seus cuidados.



"Existe a crença generalizada de que a medicina tem uma resposta para todo, mas desafortunadamente isso não é assim", declarou ontem o professor Sam Leinster, da Universidade de East Anglia, ante as reticências suscitadas pela decisão judicial.



EL PAÍS


segunda-feira, 23 de março de 2009

Médico garante: quem ama não adoece


ENTREVISTA/Marco Aurélio Dias da Silva

O cardiologista Marco Aurélio Dias da Silva é enfático: "Quem ama não adoece". Segundo diz, hoje os médicos perderam o hábito de conversar com seus pacientes, e a figura do "médico de família" não deveria ter sido esquecida.

 - Como o senhor concluiu que quem ama não adoece?

 MARCO AURÉLIO DIAS DA SILVA - Observando o comportamento dos pacientes e lendo sobre o assunto, comecei a perceber que pacientes que chegavam com queixas no coração apresentavam um histórico que antecedia à doença. O problema cardíaco era nada mais do que uma forma de exteriorização e escape para o sofrimento.

 - Reflexo de carência afetiva?

 SILVA - O amor que me refiro não é o amor por uma pessoa, não é o erótico, nem o romântico. Estes são apenas aspectos do amor. Me refiro mais a um estado de espírito, paz interior. As pessoas precisam ser e estar otimistas, abertas para o mundo, de uma maneira geral, enfim, ter uma postura desarmada. Quem conseguir atingir este estágio consegue escapar de doenças graves.

 - Isso ocorre com crianças também?

 SILVA - A criança que não se sentiu amada tem isso no seu inconsciente. Para ela, isso ocorreu porque ela não presta. A criança se torna um ser humano divido entre o "eu" real e o ideal. Ou seja, o que gostaria de ser e o que tenta fingir que é.

 - Esta receita de saúde que você transmite seria o caminho da medicina moderna, ou seja, estimulando a criação de laços mais profundos de amor?

 SILVA - Eu não tenho dúvida que sim. Basta fazer uma distinção com quem ainda não está doente, preservando a felicidade. Só é feliz quem consegue amar. Acho que todo mundo deve perseguir a felicidade, e essa busca tem a ver com a revisão de valores. Isso é bem fácil no discurso, não na prática.

 - Como o senhor trabalha isso no seu consultório?

 SILVA - Eu procuro o contato humano mais próximo possível, inclusive do ponto de vista do contato físico. O que, na minha opinião, o ser humano mais necessita. Felizes são os veterinários que podem afagar seus pacientes sem repressão e sem ser mal interpretados. Durante a consulta também procuro detectar sintomas que podem revelar dores de amores, além de medir o grau de felicidade do paciente, de sua família, enfim saber se a doença vem como conseqüência de outro sofrimento.

 - Seria mais ou menos uma consulta como as que aconteciam antigamente, quando o médico tratava de várias gerações e sabia tudo o que se passava na família?

 

SILVA - O avanço tecnológico afasta cada vez mais o médico do objetivo maior que é a relação humana que o atendimento médico exige. São coisas simples, mas que não são postas em prática. Era exatamente o que o médico do passado fazia, isto é, deixar o paciente falar, pois é através de uma conversa que se pode extrair informações muito importantes dentro do contexto apresentado. Hoje, a maioria dos médicos tem uma visão mercantilista, quer prestígio, poder.

 - A falta de amor seria um fator externo ou interno para desencadear doenças?

 SILVA - No começo, na origem de tudo - quem não consegue amor, quem sabe que não foi amado - é externo, porque a rejeição vem de fora para dentro. Depois o processo é interno. A doença está ligada a muitos fatores, alguns difíceis de controlar. Volto a dizer que o aspecto emocional é extremamente importante, por isso merece atenção especial.

 - Que grau de desequilíbrio emocional poderia resultar em doenças?

 SILVA - O grau já é mais complicado medir. É difícil medir ou converter em números uma emoção. Posso medir enzimas, não tristeza. Não tem como quantificar o sentimento das pessoas.

 - O que é pior para o coração: o estresse, o sedentarismo ou a falta de amor?

 SILVA - A literatura médica diz que são três os principais fatores de risco para doenças coronarianas: hipertensão, fumo e colesterol elevado, em quarto lugar está o estresse. Para mim é a infelicidade que leva a esses fatores citados como desencadeadores. A infelicidade e o desamor estão, a meu ver, em primeiro lugar.

