sábado, 31 de dezembro de 2011

França: 20 mulheres com implantes mamários têm cancro


Registaram-se em França 20 casos de cancro em mulheres que realizaram implantes mamários, informou a Agências dos Produtos de Saúde Francesa (AFSSAPS). Contudo, não se pode estabelecer uma relação directa entre a doença e as próteses fraudulentas.
«Até agora não foi estabelecida nenhuma imputabilidade entre estes casos de cancro e o uso dos implantes PIP», lê-se num comunicado oficial.

Dos 20 casos de cancro, a maior parte são de tumores mamários. Um total de 15 casos são adenocarcinomas mamários, havendo também três casos de linfoma, um adenocarcinoma do pulmão e uma leucemia mieloblástica.
DIARIODIGITAL
Imagem: ... estudios de dos fabricantes de implantes: Allergan y Johnson & Johnson.
ahoraeslahora.blogspot.com



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

30 mil francesas poderão ter que retirar prótese nos seios


Enviado por luisnassif
Por wilson yoshio.blogspot. Da Agência Estado
Cerca de 30 mil francesas poderão ter que retirar implantes de silicone
Próteses são suspeitas de causar pelo menos uma morte; também há relatos de casos de câncer
com agências de notícias
A porta-voz do governo francês, Valérie Pécresse, anunciou nesta terça-feira, 20, que o governo avalia os riscos associados às próteses mamárias da marca PIP (Poly Implants Prothèses) para solicitar, dependendo dos resultados, que cerca de 30 mil francesas retirem os implantes.
As declarações são uma resposta à informação veiculada por um dos principais jornais do país, o Libération, segundo a qual autoridades sanitárias teriam decidido pedir às portadoras que retirem as próteses por precaução.
p>As próteses são defeituosas, rompem-se com mais facilidade e suspeita-se que tenham causado pelo menos uma morte, além de serem consideradas uma ameaça para as usuárias. Há também informações de casos de câncer relacionados a elas. Suspeita-se que empresa tenha usado silicone industrial, e não médico, nas próteses.
O mais urgente, segundo Pécresse, seria fazer um levantamento das usuárias que estariam potencialmente em perigo. Segundo o jornal, seriam cerca de 300 mil afetadas no mundo todo.
Caso seja levada a cabo, seria uma decisão única na história da cirurgia estética.
A marca PIP, fundada em 1991 na costa azul francesa, perto de Toulon, chegou a ser o quarto fabricante mundial de implantes mamários, mas atravessou um período de dificuldades financeiras e trabalhava sem a devida autorização das autoridades, segundo o Libération.
No Brasil, a importação e o comércio das próteses de silicone da marca Poly Implant Prothèses (PIP) foram proibidas em abril de 2010 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a agência reguladora, medida foi tomada por conta do alto risco de rompimento oferecido pelos implantes.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/30-mil-francesas-poderao-ter-que-retirar-protese-nos-seios
Imagem: ELMUNDO.ES

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Adeus colesterol, glicemia, lipídios e triglicerídeos


Adeus colesterol, glicemia, lipídios e triglicerídeos

Um segredinho revelado...

Alguns anos atrás, um ex-professor meu mostrou-me uma análise de sangue; o que eu vi me deixou impressionado.

Os cinco principais parâmetros do sangue, ou seja: ureia, colesterol, glicemia, lipídios e triglicerídeos apresentavam valores que, em muito excediam os níveis permitidos.

Comentei que a pessoa com aqueles índices já deveria estar morta ou, se estava viva, isto seria apenas por teimosia.

O professor, então, mostrou o nome do paciente que, até então, tinha sido ocultado pela sua mão. O paciente era ele mesmo!

Fiquei estupefato! E comentei: "Mas como? E o que você fez?".

Com um sorriso ele me apresentou a folha de uma outra análise, dizendo: "Agora, olhe esta, compare os valores dos parâmetros e veja as datas".

Foi o que eu fiz. Os valores dos parâmetros estavam nitidamente dentro das faixas recomendadas, o sangue estava perfeito, impecável, mas a surpresa aumentou, quando olhei as datas; a diferença era de apenas um mês (entre as duas análises da mesma pessoa)!

Perguntei: "Como conseguiu isso? Isso é, literalmente, um milagre!"

Calmamente, ele respondeu que o milagre se deveu a seu médico, que lhe sugeriu um tratamento obtido de outro médico amigo. Este tratamento foi utilizado por mim mesmo, várias vezes, com impressionantes resultados.

Aproximadamente, uma vez por ano, faço análise de meu sangue e, se algum dos parâmetros estiver apresentando tendência ao desarranjo, volto imediatamente a repetir esse processo. Sugiro que você o experimente.
Aqui está o SEGREDO: Semanalmente, por 4 semanas, compre, na feira ou em supermercado, pedaços de abóbora. Não deve ser a abóbora moranga e sim a abóbora grande, que costuma ser usada para fazer doce. Diariamente, descasque 100 gramas de abóbora, coloque os pedaços no liquidificador (crú), junto com água (SÓ ÁGUA!), e bata bem, fazendo uma vitamina de abóbora com água.

Tome essa vitamina em jejum, 15 a 20 minutos antes do desjejum (pequeno almoço/café da manhã). Faça isso durante um mês, toda vez que o seu sangue precisar ser corrigido.
Poderá controlar o resultado, fazendo uma análise antes e outra depois do tratamento com a abóbora. De acordo com o médico, não há qualquer contra-indicação, por tratar-se apenas de um vegetal natural e água (não se usa açúcar!).

O professor, excelente engenheiro químico, estudou a abóbora para saber qual ou quais ingredientes ativos ela contém e concluiu, pelo menos parcialmente, que nela está presente um solvente do colesterol de baixo peso molecular: o colesterol mais nocivo e perigoso - LDL .

Durante a primeira semana, a urina apresenta grande quantidade de colesterol LDL (de baixo peso molecular), o que se traduz em limpeza das artérias, inclusive as cerebrais, incrementando, assim, a memória da pessoa.

Há apenas um inconveniente: o sabor da abóbora crua não é muito agradável! Nada mais.
Porém, há um detalhe importante: nem a abóbora, nem a água poderão ir para a geladeira, porque a refrigeração destrói os ingredientes ativos da vitamina.

Esta é a razão de ter que comprar, semanalmente, a abóbora, pois, fora da geladeira, ela se estraga rapidamente.

Referência:
[1] Salvatore de Salvo e Mara Teresa de Salvo, Novos Segredos da Boa Saúde, Editado pela Biblioteca 24x7[www.biblioteca24x7.com.br], São Paulo-SP, novembro 2008.
ABÓBORA... Não faça disso um segredo... DIVULGUE!
Imagem: A abóbora é rica em caroteno, pigmento que lhe confere a cor alaranjada e é ...
vidasaudavel.powerminas.com


