sábado, 20 de setembro de 2014

Luanda. Esta criança acabou por ficar cega. Foi adoptada, os pais biológicos nunca apareceram.







Esta criança acabou por ficar cega. Foi adoptada, os pais biológicos nunca apareceram. Pertenço a um grupo aqui no Facebook "vamos cuidar da Sany" que cuidou da menina. Esta notícia já deve ter quase um ano.

Procura-se os familiares
Manos essa menina tem 4 anos foi atropelada nos arredores do golfo a 4meses atras o carro arrastou-a até um determinado sítio
Sany como se chama vive passando de hospital pra hospital
Chegando ao hospital de Viana kapalanka minha cunhada q e enfermeira de lá comove-se com a história da menina e explica ao meu irmão mais velho q tmbm comoveu-se e decidiu ajudar a menina sany de 4anos q com acidente veio a partir o fémur e esta perdendo a visão aos poucos
Sem condições no mesmo hospital meu irmão foi comprando as coisas pra curar a grande escara q saiu na costas de tanto estar deita de costas
Eu e Lindomar Chiapulo nos deslocamos pra ver a menina e foi comovente
Mesmo sem ver criou um afecto por nós jamais visto
Estamos a fazer os possíveis pra ajudar passando essa mensagem nas rádios nos jornais e telejornais nas redes sociais
Pra ver se obtemos alguma ajuda pra menina e encontrar-mos o paradeiro dos familiares
Hoje a menina esta no Américo boa vida e ja nao enxerga nada
So reconhece meu irmão pelas mãos e a voz
Meu irmão esta paciente em ajudar a menina
Mais a menina neste momento carece de cuidados especiais pra poder recuperar a visão
Passamos a mensagem de procura de paradeiro e a pedir ajuda e no ecos e facto e nada
Nem ajuda nem familiares
Peço um grande favor as manos para partilharem essa mensagem pra ver se conseguimos pelo menos encontrar os familiares
E depois a ajuda q tanto queremos
A menina chama-se sany
Ela diz q a Mãe chama-se titina(Tina)
O pai vava
E avo Luzia
Ela diz q vive no golfo
É uma menina muito inteligênte
Agradeço a vossa ajuda por favor

Ticha Gila. Portugueses em Angola. Facebook

Alemanha e França preparam ponte aérea para região afetada pelo ebola





Governo alemão vai apoiar Cruz Vermelha financeiramente e preparar hospital móvel

http://noticias.r7.com/saude

As forças armadas da Alemanha e da França preparam a criação em curto prazo de uma ponte aérea para transportar ajuda de emergência aos países mais afetados pela epidemia de ebola, um projeto no qual participarão 100 soldados e dois aviões de transporte germânicos.
O Ministério das Relações Exteriores alemão informou desta iniciativa conjunta em comunicado no qual explica que a base logística para esta ponte aérea poderia ser instalada em Dacar, capital do Senegal. A previsão é que se dirijam para esse país dois aviões de transporte tipo Transall e que 100 militares deem cobertura à missão. "Outros países podem fazer parte desta cadeia logística", ressalta o comunicado do ministério.
Junto a esta iniciativa, o governo alemão apoiará a Cruz Vermelha financeira e logisticamente para preparar um hospital móvel de mais de 200 camas e dois pontos de assistência sanitária básica na região. Segundo o comunicado, as forças armadas estão prontas para enviar à região um hospital militar com capacidade para 50 pacientes.
O Executivo de Angela Merkel, que recebeu uma carta pessoal da presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, pedindo ajuda urgente, se compromete ainda a enviar equipamento médico, remédios e alimentos às áreas mais afetadas e a formar pessoal sanitário no terreno, sempre em coordenação com Nações Unidas e a comunidade internacional.
— Vamos atuar com toda rapidez e forneceremos quanto esteja em nossas mãos – disse a chanceler em entrevista coletiva na quarta-feira passada, quando qualificou a situação da Libéria de "dramática".
Imagem: Angela Merkel qualificou situação da Libéria de "dramática" Reuters/James Giahyue

Serra Leoa confina 6 milhões de pessoas em casa para conter ebola





Moradores aproveitaram horas antes de toque de recolher para comprar mantimentos
Um toque de recolher de três dias foi iniciado em Serra Leoa para permitir que agentes de saúde encontrem e isolem novos casos de ebola, doença que já causou 2.600 mortes na África Ocidental.