 - Especialista dizem que a depressão abre portas para muitas doenças, como é este processo no organismo das pessoas?

 SILVA - Principalmente para o câncer. Hoje já podemos contar com uma especialidade médica chamada psicoimunologia, que comprova com excelência que quando a pessoa está deprimida seu sistema imunológico de defesa também fica deprimido. Ela, então, abre as portas para doenças infecciosas em geral e para outras, como o câncer.

 - Muitas pessoas dizem ter uma vida absolutamente feliz e têm câncer. A doença pode ser originada em momentos de profunda tristeza?

 

SILVA - Será que foram ou são felizes mesmo? Quem tem câncer geralmente é uma pessoa muito boa, muito afável. Elas são tão boas, mas ninguém sabe como estão por dentro, como elas reprimem os seus sentimentos e passam isso para o exterior.

 - O mesmo pode acontecer com as pessoas que são frustradas profissionalmente?

 SILVA - Sem dúvida. O ambiente profissional é o lugar onde mais se reprime as emoções. É no trabalho que se vive as emoções mais fortes, não dá para simplesmente se ligar ou desligar, o trabalhador vive as emoções do emprego durante as 24 horas.

 - Qual conselho o senhor dá para que as pessoas melhorem suas vidas?

 SILVA - O primeiro passo é fazer uma revisão interior e de comportamento e se esforçarem para mudar o que está errado. Se for o caso, que recorram a um psicoterapeuta. É importante tentar entender que pedir ajuda de um profissional não é sinônimo de loucura ou fraqueza.

 http://www2.uol.com.br/JC/_1998/2806/br2806f.htm

sexta-feira, 20 de março de 2009

As pessoas morrem assim!


Foi no IPO-Porto e na altura, eu via-a com falta de ar e a revirar os olhos e perguntei ao médico o que estava a acontecer, (é evidente que eu sabia que ela estava a morrer, mas queria saber o que se estava a passar) o médico respondeu com um certo ar de desprezo e falta de paciência :
- as pessoas morrem assim!
Eu dei a mão à minha mãe o tempo todo , cerca de meia hora de estertor, e fiquei com aquela dúvida, que se calhar só vou ver respondida quando chegar a minha vez..."

(M.)


(Sobre um caso familiar.)
".../...
De que forma um doente oncológico seguido num hospital público é acompanhado depois de se terem esgotado todas as hipóteses de intervenção cirúrgica e de se ter entrado já no último ciclo de quimioterapia paliativa?
Que papel têm os médicos oncologistas a partir desse momento?
É a unidade da dor (existente no hospital em questão) que passa a acompanhar o doente com maior proximidade?
E quando se agrava o quadro clínico, o doente é internado?
É nesse momento que o definem como doente terminal?
O que pode ele esperar de acompanhamento por parte do hospital enquanto doente terminal?"

"Sei que as minhas dúvidas provêem da enorme dificuldade de os médicos e os pacientes envolvidos em situações como esta enfrentarem e partilharem a aproximação da morte."

"(...) E vejo o tempo a passar, tempo precioso para que o doente se prepare, como melhor entender - mesmo que, já esclarecido, preparar-se, para ele, seja não se preparar! - e na posse de todos os dados, para o que se segue."

(F.)

".../...
O apoio psicológico às vítimas é completamente inexistente.
Recordo obsessivamente os dois sacos verdes de plástico com a roupa dos meus pais e as alianças deles embrulhadas em algodão e os anéis da minha mãe completamente desfeitos.
As instituições deviam ter particular atenção a estes traumas irreversíveis.
Em Inglaterra e em França já existem estas equipas."

http://medicoexplicamedicinaaintelectuais.blogspot.com/2004/08/frases-esparsas-sentidas-com-dor.html
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quinta-feira, 19 de março de 2009