Science e Nature hesitam publicar estudo sobre vírus mortal



Duas grandes revistas científicas, a norte-americana Science e a britânica Nature, anunciaram que estão a avaliar a forma mais adequada de publicar um estudo sobre um vírus mortal mutante da gripe das aves produzido em laboratório sem comprometer a segurança pública, nem reduzir a pesquisa.
O estudo em questão é realizado no laboratório holandês chefiado pelo professor Ron Fouchier, do centro médico Erasmus de Roterdão, que anunciou em setembro a criação de um vírus mutante H5N1.
Este vírus teria, pela primeira vez, a capacidade potencial de ser de fácil contágio entre mamíferos e, por fim, entre humanos.
Segundo a revista Science, o Painel Consultivo sobre Biossegurança dos Estados Unidos (NSABB), integrado por especialistas independentes, pediu a 30 de novembro que a publicação «omitisse os pormenores sobre a metodologia científica e as mutações específicas do vírus no estudo do doutor Fouchier, antes de publicá-la».
A direção editorial da publicação informou, em comunicado, que «leva muito a sério» a solicitação do NSABB, a qual pede para «apenas publicar uma versão resumida do relatório de investigação sobre um cultivo do vírus H5N1 da gripe das aves».
«O NSABB insistiu na necessidade de impedir que os pormenores desta pesquisa caíssem em mãos erradas», acrescentou a revista, que embora compreenda a posição do organismo, destacou a sua «preocupação por censurar informação potencialmente importante para a saúde pública e para os cientistas que trabalham sobre a gripe».
A Nature compartilha esta preocupação, afirmou o respetivo porta-voz, confirmando em comunicado que a revista «avalia a possibilidade« de publicar o estudo.
«Um grande número de cientistas precisa de conhecer os pormenores desta pesquisa para poder proteger a população», argumentou a Science, assegurando que os seus «responsáveis editoriais estão a avaliar a melhor forma de agir».
A publicação do estudo «dependerá, em grande medida, do que decidirão as autoridades federais americanas (...) para garantir que toda a informação omitida no estudo publicado seja passada a todos os cientistas que o pedirem no âmbito dos seus esforços legítimos de melhorar a saúde e a segurança pública", informou a Science.
O NSABB indicou hoje, em comunicado, que o «governo americano trabalha para estabelecer um mecanismo que permita um acesso seguro à informação àqueles que precisem de consultá-la de forma legítima, com o objetivo de cumprir as suas importantes missões perante a saúde pública».
Segundo o doutor Jean-Claude Manuguerra, do Instituto Pasteur francês, a possibilidade de que terroristas possam reproduzir em laboratório o vírus mortal, com base no estudo do professor Fouchier, é mínima, devido à complexidade técnica que exige e ao pequeno número de laboratórios no mundo que contam com as instalações necessárias.
DIARIODIGITAL
Imagem: ... sobre um vírus mortal mutante da gripe das aves produzido em laboratório ...
exame.abril.com.br


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

4 comidas que são curas naturais


A cada dia que passa, a medicina alternativa fica menos alternativa e mais comum, já que muitos adultos estão preferindo remédios naturais para ajudar com certos problemas de saúde. Coma para ficar saudável! Confira quatro dicas de curas naturais da nutricionista Joy Bauer:
1 – VINAGRE
Vinagre pode reduzir o açúcar no sangue. “Se você tomar 2 a 4 colheres de chá de vinagre com a refeição ou antes da refeição, ele pode neutralizar o aumento do açúcar no sangue que começa a partir da refeição”, explica Bauer, acrescentando que isso é particularmente útil para pessoas com diabetes tipo 2.
Claro, não precisa tomar o vinagre puro. Em vez disso, tente misturá-lo com o azeite e iniciar a sua refeição com uma salada.
2 – MEL
Mel acalma a tosse. “O mel ajuda a aliviar a garganta, e também solta o muco”, diz Bauer. Para crianças doentes, com idades entre 1 a 6 anos (mel não deve ser dado a crianças menores de um ano), tente dar meia colher de chá 30 minutos antes deles se deitarem. Para crianças com idade superior a 6 anos e adultos, o ideal é tomar até duas colheres de chá.
3 – CHÁ DE CAMOMILA
Esse chá alivia dores de cólicas menstruais. A camomila ajuda a relaxar o útero, elevando os níveis de glicina do corpo, um aminoácido que impede espasmos musculares. Experimente uma a três xícaras de chá de camomila sem cafeína por dia durante o ciclo menstrual.
4 – ÓLEO DE HORTELÃ-PIMENTA
O óleo de hortelã-pimenta alivia os sintomas da síndrome do intestino irritável (SII). “Ele relaxa os músculos do revestimento do intestino”, diz Bauer. Tome uma cápsula de hortelã-pimenta três vezes por dia, 30 minutos antes da refeição.[MSN]
http://hypescience.com/4-comidas-que-sao-curas-naturais/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29
Hypescience

domingo, 18 de dezembro de 2011

Garota de 17 anos inventa nanopartícula que mata células cancerosas


O que você estava fazendo quando tinha 17 anos? Jogando videogame? Matando aula? Fumando escondido?
A menos que você tenha respondido “curando o câncer”, prepare-se para se sentir um fracassado em comparação com Angela Zhang.
A garota da Califórnia – nos seus impressionantes 17 anos de idade – acaba de ganhar 100.000 dólares (cerca de 180 mil reais) no Grande Prêmio de Matemática, Ciência e Tecnologia do Concurso da Siemens com o projeto “Design da liberação de drogas guiada por imagem e controlada fototermicamente através de um nanosistema multifuntional para o tratamento de células-tronco cancerosas”.
É ainda mais impressionante quando você entende o que esse título realmente significa: basicamente, Angela criou uma nanopartícula que mata células cancerosas.
Ela disse que a partícula melhora os tratamentos atuais contra o câncer porque oferece uma maneira de entregar a droga diretamente nas células tumorais, sem afetar as células saudáveis ao redor delas. A partícula também é capaz de liberar uma droga quando ativada por um laser.
Sua criação está sendo anunciada como um “canivete suíço no tratamento do câncer”, porque tem muitos usos potenciais diferentes.
Como é frequentemente o caso com esses tipos de inovações, ainda está muitos anos longe de ser usada em pacientes reais, mas ainda é um grande feito, especialmente para uma adolescente.
A vitória de Angela não veio sem dedicação. Ela trabalhou nestas nanopartículas desde 2009 e passou mais de 1.000 horas no projeto. Sua pesquisa foi estimulada pela morte de seu avô e bisavô, ambos de câncer. Tudo o que a garota pudesse fazer para impedir a doença de matar mais pessoas, ela queria fazer. E parece que conseguiu.[Jezebel]
http://hypescience.com/garota-de-17-anos-inventa-nanoparticula-que-mata-celulas-cancerosas/
Hypescience


“Subsídios destinados aos deputados fosse revertido a compra de medicamentos”


Makuta Nkondu propõe a venda dos carros para os deputados da Assembleia para viaturas mais modestas, de modo que com o dinheiro, comprassem medicamentos para os diversos hospitais, o mesmo também propõe que alguns subsídios destinados aos deputados fosse revertido a compra de medicamentos, será que o Deputado João Melo estaria disponível a desligar-se da vida de luxo de deputado, e aceitaria essa proposta de Makuta em nome daqueles que eles representam na Assembleia?
PS: Um carro de Deputado custa aproximadamente 200 mil usd, se comprassem Vera Cruz ficaria aproximadamente 40 mil usd, quer dizer que para cada carro de deputado obter-se-ia 160 mil usd aproximadamente, isto sem levar em conta a manutenção anual de cada carro daqueles.
Havia me esquecido isto é o Regime do MPLA/JES, os aspectos sociais, não são prioridades máximas.
In Albertina Francisca Feijó. Facebook
Imagem: A revista "Foreign Policy" saudava Angola por seu "espectacular crescimento ...
midiasemmascara.org

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Presas são obrigadas a dar à luz algemadas