O objetivo é manter as pessoas confinadas em casa durante a operação e prevenir que a doença se espalhe ainda mais. Críticos, no entanto, dizem que a medida diminuirá ainda mais a confiança entre público e autoridades médicas.
Seis milhões de cidadãos não poderão sair às ruas até domingo. Cerca de 30 mil voluntários farão uma busca de porta em porta para encontrar pacientes e vítimas.
Autoridades disseram que as equipes não entrarão nas casas, mas chamarão serviços de emergência para lidar com pacientes e corpos.
Equipes distribuirão sabonetes e informações para prevenir novos contágios.
Serra Leoa é um dos países mais atingidos pelo surto do ebola na África Ocidental, com mais de 550 mortos. Dos 14 distritos do país, 13 registraram casos da doença.
Nas horas que antecederam o toque de recolher, as ruas da capital, Freetown, ficaram congestionadas. Pessoas estocaram óleo de cozinha, arroz e outros mantimentos.
Segundo a correspondente da BBC Umaru Fofana, nem mesmo a forte chuva na cidade conteve as milhares de pessoas que lotaram mercados. Uma atendente disse que prateleiras tiveram que ser repostas cinco vezes em apenas dois dias.
A agência MSF (Médicos Sem Fronteiras) criticou a medida, dizendo que, no final, ela ajuda a espalhar a doença, e não a contê-la, já que oculta potenciais casos da doença.
Autoridades, no entanto, dizem que o toque de recolher reduz a disseminação da doença, e que milhares de oficiais serão deslocados para garantir que moradores cumpram as restrições.
A porta-voz do Ministério da Saúde, Sidie Yahya Tunis, disse à BBC neste mês esperar o cumprimento do toque de recolher. "Ou você cumpre ou você está descumprindo a lei. Se você desobedecer, você está desobedecendo ao presidente", disse.
Na vizinha Guiné, foram encontrados os corpos de nove agentes médicos e jornalistas desaparecidos e que participavam de uma campanha para conter o ebola.
Um porta-voz do governo disse que alguns dos corpos foram encontrados em uma fossa no vilarejo de Wome. A equipe foi atacada por moradores na terça-feira.
Correspondentes dizem que muitos moradores desconfiam dos esforços oficiais para combater a doença e o incidente mostra as dificuldades que equipes médicas enfrentam.
'Ameaça à paz internacional'
O Conselho de Segurança da ONU declarou o surto do ebola uma "ameaça à paz e segurança internacional" e adotou por unanimidade uma resolução pedindo por mais recursos para combater a epidemia.
Integrantes do Conselho foram informados que a resposta internacional tem que ser 20 vezes maior do que atualmente e que o número de casos está dobrando a cada duas semanas na África Ocidental.
A resolução também pediu que restrições a viagens sejam canceladas, dizendo que os países afetados necessitam ter acesso à ajuda ao invés de serem isolados.
Em uma apresentação em vídeo, um médico que estava na Libéria alertou que se a comunidade internacional não aumentar seus esforços, "nós seremos eliminados".
Imagem: Informações e sabonetes são distribuídos para evitar novos contágios AP

Resolução da ONU diz que ebola é 'ameaça à segurança mundial'





Mais de 2,6 mil pessoas já morreram por causa do vírus
O Conselho de Segurança da ONU adotou nesta quinta-feira por unanimidade uma resolução declarando o ebola uma ameaça à paz e a segurança internacionais.

http://noticias.r7.com/saude

A resolução pede que todos os países do mundo forneçam assistência urgente aos países afetados pela epidemia, todos no oeste da África.
Ela também pede que todas as restrições impostas às viagens a esses países sejam levantadas, alegando que tais restrições estão prejudicando os esforços para combater a doença.
Até agora, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 2,6 mil pessoas já morreram por causa do vírus. Os países mais atingidos pela epidemia foram Libéria, Serra Leoa, Guiné, Nigéria e Senegal.
Inédito'
O Conselho de Segurança da ONU se encontrou em uma reunião convocada de última hora para discutir a questão.
Nela, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que a epidemia do ebola precisa da "atenção mundial de todos" e de uma ação conjunta "inédita".
Segundo a ONU, o número de pessoas infectadas com o ebola dobra a cada três semanas.
Somente nos últimos sete dias, de acordo com a OMS, foram registrados mais 700 novos casos no oeste da África.
Em Serra Leoa, haverá uma paralisação nacional de todos os serviços por três dias em uma tentativa de conter a disseminação do vírus do ebola. As autoridades orientaram as pessoas a ficarem em casas de meia-noite de hoje até o dia 21 de Setembro.
O governo disse que são necessárias medidas extremas para conter o surto. Voluntários estão indo de porta em porta para fazer o teste do vírus nas pessoas e para levar os infectados aos centros de tratamento.
Já para a ONG Médicos Sem Fronteiras, uma medida como essa ― de ‘parar’ a cidade e proibir as pessoas de saírem ― é uma ação abusiva que pode levar à ocultação de mais casos do ebola.
Imagem: Somente nos últimos sete dias, de acordo com a OMS, foram registrados mais 700 novos casos no oeste da África Reprodução/ DailyMail

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Estudo sugere que adoçantes artificiais terão contribuído para epidemia mundial de obesidade





Os adoçantes não calóricos, utilizados para limitar o consumo de açúcar e assim prevenir a diabetes do adulto e a obesidade, provocam alterações na flora intestinal que fazem, pelo contrário, aumentar os níveis de açúcar no sangue.