Um cisquinho de nada


A pessoa havia ido ao médico, pois estava sentindo um incomodo muito grande em um dos olhos, devido ao que presumia ser um cisco, pois havia arrumado uns armários no porão da casa, onde tinha muita poeira, fungos e coisas velhas.
O médico disse que era apenas um 'cisquinho de nada' e prescreveu um colírio anti-alérgico contra a irritação.
Dias depois, o incomodo ainda persistia e o olho estava muito inchado, então decidiu consultar um outro médico que retirou o 'cisquinho'.
Trata-se de um óvulo do protozoário toxoplasma gondi, um coccídio causador da oxoplasmose muito comum no líquido peritoneal de rato e que é também encontrado no gato e em carne de porco e poderia simplesmente cegar o portador do 'cisquinho de nada'.
Sempre que tiver dúvida procure a opinião de outro médico, nunca espere pra ver o que acontece, pois nem sempre dá tempo.
E cuidado ao coçar os olhos com as mãos que não estejam devidamente lavadas. A gente não enxerga os micróbios, vírus e bactérias a olho nu.
É isso aí, olho vivo!
Recebido via email
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quarta-feira, 18 de março de 2009

Homenagem a um Médico


Quando nascemos, recebemos
diferentes missões.

A sua missão é de salvar vidas!

Pelo talento de suas mãos,
transforma todo homem
em bonança.

Sua alma não se contém diante
do desespero de uma criança
ou de um idoso.

Por isso, você vai operando
milagres, trazendo esperança
a corações desesperançados.

Falar de seu ofício de médico
não é fácil.

Existem muitas dificuldades
e seu trabalho é incansável.

Sabemos que você o faz por
amor ao ser humano,
altruísta sempre.

Não há tempos, nem momentos
para fazer o bem, por isso,
devemos a você nossa saúde.

Você não escolhe dia para exercer a sua profissão.
Para você, todo dia é dia
de salvar vidas.

Por isso, seremos sempre
gratos e rendemos nossas
homenagens.

Nosso sincero agradecimento
de quem sabe que, sem você,
nossa vida não seria tão feliz.

Feliz dia do médico! (desconheço o autor)

http://www.mensagenscomamor.com/mensagem_homenagem_frases_dia_do_medico.htm
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terça-feira, 17 de março de 2009

Médicos na Idade da Pedra


Alemanha mostra técnicas cirúrgicas de 10 mil anos
Publicado por Editorial [MisteriosAntigos] em 23/1/2009
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Uma exposição aberta na Alemanha exibe provas de que há mais de 10 mil anos curandeiros na Idade da Pedra já operavam a cabeça de seus pacientes.

O mais curioso é que a maior parte dos pacientes primitivos sobrevivia, como mostram crânios descobertos em escavações arqueológicas.

Até o século 19, entretanto, grande parte das intervenções do tipo levava o doente à morte.


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"Buraco na cabeça" é o título da mostra, exibida até dia 2 de novembro no Museu de Neanderthal, na cidade de Mettmann, no oeste da Alemanha.

Realizada na mesma localidade famosa pela descoberta do homem de Neanderthal, a exposição documenta as mais antigas operações de cabeça do mundo, abrangendo desde as mais primitivas intervenções até a moderna cirurgia cerebral.


Tumores

Considerada um dos mais antigos procedimentos médicos dos quais se tem evidência, a chamada trepanação é uma técnica em que um orifício é aberto no crânio, possibilitando operações no cérebro. Hoje em dia, a prática é usada, por exemplo, para extirpar tumores ou coágulos cerebrais.

Na pré-história, é possível que a trepanação não tivesse uma função terapêutica prática, servindo em muitos casos, segundo especialistas, para eliminar os maus espíritos e demônios do paciente. A sobrevivência ao procedimento, realizado através da Antiguidade, era de aproximadamente 70%.

Na Europa, puderam ser comprovados mais de 450 casos de trepanação durante o Neolítico. Entretanto, durante a Idade Média o conhecimento da cirurgia se perdeu e a cota de sucesso nesse tipo de intervenção caiu a praticamente zero.

O acervo inclui cerca de duas dúzias de crânios com buracos de trepanação, entre os quais os mais antigos encontrados no continente europeu, ao lado dos instrumentos primitivos usados nas operações.


Neolítico

Entre as peças expostas está uma cópia de um crânio datado do ano 5.000 a.C., considerado a mais antiga prova de uma operação craniana na Europa. Achado em um cemitério neolítico em Ensisheim, região francesa próxima à fronteira com a Alemanha, o esqueleto apresenta dois furos na cabeça.

Exames feitos por pesquisadores da Universidade de Freiburg indicaram que os dois buracos foram abertos por instrumentos cortantes de pedra. Os sinais de cicatrização indicam que o paciente, um homem de cerca de 50 anos, sobreviveu à operação.