Relatos de abuso de poder chegaram por meio de mulheres vítimas dessas ações e passaram a ser acompanhadas pela Pastoral Carcerária.
Por Igor Carvalho
“Você pode colocar aí que a Pastoral Carcerária considera essa prática um crime de tortura”. A prática em questão diz respeito a mulheres que estão sendo obrigadas a dar à luz algemadas e a declaração é de Rodolfo Valente, coordenador jurídico da Pastoral Carcerária, responsável pela denúncia que pode ser objeto de ação judicial por parte da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Os relatos de abuso de poder chegaram por meio de mulheres vítimas dessas ações e passaram a ser acompanhadas pela Pastoral. Nos últimos meses, ao menos seis denúncias chegaram à entidade. “Estamos na fase de apuração, já temos informações internas, de funcionários de hospitais, que confirmam a prática”, explica Valente. Os relatos ouvidos pela Defensoria Pública confirmam as denúncias. “Já ouvimos formalmente algumas vítimas e elas confirmaram o uso das algemas no momento dos partos”, explica o defensor público Patrick Lemos Cacicedo. “Estamos colhendo informações e decidindo qual a melhor forma de agir, precisamos ouvir ainda alguns outros hospitais e não recebemos ainda a resposta do ofício encaminhado à secretaria de Segurança Pública, solicitando explicações sobre a denúncia”, completa.
Nesse momento, as análises dos defensores caminham para que sejam ajuizadas ações indenizatórias contra o Estado; os processos na esfera criminal ainda dependem da identificação dos agentes. Segundo Cacicedo, o caráter da ação na esfera penal ainda não está claro. “É complicado falar em tortura nesse momento, precisamos individualizar os casos, mas no mínimo se configura em abuso de autoridade.”
O secretário de Administração Penitenciária do Estado, Lourival Gomes, declarou não acreditar que tais ações possam ter sido praticadas pelos agentes com as gestantes.”Não acredito nisso. É um absurdo.” Para ele, a determinação dos procedimentos não é de responsabilidade desses agentes. “Quando se chega ao hospital com uma presa, quem vai dizer o que fazer é o médico”, afirma o secretário.
http://www.spressosp.com.br/2011/11/22/presas-sao-obrigadas-a-dar-a-luz-algemadas/

Tuberculosos numa pocilga de porcos


Pacientes de tuberculose são internados numa pocilga de porcos, no Centro de Tratamento de Tuberculosos Santa Teresinha do Menino Jesus, a quinze quilómetros da cidade de Benguela.
In Rádio Ecclesia
Imagem: Etec "Padre José Nunes Dias" - Escola Agrícola de Monte Aprazível-SP
escolaagricolamonte.com.br

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Estudo recomenda que freiras devem tomar a pílula


Um artigo publicado na revista científica The Lancet recomenda a pílula anticoncepcional às freiras, indicando que «pagam» um preço muito alto pelo seu voto de castidade. Ao não terem filhos e ao menstruarem mais vezes, as freiras estão mais sujeitas a cancro.
Os autores Kara Britt e Roger Short, investigadores de duas universidades australianas, concluíram que as religiosas estão mais propensas a desenvolver cancro da mama, ovários e útero, noticia a BBC.

«Não ter filhos, chegar cedo à puberdade ou mais tarde à menopausa afectarão essa incidência. A pílula poderia ajudar a reduzir esses riscos», explicou Britt.

Os investigadores citaram dois grandes estudos publicados em 2010, que mostram os benefícios da pílula anticoncepcional para a saúde.

Segundo eles, o índice total de mortalidade entre as mulheres que já tinham tomado a pílula por via oral era 12% inferior, em comparação com as mulheres que nunca tomaram esse contraceptivo.

Os mesmos estudos revelaram também que os riscos de cancro do ovário e do útero foram reduzidos entre 50 a 60%, nas mulheres que já tomaram a pílula.
DIARIODIGITAL

El 43% de los zumos de naranja de los bares tiene bacterias


EMILIO DE BENITO Madrid. ELPAÍS
El 43% de los zumos naturales de naranjas que se sirven en bares y restaurantes tiene niveles de bacterias superiores a los permitidos. Así lo ha concluido un estudio de la Universidad de Valencia que ha analizado 190 lotes. El estudio lo publica la revistaFood control.
En concreto, el análisis destaca la presencia de enterobacterias, una familia que, en general, produce fermentaciones y oxidaciones de alimentos, lo que disminuiría la calidad nutricional del zumo. En los casos más graves, a esta familia pertenecen la Escherichia coli y la salmonela, que puede provocar trastornos digestivos graves. También se detectó que un 12% excedía los límites de microorganismos aerobios mesófilos (que son los que pueden vivir entre 25 y 40 grados), que incluyen hongos y levaduras.
La situación es mucho peor cuando los zumos en vez de producirse directamente para el consumo se preparan antes y se mantienen en jarras metálicas, dicen los autores del estudio. En este caso, el porcentaje de enterobacterias aumenta al 81%. Cuando el zumo se sirve directamente a un vaso, el porcentaje disminuye al 22%, lo que indica que parte de la contaminación está en las jarras que no se lavan lo suficiente.
En 2009 la población española bebió 138 millones de litros de zumo de naranja, según datos del Ministerio de Medio Ambiente y Medio Rural y Marino, de los cuales alrededor de un 40% se tomaron de forma natural en establecimientos de hostelería.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Soutien atípico na luta contra o cancro da mama



Maputo (Canalmoz) – A Associação da Luta Contra o Cancro (ALCC) aproveitou a organização da semana da moda, Vodacom Mozambique Fashion Week (VMFW), para chamar a atenção sobre a necessidade de redobrar esforços na prevenção contra o cancro da mama. E desta vez encontrou uma forma algo atípica para chamar a atenção dos participantes no evento. Cada mulher presente no evento recebia um soutien sem uma taça, ou seja, preparada para vestir uma mulher com apenas uma mama.
A acção da ALCC contou com o apoio da organização do evento. Durante a acção, que durou cerca de uma hora e atingiu directamente mais de 150 mulheres, foram entregues soutiens com apenas uma “taça” (parte do soutien que envolve o seio feminino).
Junto do soutien, vinha um pequeno bilhete com a seguinte mensagem: “Não deixe o Cancro de Mama virar moda. Faça o auto-exame e previna-se”.
Uma das mulheres de destaque que recebeu tal soutien foi a primeira-dama, Maria da Luz Guebuza, que se encontrava no evento.
A intenção, segundo Zeca de Oliveira, director criativo da agência de publicidade DDB Moçambique, foi “gerar discussão sobre um assunto muito importante, mas que é evitado ou desconhecido por boa parte das mulheres moçambicanas”. (Redacção)

Médicos estão a matar nos hospitais públicos. – acusa a presidente da Liga dos Direitos Humanos, Alice Mabota



Como que sustentar as suas acusações, Mabota contou alguns episódios. Por exemplo, disse que recentemente recebeu na Liga dos Direitos Humanos uma netinha da Graça Machel, viúva do primeiro presidente de Moçambique Independente, Samora Machel, e actual esposa do antigo presidente sul-africano, Nelson Mandela, que depois de levar uma tareia na escola dirigiu-se ao hospital. Chegada lá os médicos não receitaram nenhum fármaco. Disseram-lhe que tinha problemas de tensão, e passando alguns dias, a criança, de apenas 7 anos, acabou morrendo.

Maputo (Canalmoz) - A presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, Alice Mabote, denunciou a existência de mortes nos hospitais públicos que resultam de “brincadeiras de mau gosto” de alguns profissionais de saúde.
Alice Mabota falava sábado nas cerimónias alusivas às comemorações do Dia Mundial dos Direitos Humanos. Não avançou nomes de médicos, enfermeiros, nem dos hospitais onde isso estará a suceder, mas repetiu que “há pessoas que estão a morrer nos hospitais”, por negligência de médicos que nunca são chamados à responsabilidade.
Como que sustentar as suas acusações, Mabota contou alguns episódios. Por exemplo, disse que recentemente recebeu na Liga dos Direitos Humanos uma netinha da Graça Machel, viúva do primeiro presidente de Moçambique Independente, Samora Machel, e actual esposa do antigo presidente sul-africano, Nelson Mandela, que depois de levar uma tareia na escola dirigiu-se ao hospital.
Chegada lá, prossegue, os médicos não receitaram nenhum fármaco. Disseram que ela tinha problemas de tensão, e passando alguns dias, a criança de apenas 7 anos acabou morrendo.
Contou ainda que outra criança caiu de um prédio na zona do Cemitério da Lhanguene, chegado ao hospital, e durante a operação os médicos não observaram todos os cuidados. A criança acabou saindo de lá com uma perna mais comprida do que outra.
Segundo Mabote, os médicos também teriam deixado morrer um jovem de 17 anos que fora salva de morrer afogada ao nada na praia. O jovem foi socorrida, levada ao hospital, mas o pessoal médico ignorou-o alegando que “ela quis morrer ao tentar nadar sem antes aprender”.
Médicos, segundo Mabota, deixaram também morrer uma outra jovem a quem os pais teriam impedido de ir a uma festa. Ela ingeriu comprimidos para pôr termo à sua vida e chegada a uma unidade sanitária, os médicos não assistiram a jovem tendo ela sucumbido.
“Na história deste país, apenas me recordo de Samora Machel que descartou um médico e o mandou de volta ao seu país por negligência. Os médicos que prejudicam a vida dos cidadão deveriam ser criminalmente responsabilizados”, defendeu Mabota, sublinhando que o Índice Global dos Direitos Humanos de Moçambique, IGDH, que brevemente irá ao debate público, passará a considerar estas situações.