http://www.publico.pt

Milhões de pessoas no mundo deixaram de pôr açúcar no café e passaram a consumir, por razões de saúde, aspartame, sacarina ou outros adoçantes artificiais. A indústria alimentar utiliza-os para reduzir as calorias dos seus produtos. Porém, eles nem sempre são eficazes para perder peso – um enigma ainda por resolver. E apesar de um sem fim de estudos terem sido realizados desde a sua introdução na nossa dieta há mais de um século, os seus eventuais benefícios ou perigos continuam por avaliar.
Agora, uma equipa de investigadores em Israel descobriu um efeito tangível dos adoçantes sobre a nossa fisiologia. Mais precisamente, que o consumo de adoçantes é capaz, tanto no ratinho como no ser humano, de provocar desequilíbrios da flora intestinal – os milhões de milhões de bactérias que vivem no nosso intestino e nos ajudam a digerir os alimentos. E que, por sua vez, esses desequilíbrios podem fazer aumentar perigosamente os níveis de açúcar no sangue – ou seja, precisamente o que se pretendia evitar ao substituir o açúcar natural por adoçantes. Apesar de serem muito preliminares, os seus resultados, que foram publicados esta quarta-feira na revista Nature, levam estes autores a concluir que “a utilização em massa destes aditivos alimentares deve ser reavaliada” e que "os adoçantes poderão ter contribuído directamente para exacerbar precisamente a epidemia [de obesidade] que se destinavam a combater".
O corpo humano é feito de milhões de milhões de células, mas o número de microrganismos a viver nele, principalmente bactérias – a "flora", por oposição à "fauna" das nossas próprias células – é dez vezes maior e estima-se que contenha milhares de espécies diferentes. A importância para a nossa saúde deste "jardim botânico" interno, deste "órgão" invisível que pesa cerca de dois quilos (mais do que o nosso cérebro!) e que vive sobretudo nos intestinos, começa apenas a emergir.
Eran Elinav, do Instituto Weizmann de Ciência (Israel) e colegas começaram por descobrir que, embora os adoçantes artificiais não contivessem açúcar, eles tinham, mesmo assim, um efeito directo sobre a capacidade de o organismo utilizar a glucose, explica aquela instituição em comunicado. Ora, a incapacidade de lidar com a glucose é o primeiro passo a caminho de doenças metabólicas como a diabetes.
Mais precisamente, administraram a diversos grupos de ratinhos água com diversas doses não tóxicas de três dos adoçantes mais comuns: aspartame, sacarina e sucralose; e por outro lado, a outros ratinhos, água pura e água com açúcar. E constataram que os ratinhos que consumiam adoçantes desenvolviam uma “intolerância à glucose” (níveis elevados de glucose no sangue), mas não os outros.
A seguir, quiseram saber se a flora intestinal dos animais estaria envolvida neste fenómeno, especulando que aquelas bactérias poderiam estar a reagir de maneira imprevista a essas substâncias artificiais que são os adoçantes. E de facto, quando submeteram ratinhos a um tratamento com antibióticos destinado a erradicar a sua flora, cancelaram o efeito dos adoçantes sobre o metabolismo da glucose. Mais: quando transplantaram flora intestinal de ratinhos que consumiam sacarina para ratinhos desprovidos de qualquer bactéria própria – e que nunca tinham consumido adoçantes – esses ratinhos também desenvolveram uma intolerância à glucose. "Uma prova conclusiva de que as alterações das bactérias intestinais são directamente responsáveis pelos efeitos prejudiciais [dos adoçantes] sobre o metabolismo do hospedeiro", lê-se no mesmo comunicado.
Por último, a análise das bactérias intestinais de animais que consumiam sacarina revelou uma profunda alteração dessa flora, tanto do ponto de vista da sua composição como das suas funções. E, em particular, da sua capacidade de metabolizar os hidratos de carbono contidos na alimentação – que se sabe estar associada a uma propensão para a obesidade e a diabetes.
Desiguais perante os adoçantes
A questão seguinte foi a de saber se o mesmo aconteceria nos seres humanos. Primeiro, os cientistas analisaram dados nutricionais relativos a cerca de 400 pessoas e descobriram uma relação entre o consumo de adoçantes, o perfil individual da flora intestinal e a propensão para ter níveis de glucose elevados no sangue. E depois, fizeram uma pequena experiência, em que sete voluntários que em geral não consumiam adoçantes nem comida artificialmente edulcorada passaram a fazê-lo durante uma semana, enquanto os cientistas monitorizavam os seus níveis de glucose e a composição da sua flora intestinal. “Passados apenas quatro dias, metade dessas pessoas apresentava níveis elevados de glucose no sangue e perturbações da tolerância à glucose”, comentam dois especialistas norte-americanos num artigo na mesma edição da Nature.

Imagem: Milhões de milhões de bactérias (filamentos brancos) cobrem as paredes do intestino Instituto Weizmann de Ciência