Também são apresentadas ilustrações históricas, além equipamentos desenvolvidos para operar cérebros humanos através dos tempos, incluindo peças da antiguidade clássica, do da civilização celta e de povos da América Pré-Colombiana. A exibição traz ainda cenas de trepanação do cinema e da TV, além de curiosidades sobre o tema.

Em uma mesa de operações moderna cedida pelo Hospital Universitário de Düsseldorf, os visitantes também podem experimentar a técnica de trepanação utilizando abóboras no lugar de cabeças.



Fonte: BBC
http://misteriosantigos.com/artigos/modules/smartsection/item.php?itemid=226
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segunda-feira, 16 de março de 2009

Alho e o antibiótico alicina


Alicina... a substância «milagrosa» do alho

O alho tem sido usado desde sempre para os mais variados fins. Desde afastar os vampiros até ao combate às bactérias passando pelo tratamento do pé de atleta ao tempero do esparguete. Depois de inúmeras análises químicas, os cientistas chegaram à conclusão de que a grande riqueza do alho, Allium sativum, se encontra nos seus componentes – mais de trinta já foram isolados – especialmente nos derivados de enxofre (sulfatados). Entre eles, o mais importante é, sem dúvida, a alicina (di-propenyl tiosulfinato), responsável pela maioria das propriedades farmacológicas da planta.

Na verdade, a alicina, um líquido de coloração amarelada, só aparece de facto quando o alho é mastigado ou cortado, libertando-se das células quando a sua integridade estrutural é violada. Esta substância desempenha uma acção muito importante na defesa da planta contra insectos, fungos e bactérias existentes na fauna própria do solo, além de ser a responsável pelo seu forte odor característico. Apesar de já se conhecerem muitas das propriedades da alicina, esta substância não deixa de suscitar o interesse científico de muitos investigadores por este mundo fora. Desta vez o interesse veio de David Mirelman, bioquímico no Weizmann Institute of Science.

Este cientista coordenou uma equipa que clonou o gene codificador da alicina. Depois da clonagem deste gene, os cientistas produziram e conseguiram estabilizar esta substância altamente volátil que, segundo estes investigadores, é responsável por tudo o que de bom e mau tem o alho. Os testes conduzidos por D. Mirelman e seus colaboradores vieram confirmar as conclusões de outros estudos anteriores: a alicina é muito eficaz na prevenção da hipertensão, no tratamento da diabetes e da diarreia, na diminuição do risco de enfarte e na destruição de células cancerosas. As experiências realizadas por esta equipa, revelaram que o alho previne o aumento de peso e pode mesmo ajudar a perder os quilos excedentários.

Droga maravilhosa! Numa entrevista à Reuters Health, D. Mirelman apelida a alicina como uma «droga maravilhosa», afirmando que ela pode ser incluída no mesmo grupo da aspirina. Segundo D. Mirelman, a alicina tem um efeito antibiótico. «Isto, nós conseguimos provar. Ela mata microorganismos,» afirmou este investigador. Aliás, esta é a sua principal função que esta substância desempenha na planta: protegê-la dos microorganismos do solo.

O papel do alho ao longo da História da Humanidade O alho é um ingrediente utilizado na medicina desde há milhares de anos e as suas virtudes farmacológicas não passaram despercebidas ao longo da História da Humanidade. O vigor de Allium sativum é o tema central de lendas e a inspiração de muitos poetas clássicos e até é referido na própria Biblia, quando os israelitas lamentam o alho deixado no Egipto quando fugiram com Moisés.

Em vários registos hieroglíficos se mostra que o alho foi dado aos escravos que construíram as pirâmides para os manter fortes e saudáveis. Também na Grécia Antiga os atletas comiam alho crú antes das competições e os soldados romanos comiam a rama da planta antes de irem para as batalhas. De facto, o alho era a arma secreta do Império Romano.

Os centuriões comiam alho para prevenir doenças, especialmente as provocadas pelas bactérias patogénicas ao aparelho digestivo. Hipócrates, o pai da Medicina, recomendou o alho o tratamento de infecções, feridas, distúrbios digestivos e mesmo da lepra. Na Idade Média, o alho foi muito utilizado para prevenir a propagação da peste negra e também era um poderoso amuleto que espantava os demónios e vampiros. Já durante a Primeira Guerra Mundial, foi usado na prevenção de gangrenas quando os hospitais de campanha tinham falta de penicilina e de sulfamida.