Benvinda Levi e o exercício da cidadania

Por seu turno, a ministra da Justiça, Benvinda Levi, disse que o desafio que o país neste momento enfrenta é de os moçambicanos saberem exercer a sua cidadania. “Como é que todos os moçambicanos podem exercer a sua cidadania?” interrogou? Respondeu: “Isto depende da informação necessária que os moçambicanos podem ter”.
Benvinda Levi avançou que se isto não acontecer, “continuaremos a ser mais avaliados por relatórios externos, que sempre dizem que os moçambicanos não procederam bem”.
A ministra da Justiça apelou ainda para que os relatórios externos serem analisados com cuidado. A tal retórica habitual da “mãozinha externa”…
“Moçambique não se compara, por exemplo, com a Suécia ou Canadá, nesses países o cidadão já não reclama por uma casa condigna, água canalizada e energia, porque até tem subsídio de desemprego. Devemos olhar o país real e não penalizar um país já penalizado”, disse como que a desvalorizar o imenso role de relatórios internacionais que têm mostrado o descalabro que está a ser a governação de Moçambique nos últimos anos.
Benvinda Levi disse que a declaração dos Direitos Humanos existe há 63 anos e é um processo longo e inacabável. “Moçambique respeita os Direitos Humanos. Os direitos à vida, à saúde, alimentação, são válidos. Sempre lutamos para que o dia de hoje seja melhor que o amanhã”, concluiu insistindo na desvalorização do quadro desastroso que uma série de relatórios de conceituadas organizações internacionais tem relevado de Moçambique como resultado da acção dos sucessivos governos.(Cláudio Saúte)

Mentes criminosas são diferentes da sua


AS ÚLTIMAS PESQUISAS em neurociências vêm apresentando evidências intrigantes de que os cérebros de certos tipos de criminosos são diferentes dos do resto da população.
Embora essas descobertas possam aprimorar nosso entendimento acerca do comportamento criminoso, elas também levantam algumas dúvidas quanto a see como a sociedade deveria valer-se desse conhecimento para combater a criminalidade.

Autora: Clara Moskowitz. Tradução: Camilo Gomes Jr. Fonte: LiveScience

A mente criminosa
Num estudo recente, um grupo de cientistas examinou 21 pessoas comTranstorno de Personalidade Antissocial [o que é vulgarmente chamado desociopatia] — uma condição que caracteriza muitos criminosos condenados. Os que têm esse transtorno “tipicamente não demonstram consideração alguma pelo certo e o errado. Eles podem violar a lei e os direitos de outros com frequência”, é o que diz a Mayo Clinic.
O escaneamento cerebral de indivíduos antissociais, comparado com o de um grupo de controle formado por pessoas sem quaisquer transtornos mentais, demonstrou uma redução de 18%, em média, no volume do giro frontal medial, bem como uma redução de 9% no volume do giro orbitofrontal— duas secções do lobo frontal do cérebro.
Outro estudo sobre o cérebro, publicado nos Archives of General Psychiatry de setembro de 2009, comparou 27 psicopatas — pessoas que sofrem de um transtorno de personalidade antissocial crônico — com 32 não psicopatas. Nos primeiros, os pesquisadores notaram deformações em outra parte do cérebro chamada amígdala, além de exibirem um afinamento da camada externa da região do córtex e, em média, uma redução de 18% desta parte do cérebro.
“A amígdala é o berço das emoções. Os psicopatas carecem de emoções. Eles não têm empatia, remorso, culpa”, disse o membro da equipe de pesquisa Adrian Raine, presidente do Departamento de Criminologia da Universidade da Pensilvânia, no encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, no mês passado, em Washington, D.C., EUA.
Além de diferenças cerebrais, indivíduos que acabam sendo condenados por crimes não raro exibem diferenças comportamentais, quando comparados com o resto da população. Um estudo de longo prazo de que Raine fez parte acompanhou 1.795 crianças nascidas em duas pequenas cidades, desde os 3 até os 23 anos de idade. Nesse estudo, foram avaliados vários aspectos do crescimento e desenvolvimento desses indivíduos e constatou-se que 137 deles acabaram tornando-se criminosos.
Um teste com os participantes, quando tinham 3 anos, avaliou sua resposta ao medo — o que se denomina teste do medo condicionado —, associando-se um estímulo, como um som, a uma punição parecida com um choque elétrico, e, em seguida, medindo-se as respostas físicas involuntárias através da pele, assim que ouviam o som em questão.
Neste caso, os pesquisadores descobriram uma distinta falta de medo condicionado nas mesmas crianças de 3 anos que mais tarde vieram a se tornar criminosos. Tais achados foram publicados na edição de janeiro de 2010 doAmerican Journal of Psychiatry.

A base neurológica da criminalidade
No geral, esses estudos e muitos outros como eles pintam um quadro de significantes diferenças biológicas entre pessoas que cometem crimes graves e aquelas que não o fazem. Embora nem todas as pessoas com transtorno de personalidade antissocial — nem mesmo todos os psicopatas — acabem violando a lei, e, por outro lado, nem todos os criminosos satisfaçam os critérios para esses transtornos, o fato é que há uma correlação marcante.
“Ao menos em parte, há uma base neurocientífica para a causa da criminalidade”, disse Raine.
E mais: como demonstraram o estudo com crianças de 3 anos e outras pesquisas, muitas dessas diferenças cerebrais podem ser avaliadas bem cedo na vida, muito antes que uma pessoa possa desenvolver verdadeiras tendências psicopáticas ou cometer crimes.
A criminologista Nathalie Fontaine, da Universidade de Indiana, estuda a propensão a tornar-se insensível e sem emoções (CU, na sigla inglesa, “callous and unemotional”) em crianças entre 7 e 12 anos de idade. Como estudos já demonstraram, crianças com esses traços têm um risco mais elevado de vir a ser psicopatas quando adultas.
“Não estamos sugerindo que algumas crianças são psicopatas, mas traços de insensibilidade e falta de emoções podem ser utilizados para se identificar um subgrupo de crianças em risco”, disse Fontaine.
Entretanto, o trabalho da pesquisadora demonstrou que esses traços não são fixos e que podem mudar nas crianças, à medida que elas crescem. Então, se os psicólogos identificarem crianças com esses fatores de risco numa fase mais incipiente, pode não ser tarde demais.
“Ainda podemos ajudá-las”, disse Fontaine. “Podemos realizar uma intervenção a fim de dar apoio e ajuda às crianças e às suas famílias, e é isso que devemos fazer.”
A compreensão dos neurocientistas quanto à plasticidade (ou maleabilidade) do cérebro, chamada neurogênese, corrobora a ideia de que muitas [ainda que não todas] dessas diferenças cerebrais não são fixas. (Vide: 10 coisas que você não sabia sobre o cérebro /em inglês/)
“As pesquisas cerebrais vêm nos mostrando que a neurogênese pode ocorrer mesmo na fase adulta,” disse a psicóloga Patricia Brennan, da Universidade Emory, em Atlanta, Georgia (EUA). “Biologia não é destino. Há muitos, muitos lugares em que se pode intervir, ao longo do caminho do desenvolvimento, a fim de mudar o que esteja acontecendo com essas crianças.”
Além do mais, o comportamento criminoso certamente não é um comportamento fixo.
O psicólogo Dustin Pardini, do Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, descobriu que 4 em cada 5 crianças que foram delinquentes na infância e adolescência não continuavam a sê-lo na fase adulta.
Pardini vem pesquisando as diferenças cerebrais potenciais entre pessoas com um histórico de crimes pretéritos que pararam de praticá-los e aquelas que mantêm o comportamento criminoso. Embora, no estudo, ambos os grupos exibiram diferenças cerebrais quando comparados com não criminosos, Pardini e seus colegas descobriram pouquíssimas diferenças entre transgressores crônicos e os chamados transgressores remitentes (isto é, que acabam se regenerando).
“Os dois grupos demonstraram resultados semelhantes”, disse Pardini. “Nenhuma dessas regiões cerebrais distinguem transgressores crônicos e remitentes.”

Questões éticas
No entanto, mesmo a ideia de se intervir para ajudar crianças que correm risco de tornarem-se criminosos vem carregada de considerações éticas.
“Colocaremos crianças sob tratamento compulsório uma vez que tenhamos descoberto os fatores de risco?”, questiona Adrian Raine. “Bem, quem decidirá isso? O Estado ordenará o tratamento residencial obrigatório?”
E se os métodos de tratamento forem avançados e houver a opção de operar crianças ou adultos com esses fatores de risco cerebrais? Muitos especialistas hesitam em advogar semelhantes intervenções cerebrais invasivas e arriscadas — sobretudo em crianças e em indivíduos que ainda não cometeram crime algum.
Contudo, os psicólogos afirmam que tais soluções não são a única maneira de intervir.
“Você não precisa realizar uma cirurgia cerebral direta para mudar a forma como o cérebro funciona,” disse Patricia Brennan. “Pode-se promover intervenções sociais a fim de mudar isso.”
Os estudos de Nathalie Fontaine, por exemplo, sugerem que garotos que exibem traços de insensibilidade e não emotividade não respondem tão bem aos métodos punitivos e de criação tradicionais, tais como botar de castigo num local determinado. Em vez de punir o mau comportamento, programas que enfatizam a recompensa por bom comportamento com reforço positivo parecem funcionar melhor.
Adrian Raine e seus colegas também estão testando se crianças que tomam comprimidos suplementares de ácidos graxos ômega-3 — também conhecidos como óleo de peixe — podem demonstrar alguma melhora. Já que se acredita que esse nutriente é usado no desenvolvimento celular, os neurocientistas suspeitam que ele possa ajudar as células cerebrais a crescerem, a aumentar o tamanho dos axônios (a parte dos neurônios que conduz impulsos elétricos) e a regular o funcionamento neuronal.
“Estamos escaneando os cérebros das crianças antes e depois do tratamento com ômega-3″, disse Raine. “Estamos estudando esses garotos para ver se esse nutriente consegue reduzir o comportamento agressivo e a melhorar as áreas prejudicadas do cérebro. É um tratamento biológico, mas é um tratamento relativamente benigno que a maioria das pessoas aceitaria.”

“Uma ladeira escorregadia para o Armagedon”*
O campo da neurocriminologia também levanta outras dúvidas filosóficas, como a questão de se a revelação do papel de anormalidades cerebrais na criminalidade reduziria a responsabilidade de uma pessoa por suas próprias ações.
“Os psicopatas sabem o que é certo e o que é errado cognitivamente; porém, eles não têm um sentimento para o que é certo e para o que é errado”, disse Adrian Raine. “Por acaso eles pediram para ter uma amígdala que não funcionasse tão bem quanto a de outros indivíduos? Deveríamos estar punindo psicopatas tão severamente como fazemos?”
Já que o cérebro dos psicopatas encontra-se comprometido, diz Raine, seria possível argumentar que eles não têm plena responsabilidade por seus atos. Isso — de fato — não é culpa deles.
Na verdade, essa linha de raciocínio já foi apresentada num tribunal. Raine relatou um caso que estudara, de um homem chamado Herbert Weinstein, que havia matado sua esposa. Escaneamentos cerebrais acabaram revelando um grande cisto no córtex frontal do cérebro de Weinstein, mostrando que suas habilidades cognitivas estavam significantemente comprometidas.
Os escaneamentos foram usados para se conseguir uma plea bargain** em que a sentença de Weinstein fora reduzida para apenas 11 anos de prisão.
“O escaneamento foi utilizado para reduzir a imputabilidade dele, para reduzir sua responsabilidade”, disse Raine. “No entanto, não seria isso uma ladeira escorregadia para o Armagedon, onde não haveria nenhuma responsabilidade na sociedade?”

NOTAS
* Aqui, o termo “ladeira escorregadia” [slippery slope] remete a seu sentido metafórico evidente. Porém, a expressão também alude a uma conhecidafalácia. (Nota do tradutor)
** No sistema jurídico anglossaxão (a chamada common law), uma plea bargaintrata-se de um acordo entre acusação e defesa, mediante o qual o acusado colabora com a acusação e recebe um relaxamento da pena. Levando-se em conta as devidas diferenças, esse instituto foi o que inspirou, no direito brasileiro, o da chamada “delação premiada”. (Nota do tradutor)

http://avozdaespecie.wordpress.com/2011/03/11/mentes-criminosas-sao-diferentes-da-sua/
http://www.livescience.com/13083-criminals-brain-neuroscience-ethics.html





O Cérebro do Psicopata. Emocionalmente Insensíveis


Muitas das características da personalidade dos psicopatas poderiam ser explicadas por déficits emocionais. Por exemplo, eles têm pouco afeto com os outros, são incapazes de amar, não ficam nervosos facilmente e não mostram remorso ou vergonha quando eles abusam de outras pessoas. Assim, os cientistas têm feito hipóteses há muito tempo que os psicopatas têm uma deficiência em suas reações aos estímulos evocadores do medo, e esta seria causa de sua insensibilidade e também de sua incapacidade de aprender pela experiência.