Joaquina Pereira
MNI - Médicos Na Internet
6 de Dezembro de 2001
Foto: Natural Life magazine

http://alimentacaoviva.blogspot.com/2008/03/alicina-substncia-milagrosa-do-alho.html
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sexta-feira, 13 de março de 2009

A Teia de Osler


DOENÇAS MISTERIOSAS
Por Renato M.E. Sabbatini

Um livro publicado recentemente nos Estados Unidos, intitulado “A Teia de Osler”, está provocando muita polêmica com respeito às chamadas “doenças misteriosas”, que periodicamente causam muitas dificuldades e embaraços à ciência médica tradicional. Essas doenças são difíceis de identificar, têm causas desconhecidas, e muitas vezes não representam uma única entidade. Muitas delas acabam sendo imputadas a “problemas psicológicos” de seus portadores.

Existem várias nesse final de século: a síndrome de fadiga crônica (de que trata o livro referido), a síndrome dos veteranos da guerra do Golfo Pérsico, as seqüelas de implantes mamários de silicone, etc. O interessante é que todas essas doenças têm aparecido quase que exclusivamente nos EUA, onde existe uma poderosa e multimilionária “indústria” de processos jurídicos contra os supostos responsáveis por essas mazelas. Os veteranos do Golfo querem compensações miliardárias do Ministério da Defesa, as mulheres que receberam implantes de mama ganharam causas de enorme valor contra a empresa Dow Corning, inventora e fabricante do silicone, etc.

Mais interessante ainda, realmente existem doenças que hoje são entidades reconhecidas pela Medicina, e que passaram por esse processo de mistério, incompreensão, rejeição de sua existência pela classe médica, etc. Uma delas é o lupus eritematoso, uma doença auto-imune (o sistema imunológico ataca tecido saudável, e danifica a pele, o sangue, rins e articulações), que tem manifestações tão inespecíficas e difíceis de documentar, que muitos pacientes demoram, em média, cerca de quatro anos com a doença, antes de serem identificados corretamente. Doenças novas, como a AIDS, também não foram reconhecidas logo no início, o que atrasou a batalha científica contra elas.

O título do livro “A Teia de Osler” se refere à prática organizada e heterodoxa da Medicina, inaugurada no século passado pelo médico inglês Osler, que fixou a importância do diagnóstico como objetivo central do médico; e que, portanto, é muito resistente a reconhecer e tratar problemas que não consegue diagnosticar. Foi escrito por Hillary Johnson, uma jornalista e vítima da síndrome de fadiga crônica (conhecida por sua abreviatura em inglês, CFS), critica violentamente as autoridades de saúde dos EUA, por negarem a existência da síndrome durante muito tempo, identificando-a como um problema psicológico.

Nessa síndrome, a pessoa é acometida periodicamente de uma fadiga imensa e completa, que a impede de realizar qualquer atividade. Pode aparecer depois de uma fase aguda parecida com uma gripe comum. Não tem causa conhecida ainda (foi associada inconclusivamente a diversos tipos de vírus, entre os quais o vírus de Epstein-Barr, que muitos acreditam ser o responsável), e também não tem tratamento específico.

Foi chamada de “doença dos yuppies”, pois parecia atacar preferencialmente jovens executivos afluentes (puro artefato, pois esses são os que podem ir aos médicos e escrever artigos e livros chamando a atenção para seus problemas). Foi reconhecida e descrita pela primeira vez por volta de 1985, e somente uns dez anos depois entrou para o ról oficial das doenças. Praticamente não existe fora da América do Norte, mas conheço pessoas que pegaram essa doença ao viajarem para os Estados Unidos. Sabe-se, ainda, que cerca de 10% das pessoas que apresentam fadiga crônica não explicada por outras causas (anemia, câncer, etc.), apresentam a CFS.

Diagnósticos como esses frustram muito os médicos e pacientes, pois todos têm em comum um conjunto de sintomas muito comuns: dor crônica, fadiga, fraqueza muscular, tontura, pequenas alterações perceptuais e cognitivas. Podem ser devidas a problemas legítimos, de baixa intensidade, ou podem ser doenças imaginárias, hipocondríacas ou causadas pelo stress e por depressão psicológica.

http://www.geocities.com/saudeinfo/misteriosas.htm
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quinta-feira, 12 de março de 2009

A operação durou 23 horas



Heather continua viva depois da extracção de seis órgãos vitais e um tumor
EFE

Uma equipa de cirurgiões do hospital infantil presbiteriano Morgan Stanley de Nova Iorque (EEUU), salvou a vida a uma menina depois de extrair-lhe seis órgãos vitais, debaixo dos quais se escondia um tumor cancerígeno de grandes dimensiones no abdómen.