Renato M.E. Sabbatini
http://www.cerebromente.org.br/n07/doencas/emotion.htm

Muitos experimentos com indivíduos sociopatas têm sugerido que isto é verdade. Um destes experimentos colocou agressores criminosos com alto nível de distúrbio de personalidade sociopática observando projeções de slides com figuras com diferentes conteúdos emocionais. Enquanto olhavam para as imagens, eles eram assustados subitamente, com sons inesperados. Quando pessoas normais estão vendo imagens agradáveis, a resposta de susto (um piscar de olhos) é de menor magnitude do que quando as imagens são desagradáveis ou estressantes (representando agressão, sangue, horror, etc). Imagens neutras têm uma resposta de susto no ponto intermediário daquelas de prazer e desprazer. O que acontece com sociopatas criminosos? Eles têm exatamente o padrão oposto: piscam menos os olhos em resposta ao barulho quando estão assistindo imagens estressantes ! Entretanto, somente os sociopatas que tinham uma característica de indiferença emocional mostraram este fenômeno. Isto poderia ser explicado por uma falta de reatividade nestes agressores.
Em outro experimento, os cientistas registraram respostas fisiológicas de agressores criminosos sociopatas quando viam imagens estressantes, ou quando processavam palavras com alto conteúdo emocional. Os parâmetros fisiológicos registrados são os mesmos que os nos aparelhos de "detectores de mentiras"
• A frequência cardíaca (isto é, quantas batidas por minuto, registradas na forma de curva em função do tempo). Estímulos que provocam medo ou stress eliciam um aumento na frequência cardíaca em indivíduos normais;
• Reação galvânica da pele. A resistência elétrica da pele de certas regiões do corpo (por exemplo, a palma da mão) é afetada por sudorese emocional (ela aparece somente quando a pessoa está nervosa, mas não quando está com calor, como no suor normal: é por isso que falamos que uma pessoa está com as "mãos suadas" quando ela está mentindo).
• Frequência respiratória: também é afetada pelo estímulo emocional, tornando-se mais rápida e mais superficial.
Os psicopatas não mostram alteração nestes parâmetros quando são submetidos ao stress ou a imagens desagradáveis. Estas alterações também não aparecem quando os sujeitos são avisados antecipadamente por um flash de luz quando eles vão receber um estímulo estressante (por exemplo, um desagradável sopro de ar em suas faces). Esta é a razão porque os sociopatas mentem tão bem e porque eles não são detectados pelos equipamentos de detecção de mentiras.
Entretanto, tudo isto não significa que os sociopatas não tenham emoções. Eles têm, mas em relação a eles mesmos, não em relação aos outros. De fato, tais indivíduos são incapazes de sentirem emoçoes "sociais" tais como simpatia, empatia, gratidão, etc. Isto pode explicar porque os sociopatas são tão desejosos de inflingir sofrimento e dor em outras pessoas sem sentir qualquer remorso. Para eles, as emoções de outras pessoas não têm qualquer importância; eles são "incapazes de construir uma similitude emocional do outro".
Quais são os tipos de emoções que o sociopata tem? Aparentemente, eles reagem a tudo, e rapidamente, com sentimentos agressivos, são muito irritáveis e também sensíveis a qualquer coisa que provoque vergonha ou humilhação. Com relações às emoções positivas, eles obtém prazer através da sensação de dominância e sentem satisfação por isto.
O Erro de Descartes
Antonio Damasio, um neurologista americano-português, já citado por nós na introdução, tem uma teoria que poderia explicar porque pacientes com distúrbios provocados por lesões no cérebro frontal ventromedial (e, por extensão, sociopatas) têm estes problemas emocionais. Ele a chamou de a "hipótese do marcador somático", que tem mais ou menos a seguinte forma:
Indivíduos normais ativam os chamados "estados somáticos" (alterações na frequência cardíaca e respiração, dilatação das pupilas, sudorese, expressão facial, etc.) em resposta à punição associada às situações sociais. Por exemplo, uma criança quebra alguma coisa valiosa e é punida severamente por seus pais, evocando estes estados somáticos. Da próxima vez que ocorrer uma situação similar, os marcadores somáticos são ativados e a mesma emoção associada à punição é sentida. De modo a evitar isto, a criança suprime o comportamento indesejado.
De acordo com o Dr. Damásio, pessoas com danos no lobo frontal são incapazes de ativar estes marcadores somáticos. Ele diz: "isto deprivaria o indivíduo de um dispositivo automático para sinalizar consequências deletérias relativas a respostas que poderiam trazer a recompensa imediata". Isto explica também porque os sociopatas e pacientes com danos no lobo pré-frontal mostram poucas respostas autonômicas a palavras condicionadas socialmente e imagens com conteúdo emocional, mas têm respostas normais a estímulos incondicionados como outras pesquisas do Dr. Damasio mostraram.
Analisando o comportamento sociopático e suas causas, Damásio sugeriu em seu livro bestseller, "Descartes' Error: Emotion, Reason and the Human Brain" (O Erro de Descartes: Emoção, Razão e o Cérebro Humano), que a razão e a emoção não são coisas separadas e antagonistas em noso cérebro (este foi o erro cometido pelo filósofo francês René Descartes aludido no título do livro), mas que um é importante para o outro na construção da nossa personalidade sadia. Indivíduos que são inteligentes e que são capazes de raciocinar bem, tornam-se monstros sociais quando eles não sentem "emoção social", que é a base da moral, do sentimento que está certo ou errado, etc.

Renato M.E. Sabbatini, PhD. neurocientista e especialista em Informática Biomédica, doutor pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado no Instituto de Psiquiatria Max Planck em Munique, na Alemanha. Atualmente, é diretor do Núcleo de Informática Bimédica da Unicamp e professor de Informática Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas, (Campinas, Brasil). Email: sabbatin@nib.unicamp.br


O Cérebro do Psicopata. Almas Atormentadas, Cérebros Doentes


Por que os sociopatas têm estas características? Os seus cérebros são diferentes daqueles das pessoas normais? Eles exibem alterações patológicas?

Renato M.E. Sabbatini
http://www.cerebromente.org.br/n07/doencas/disease.htm

Muitos estudos têm mostrado nos últimos 20 anos que assassinos e criminosos ultraviolentos têm evidências precoces de doença cerebral. Por exemplo, em um estudo, 20 de 31 assassinos confessos e sentenciados possuiam diagnósticos neurológicos específicos. Alguns dos presos tinham mais que um distúrbio, e nenhum sujeito era normal em todas as esferas. Entre os diagnósticos, estavam a esquizofrenia, depressão, epilepsia, alcoolismo, demência alcoólica, retardamento mental, paralisia cerebral, injúria cerebral, distúrbios dissociativos e outros. Mais de 64% dos criminosos pareciam ter anormalidades no lobo frontal. Quase 84% dos sujeitos tinham sido vítimas de severo abuso físico e/ou sexual. O grupo de assassinos incluiu membros de gangues, sequestradores, ladrões, assassinos seriais, um sentenciado que tinha matado seu filho pequeno, e outro que assassinara seus três irmãos.
Em outro estudo realizado no Canadá em 1994, no grupo mais violento de 372 homens presos em um hospital mental de segurança máxima, 20 % tinham anormalidades focais temporais do EEG, e 41% tinham alterações patológicas da estrutura do cérebro no lobo temporal. As taxas correspondentes para o resto do grupo violento foram de 2.4 % e 6.7 %, respectivamente, sugerindo assim um papel importante para os danos neurológicos na gênese das personalidades violentas, em uma proporção de 21:1 para agressivos habituais, e de até 4:1 (quatro vezes mais que na população normal), no caso de agressivos incidentais (uma única vez). O estudo conclui: "nós propomos que, embora tais discrepâncias não sejam suficientes para confirmar a neuropatologia como uma causa univariada da agressão criminosa, também não é razoável supor que sejam meram artefatos do acaso."
De acordo com os autores Nathaniel J. Pollone e James J. Hennessy, "Vários estudos em um período de mais de 40 anos sugeriram uma incidência relativamente alta de neuropatologia entre os criminosos violentos, muitas vezes acima daquele encontrado na população em geral, em taxas que excedem de 31:1 no caso de homicidas acidentais." (35 Annual Meeting of the Academy of Criminal Justice Sciences, Albuquerque, NM, 14 março, 1998).
Ainda que este tenha sido sempre um assunto muito controvertido, muitos pesquisadores acham que existem fortes argumentos à favor de um substrato da doença cerebral presente em criminosos violentos; e que isto tem consequências importantes para muitas coisas, desde do ponto de vista da lei, até a perspectiva de uma prevenção efetiva e do tratamento da sociopatia.
A Hipótese do Cérebro Frontal
Como os indivíduos sociopatas têm alterações marcantes em relação aos outros seres humanos, é natural que se devesse investigar primeiro se a parte do cérebro que é responsável por este tipo de comportamento também teria alguma anormalidade significativa.
Muitos comportamentos associados às relações sociais são controlados pela parte do cérebro chamada lobo frontal, que está localizado na parte mais anterior dos hemisférios cerebrais. Todos os primatas sociais desenvolveram bastante o cérebros frontal, e a espécie humana tem o maior desenvolvimento de todos. Auto-controle, planejamento, julgamento, o equilíbrio das necessidades do indivíduo versus a necessidade social, e muitas outras funções essenciais subjacente ao intercurso social efetivo são mediadas pelas estruturas frontais do cérebro (veja o artigo da dra. Silvia Cardoso "A Arquitetura Externa do Cérebro" na revista Cérebro & Mente para entender o que é o cérebro frontal).
As principais subdivisões do encéfalo humano. As áreas frontais incluem o lobo frontal (sua porção anterior é chamada de área pré-frontal), o córtex motor (responsável pelo controle voluntário do movimento muscular) e o córtex sensorial (que recebe a informação sensorial vinda principlamente do tato, vibração, dor, propriocepção e sensores de temperatura). Existem áreas separadas para olfação, gosto, visão e audição. A área de Broca é uma área especializada, responsável pela expressão motora da fala.
Há muito tempo que os neurocientistas sabem que as lesões desta parte do cérebro levam a déficits severos em todos estes comportamentos. O uso abusivo da lobotomia pré-frontal como uma ferramenta terapêutica pelos cirurgiões em muitas doenças mentais nas décadas de 40 e 50, forneceu dados mais que suficientes aos pesquisadores para implicar o cérebro frontal na gênese das personalidades antissociais (veja meu artigo sobre a história da psicocirurgia na segunda edição da Cérebro & Mente.
Existem muitos exemplos de pessoas que adquiriram personalidades sociopáticas devido a lesões patológicas do cérebro, tais como tumores. Por exemplo, um estudo de caso em 1992 descreveu um paciente que desenvolveu alterações de personalidade, as quais se assemelhavam fortemente a um distúrbio de personalidade antissocial, após a remoção cirúrgica de um tumor na glândula hipófise, o qual provocou danos a uma parte do lobo frontal chamado córtex órbito frontal esquerdo. Neste caso, testes neuropsicológicos e de personalidade não revelaram qualquer déficit cognitivo ou psicopatologia.
Antonio and Hanna Damasio, dois notáveis neurologistas e pesquisadores da Universidade de Iowa, investigaram na última década as bases neurológicas da psicopatologia. Eles mostraram em 1990, por exemplo, que indivíduos que tinham se submetido a danos do córtex frontal ventromedial (e que tinham personalidades normais antes do dano) desenvolveram conduta social anormal, levando a consequências pessoais negativas. Entre outras coisas, eles apresentaram tomada de decisões inadequadas e habilidades de planejamento, as quais são conhecidas por serem processadas pelo lobo frontal do cérebro.
Os Damasios também reconstituíram neurológicamente o primeiro caso conhecido de alteração de personalidade devido a uma lesão frontal no cérebro, observado no século XIX. Phineas Gage, um supervisor de obras ferroviárias, perdeu parte de seu cérebro com uma barra de ferro que atravessou seu crânio quando uma carga explosiva foi colocada acidentalmente (veja meu artigo sobre este caso na revista Cérebro & Mente e também o website que registra o 150o. aniversário do acidente). Ele sobreviveu por muitos anos ao extenso trauma, mas tornou-se uma pessoa inteiramente nova, abusiva e agressiva, irresponsável e mentirosa, incapaz de imaginar e planejar, e completamente diferente de sua formação (de acordo com um contemporâneo, "Phineas não é mais o Phineas").
Baseado em uma sofisticada reconstrução computadorizada da possível extensão do dano cerebral, Gage parece ter sofrido uma lesão no córtex frontal ventromedial, em um lugar muito similar àqueles dos modernos pacientes de Damásio.
Por que o cérebro frontal parece ser tão importante na gênese de indivíduos antissociais?
Uma hipótese provável é que quando não existe punição, ou quando a pessoa é incapaz de ser condicionada pelo medo, devido a uma lesão no córtex órbito-frontal, por exemplo, ou devido a baixa atividade neural nesta área, então ele desenvolve uma personalidade antissocial.
Pesquisas com animais têm mostrado que o córtex órbito-frontal direito está envolvido no medo condicionado. Por exemplo, quando um rato é punido com um choque elétrico cada vez que uma luz pisca em sua gaiola, ele sente medo, por associar aquele estímulo à punição. Seres humanos normais aprendem muito cedo na vida a evitar comportamentos antissociais, porque eles são punidos por isso e também porque eles possuem circuitos cerebrais para associar o medo da punição (sentimento da emoção) à supressão do comportamento. Este parece ser um elemento chave no desenvolvimento da personalidade.
Felizmente, temos agora uma maneira mais direta de visualizar a função cerebral, e que tem conduzido a uma notável explosão em nosso conhecimento sobre o funcionamento interno do cérebro do psicopata nos últimos dois ou três anos: a tomografia PET.
Imagens da Violência
Imagens funcionais do cérebro, tais como aquelas produzidas por PET (positron emission tomography) têm sido usadas para corroborar a existência de déficits neurológicos no lobo frontal em sociopatas. O PET obtém seções transversais do cérebro reconstruídas por computador, mostrando em cores vívidas o nível da atividade metabólica de neurônios. Isto é conseguido injetando-se moléculas de glicose marcadas radioativamente no sangue de pacientes e observando o quanto dele é incorporado em células cerebrais vivas. Quanto mais ativas são as células (quando elas estão processando informação, por exemplo), mais intensa é a imagem naquele ponto (veja meu artigo "PET: Uma Nova Janela para o Cérebro", na revista Cérebro & Mente, para entender melhor como funciona esta técnica).
Usando o PET, o pesquisador médico americano Adrian Raine e colegas estudaram assassinos, com resultados surpreendentes. Eles encontraram que 41 assassinos tinham um nível muito diminuído do funcionamento cerebral no córtex pré-frontal em relação às pessoas normais, indicando um déficit relacionado à violência. Em outras palavras, mesmo quando nenhuma alteração patológica visível era apresentada, o dano frontal era aparente, através de uma atividade anormalmente baixa do cérebro naquela área. "O dano nesta região cerebral", notou Raine, "pode resultar em impulsividade, perda do auto-controle, imaturidade, emocionalidade alterada, e incapacidade para modificar o comportamento, o que pode facilitar atos agressivos". Outras anormalidades observadas pelo estudo de PET do cérebro de assassinos incluiu um metabolismo neural reduzido no giro parietal superior, giro angular esquerdo, corpo caloso, e assimetrias anormais de atividade na amígdala, tálamo, e lobo temporal medial. É provável que estes efeitos sejam relacionados à violência e criminalidade; pois algumas destas estruturas fazemo parte do chamado sistema límbico, que processa emoções e comportamento emocional (por favor, veja "Sistema Límbico: O Centro das Emoções" na Cérebro & Mente)
Um aspecto interessante da pesquisa do Dr. Raine é que ele correlacionou as imagens cerebrais de PET à história pessoal do assassino, afim de certificar-se se eles tinham sido submetidos a algum trauma psíquico, abuso físico ou sexual, abandono e pobreza, quando eles eram crianças (um ambiente deprivado para o desenvolvimento da personalidade). Entre os assassinos, 12 tinham sofrido abuso significativo ou deprivação (recebido maus tratos). Foi descoberto que assassinos vindos de lares deprivados tinham déficits muito maiores na área órbito-frontal do cérebro (14 % em média) do que pessoas normais e assassinos vindos de ambientes não deprivados.
Os estudos iniciais controlados, realizados por Raine e colegas foram confirmados por uma série de investigações baseadas em PET com indivíduos sociopatas e criminosos violentos. Em um estudo em 1994, 17 pacientes com diagnóstico de distúrbio de personalidade foram submetidos ao PET. Os pesquisadores provaram que havia uma forte correlação inversa entre uma história de dificuldades de controle de agressividade durante toda a vida e o metabolismo regional no córtex frontal. Seis destes pacientes eram antissociais, o resto tinha vários distúrbios de personalidade (marginais, dependentes narcisistas). O PET foi usado novamente em 1995 para avaliar o metabolismo da glicose cerebral em oito sujeitos normais e oito pacientes psiquiátricos com história de comportamento repetitivo violento. Os autores obervaram que "sete dos pacientes mostraram amplas áreas de baixo metabolismo cerebral, particularmente no córtex pré-frontal e temporal medial quando comparado à sujeitos normais. Estas regiões têm sido implicadas como o substrato para agressão e impulsividade, e sua disfunção pode ter contribuído para pacientes com comportamento violento". Mais recentemente (1997), a tecnologia de imagens cerebrais por PET mostrou também que os psicopatas diferiram de não-psicopatas no padrão de fluxo cerebral relativo durante o processamento de palavras com coneteúdo emocional. As mudanças de personalidade adquiridas devido à injúria cerebral são também acompanhadas por uma diminuição na atividade neural na área frontal.
Conclusões
Em resumo, ainda que muitos destes resultados devam ser tomados com cuidado, todos eles convergem para uma importante descoberta: a de que os cérebros de criminosos violentos e sociopatas são na verdade alterados de maneira sutil, e que este fato pode agora ser revelado por novas técnicas sofisticadas. Uma consideração importante é que o comportamento humano é extremamente complicado e o resultado de uma interação de muitos fatores sociais, biológicos e psicológicos. "Existem muitos fatores envolvidos no crime. A função cerebral é apenas uma delas", diz o Prof. Adrian Raine. "Mas, ao entendermos a sua função cerebral, estaremos em uma melhor posição para entender as causas completas do comportamento violento".
Outra desvantagem dos estudos retrospectivos (isto é, feitos após o distúrbio aparecer em indivíduos estudados), é que é difícil separar causa da consequência. Em outras palavras, será que o déficit cerebral observado é a causa da anormalidade psicológica ou apenas o seu resultado?. Além disso, os resultados são ainda preliminares e não dão credibilidade ao uso destes métodos de neuroimagem e avaliação da função para "diagnosticar" indivíduos em risco de sociopatia; deste modo eles não devem ser usados para propósitos clínicos ou forenses no presente estágio.
Portanto, existe razoável evidência que os os sociopatas têm uma disfunção do cérebro frontal. Porque e quando esta disfunção aparece ainda é totalmente desconhecido, até agora.