Segundo o diário Newsday, na sua edição online, os médicos do hospital nova-iorquino informaram que extraíram a Heather McNamara, de 7 anos, o estômago, o pâncreas, o baço, o fígado e ambos intestinos para poder extirpar um tumor maligno do tamanho de uma bola de ténis. A complicada operação teve lugar no passado 6 de Fevereiro.

A menina, que vive em Long Island (Nova Iorque), já está na sua casa, segundo indicaram vários meios de informação estado-unidenses. Durante a intervenção, que durou mais de 23 horas, a equipa de cirurgiões manteve vivos os órgãos do mesmo modo como se tivesse procedido num transplante habitual, colocando-os a baixa temperatura enquanto extirpavam o tumor.

"Foi uma cirurgia de alto risco", assinalou a edição pela Internet do 'USA Today' o cirurgião chefe, Tomoaki Kato, que acrescentou "tinha uma grande responsabilidade sobre as costas e estava muito nervoso".

O pai, Joseph McNamara, de 46 anos, ofereceu-se como possível doador no caso de que os médicos não pudessem salvar o fígado da sua filha.
Não se puderam salvar três órgãos.

O cancro estendeu-se até ao estômago, ao pâncreas e ao baço da menina, pelo que os médicos não puderam salvar estes órgãos.

Para substituir o estômago, já que sem esse órgão não é possível viver, a equipa de cirurgiões criou uma bolsa com tecido intestinal que é capaz de reter os alimentos até que passem ao intestino delgado.

Apesar deste substitutivo, a pequena precisa da ajuda de uma máquina de bombear para comer, que transporta numa mochila.

Heather necessitará também de injecções de insulina e de enzimas que a ajudem a digerir as comidas, já que a perda do pâncreas fez com que sofra de diabetes.

Até agora, só se registou outro caso similar ao de Heather no mundo, mas esta é a primeira vez que uma equipa de cirurgiões realizou de maneira satisfatória una intervenção destas características num menino.

EL MUNDO
Traduzido do espanhol
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terça-feira, 10 de março de 2009

Frases célebres sobre Médicos


"Mais vale cairmos nas mãos de um médico feliz do que um médico sabedor." (Bonaventure des Périers)

"O melhor médico é aquele que recebe os que foram desenganados por todos os outros." (Aristóteles)

"O melhor médico é aquele que mais esperança infunde."
(Samuel Taylor Coleridge)

"É mau médico o que não tem esperança de curar." (Sêneca)

"Quase todos os médicos têm a sua doença preferida." (Henry Fielding)

"Os melhores médicos do mundo são: o Dr. Dieta, o Dr. Tranqüilidade e o Dr. Alegria." (Jonathan Swift)

"No caso de a competência ser igual, é mais útil que o médico seja um amigo do que um estranho." (Celso)

"O médico não pode receitar por carta o momento de comer ou de banhar-se; ele deve tomar o pulso." (Sêneca)

"Nem sempre depende do médico que o doente se restabeleça: algumas vezes o mal é mais forte que a ciência." (Ovídio)

"Sempre, aconteça o que acontecer, o médico, por estar tão próximo ao paciente, por conhecer tanto o mais profundo de sua psique, por ser a imagem daquele que se acerca da dor e a mitiga, tem uma tarefa muito importante, de muita responsabilidade." (Che Guevara)

"Não é o diploma médico, mas a qualidade humana, o decisivo."
(Carl Gustav Jung)

"O que diz respeito aos médicos, só os médicos tratam; de ferragens cuidam os ferreiros." (Horácio)

"Muitos médicos já são de opinião que existe algo além de bisturis e pílulas para curar seus pacientes." (Bernie Siegel)

"Todo médico, antes de nos tomar o pulso, já nos põe na balança. Parece que peso é essencial para o diagnóstico." (Rachel de Queiroz)

"Os médicos crêem que, encontrada a causa da enfermidade, sua cura está descoberta." (Cícero)

"É função do médico curar com segurança, com rapidez e com prazer." (Celso)

"Os médicos acusam a natureza, os enfermos aos médicos."
(Marquês de Maricá)

http://www.sitequente.com/frases/medico.html

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sábado, 7 de março de 2009

Dependência do tabagismo é comparada à da heroína


«Considerado doença pela Organização Mundial da Saúde, o tabagismo já matou mais de 100 milhões de pessoas. Actualmente, mata 3,5 milhões por ano, número superior à soma das mortes provocadas pelo vírus da SIDA, pelos acidentes de trânsito, pelo consumo de álcool, cocaína e heroína e pelo suicídio.

“O cigarro matou mais no século XX que todas as guerras somadas: foram 100 milhões de vítimas, segundo a organização Mundial de Saúde (OMS), afirma Mário César Carvalho, repórter especial da Folha de S. Paulo e autor do livro “Folha Explica Cigarro”, editado pela Publifolha.

Ainda de acordo com Mário Carvalho, “o cigarro provoca 26 enfermidades fatais, 11 tipos de cancro, seis doenças cardiovasculares, cinquenta respiratórias e quatro pediátricas, encurta em cinco anos a vida de quem consome 15 cigarros por dia e causa uma dependência tão grave como a da heroína”.

No livro, o autor aponta dados estarrecedores sobre o tabagismo, conta a história da indústria do cigarro e mostra que o fumo é a maior causa de mortes evitáveis na história da humanidade.»

In Jornal de Angola Visite-me também em: Universidade, Universe, Universal e X-Files

quinta-feira, 5 de março de 2009

Deixar de fumar, o que se ganha?





Após 2 horas, a nicotina começa a sair do corpo, e a partir daqui passa-se a sentir os sintomas de privação


Após 6 horas, o ritmo cardíaco e a pressão arterial começam a descer, embora possam levar algumas semanas para atingirem os valores normais


Após 12 horas, o monóxido de carbono do fumo do tabaco terá de sair do corpo, os pulmões começam a funcionar um pouco melhor e as faltas de ar são menos agudas


Após 2 dias, os sentidos do cheiro e do paladar tornam-se mais apurados
As primeiras quatro semanas são as piores.


Só ao fim de oito semanas a sua ânsia por um cigarro começará a desaparecer.


Entre a 2ª e a 12ª semanas, a circulação sanguínea melhora em todo o corpo, tornando o andar e o correr muito mais fáceis


Após 3 a 9 meses, a tosse e outros problemas respiratórios diminuem e a função pulmonar aumenta cerca de 10%


Ao fim de 5 anos, o risco de ataque cardíaco é duas vezes menor do que o de um fumador


Ao fim de 10 anos, o risco de cancro do pulmão é também duas vezes menor do que o de um fumador e o risco de ataque cardíaco é idêntico ao de uma pessoa que nunca tenha fumado

In site desconhecido
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quarta-feira, 4 de março de 2009

Peritos alertam contra a 'supergripe'


Vírus da cepa H1N1 mutam e tornam-se imunes ao tratamento com Tamiflu, segundo publica o 'JAMA'

ELPAÍS.com – Madrid - 03/03/2009

Um dos três subtipos do vírus da gripe que provoca brotes periódicos desta enfermidade cada temporada, o H1N1 tipo A, fez-se resistente ao tratamento mais comum, o que se realiza com Tamiflu (nome comercial de oseltamivir) segundo publica o Journal of the American Medical Association (JAMA) e retomado pelo diário Times de Londres.

Duas investigações (uma estado-unidense e outra holandesa) mostram que este subtipo não responde ao tratamento com oseltamivir, uma das terapias mais comuns em população de risco (anciãos e pessoas com o sistema imunitário debilitado).

No Reino Unido no passado mês de Dezembro, 100 pacientes do Real Hospital Universitário de Liverpool e 20 trabalhadores do centro foram contagiados com uma cepa do vírus resistente ao Tamiflu. Outro tipo de medicação teve de ser administrada para controlar a cepa.

A equipa de investigadores holandeses assegura no Times que a rápida expansão das cepas resistentes se observa desde Janeiro de 2008. Trata-se do vírus com uma mutação etiquetada como H274Y dos que, em principio, se pensava que eram menos agressivos, ainda que mais contagiosos.

"Sem dúvida nos esperam muitas surpresas na luta contra a gripe, em que só uma coisa é segura: o organismo continuará evoluindo", assinalam David Weinstock y Gianna Zuccotti, peritos independentes da revista JAMA.

EL PAÍS
Traduzido do espanhol

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terça-feira, 3 de março de 2009

Passar as noites em claro

Tentando dormir!
Por Agência EFE

Segundo a Organização Mundial de Saúde, 40% da população mundial sofrem de algum problema com o descanso noturno e perguntam "Doutor, por que passo as noites em claro?
O velho método para conciliar o sono, que costuma ser recomendado às crianças e que consiste em contar ovelhas imaginárias enquanto se olha para o teto até fechar os olhos do cansaço, pode soar poético e fraco, além de ser uma imagem muito utilizada em filmes e desenhos animados. Mas, para acabar com a insônia, são necessárias medidas mais consistentes. Desde falta de concentração, mau humor e ansiedade até nervosismo, sensação de ter areia nos olhos e um irresistível desejo de tirar uma soneca. Estes são os sintomas inequívocos de falta de sonho, um problema que aumenta o risco de sofrer acidentes, piora a qualidade de vida e é uma das causas mais comuns de falta ao trabalho.
O sono é uma das necessidades básicas do ser humano, e ocupa aproximadamente um terço de nossa vida. Mas, no último século, o tempo médio de sono foi reduzido em 20%, quase duas horas diárias, devido em parte a fatores relacionados com o estilo de vida moderno. Algumas pessoas se sentem enfraquecidas e são incapazes de desempenhar suas funções diárias por causa da falta de sono. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), este é um problema que afeta uma entre cada quatro pessoas no mundo em algum momento da vida.
A falta de sono crônica costuma ser devida a doenças físicas ou mentais, enquanto os transtornos passageiros são causados por problemas psicológicos de ansiedade, estresse e depressão.Embora a necessidade de sono varie de acordo com cada pessoa, considera-se que há insônia quando a eficiência do sono tanto em quantidade quanto em qualidade é inferior a 85%, o qual pode se manifestar como uma séria dificuldade para conciliar períodos adormecidos superiores a 30 minutos, despertares prematuros e interrupções freqüentes do sono.
O médico Ignacio Ferrando, diretor de Programas Médicos do grupo Sanitas, um dos principais planos de saúde da Europa, propõe medidas para contornar o problema:

Consulte seu médico Faça isso se passar várias noites em claro para diagnosticar as causas da insônia. O especialista buscará problemas subjacentes. Em algumas ocasiões, a insônia pode ser devida a causas físicas, como dores crônicas ou apnéia do sono: uma interrupção transitória da respiração, o que força a pessoa a despertar várias vezes durante a noite para voltar a respirar.
Obtenha um diagnóstico Os tratamentos podem ser muito variados: desde o mais simples, como colocar uma bola de tênis na parte de trás do pijama para impedir que a pessoa durma sobre as costas, até - no caso da apnéia – procurar um otorrinolaringologista para descartar outras razões físicas.

Mantenha uma alimentação equilibrada Na hora do almoço, coma alimentos ricos em proteínas, como peixe ou peito de frango. Lanche ou tome uma vitamina no meio da tarde, evitando a cafeína e o excesso de açúcar refinado a partir das 19h. No jantar, é melhor uma comida leve à base de carboidratos em vez de pratos "pesados".

Tente fazer exercícios moderados Se praticados nas primeiras horas da tarde, os exercícios proporcionam uma agradável sensação de cansaço, que predispõe o corpo e a mente para o descanso posterior.
Evite os cochilos ao longo do dia Estas "sonecas" podem diminuir a necessidade de dormir à noite.
Manter uma rotina quanto à hora de ir dormirTente ir deitar na mesma hora todas as noites e pôr o despertador para tocar na mesma hora de manhã.
Não consuma estimulantes antes de deitar Em lugar de bebidas que contenham cafeína como chá, café e cacau, prefira leite, um chá de valeriana, tília ou erva-cidreira, ou simplesmente um copo d'água. Fumar ou tomar uma taça antes de ir dormir também estimula o cérebro e o impede desligar.

Prepare-se para dormir Escutar música relaxante, ler um livro ou tomar um banho morno pode ser a melhor forma de desligar para conciliar o sono.
Nunca vá para a cama aborrecido Se você teve uma discussão de casal ou com um membro da família, é melhor tentar resolver antes de ir deitar.Por Ricardo Goncebat.
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