Renato M.E. Sabbatini, PhD. neurocientista e especialista em Informática Biomédica, doutor pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado no Instituto de Psiquiatria Max Planck em Munique, na Alemanha. Atualmente, é diretor do Núcleo de Informática Bimédica da Unicamp e professor de Informática Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas, (Campinas, Brasil). Email: sabbatin@nib.unicamp.br

A mi hijo lo dejaron morir. Minutos antes contó a su hermana por teléfono su agonía


Comienza el juicio en Barcelona por un hombre que falleció solo en un hospital privado - Minutos antes contó a su hermana por teléfono su agonía
Pere Ramos Barril tenía 40 años, era soltero y murió "abandonado" hace ahora dos años en un hospital de élite de Barcelona que se publicita como un centro de referencia para enfermedades cardiovasculares.

PERE RÍOS – Barcelona ELPAIS

Los médicos le diagnosticaron una arritmia y eran conscientes de que en cualquier momento se le podía parar el corazón, pero no le dieron el tratamiento que debía. La muerte le llegó en la más absoluta soledad y abandono en su habitación, después de mantener una agónica conversación con su hermana en la que le explicaba su estado. Cuando el hospital reaccionó ya era tarde. El enfermo fue hallado muerto en el suelo, junto a su cama.
Dos años después de la muerte, el caso llega a juicio y el lunes se celebrará la vista en Barcelona. La familia, representada por el abogado Rafael Núñez, ve más que demostrado que ocurrieron un "conjunto de deficiencias asistenciales" y reclama una indemnización de 152.336 euros. La demanda aporta un informe pericial contundente de un prestigioso catedrático de medicina legal en el que se recuerda que la Clínica del Pilar Sant Jordi de Barcelona, donde ocurrieron los hechos, cuenta con los medios más cualificados para tratar esa dolencia. Sin embargo, añade que "la prestación dispensada al señor Ramos Barril fue inadecuada e insuficiente con respecto a las necesidades clínicas que tenía por su enfermedad cardiaca para posibilitar su sobrevivencia en caso de concurrir evolutivamente complicación de paro cardíaco". El hospital ha declinado hacer comentario alguno. Siempre ha defendido la actuación de sus médicos.
Los hechos se remontan a la tarde del 10 de diciembre de 2009, cuando Pere Ramos Barril ingresó de urgencia en la Clínica Sant Jordi con arritmia cardíaca que se traducía en 150 pulsaciones por minuto. El paciente pesaba 150 kilos. Tras las pruebas médicas, se le colocó una vía endovenosa y quedó ingresado y monitorizado. Como la arritmia no cesaba, al día siguiente se le practicó una cardioversión eléctrica, hasta que reaccionó. Hasta el día 12 a las 15.00 siguió en observación y dada su evolución favorable se le trasladó a una habitación. El médico que le atendió, Jordi Palet, le recomendó que caminara un poco por la habitación dado su buen estado.
Pero la situación se complicó el día 14. A las nueve de la mañana, Palet lo visitó y constató que presentaba una nueva arritmia que necesitaba otra cardioversión eléctrica o ablación de nódulo auricular. Pero decidió que no se le practicaría hasta el día siguiente y el enfermo permaneció en la habitación, sin suero ni oxígeno. El informe pericial de la demanda constata que "lo más prudente" hubiera sido volverle a aplicar el mismo tratamiento que había tenido días atrás "o al menos con disponibilidad de visores y/o alarmas telemáticas para control de enfermería a distancia".
Cuando concluyeron las visitas y el enfermo quedó solo en la habitación telefoneó a su hermana Marta y mantuvo con ella una "conversación dramática", según se dice en la demanda. La charla duró más de 10 minutos y la hermana "le oyó llorar y emitir ruidos que después ha asociado con los propios de momentos antes de morir". La mujer llamó inmediatamente al hospital a las 22.49 horas para alertar del estado de su hermano y después telefoneó de nuevo a recepción y le respondieron que estaban llamando a la habitación y que el paciente no contestaba. La mujer insistió con la planta y habló con las enfermeras. Después volvió a llamar y el recepcionista respondió que le estaban practicando un tratamiento a su hermano. Era falso. Hasta las 23.05 no apareció ningún médico por la habitación y fue para certificar la muerte del hombre, que estaba tendido en el suelo.
"A mi hijo lo dejaron morir, porque si lo hubieran atendido bien ahora estaría vivo", explica entre lágrimas Dolors Barril, de 69 años y madre del fallecido. "No hace falta ser médico para ver que no lo trataron bien. Yo pensaba que estaba en buenas manos, pero me he dado cuenta de que no", añade la mujer, para constatar su desazón porque los hechos ocurrieron en un hospital privado del que era mutualista.

sábado, 10 de dezembro de 2011

O Cérebro do Psicopata. Renato M.E. Sabbatini, PhD


A maioria das pessoas é incapaz de entender como uma personalidade antisocial e criminosa, tal como a de um "serial killer" (assassino serial), é possível, em um ser humano como nós.
Não são apenas os assassinos seriais, mas uma grande proporção de criminosos violentos em nossa sociedade (em torno de 25% dos prisioneiros) mostram muitas características do que a psiquiatria chama de "sociopatia", um termo melhor e mais preciso do que psicopatia. A DSM-IV, o importante manual de diagnóstico usado por psicólogos e psiquiatras, define um distúrbio mais geral, denominado mais apropriadamente, "distúrbio da personalidade antisocial" (DPA) e lista suas principais características, que podem ser facilmente reconhecidas em indivíduos afetados. A Organização Mundial de Saúde também definiu sociopatia em sua classificação de doenças CID-10, usando o termo "distúrbio da personalidade dissocial".
Os sociopatas são caracterizados pelo desprezo pelas obrigações sociais e por uma falta de consideração com os sentimentos dos outros. Eles exibem egocentrismo patológico, emoções superficiais, falta de auto-percepção, pobre controle da impulsividade (incluindo baixa tolerância para frustração e limiar baixo para descarga de agressão), irresponsabilidade, falta de empatia com outros seres humanos e ausência de remorso, ansiedade e sentimento de culpa em relação ao seu comportamento anti-social. Eles são geralmente cínicos, manipuladores, incapazes de manter uma relação e de amar. Eles mentem sem qualquer vergonha, roubam, abusam, trapaceiam, negligenciam suas famílias e parentes, e colocam em risco suas vidas e a de outras pessoas. O pesquisador canadense Robert Hare, um dos maiores especialistas do mundo em sociopatia criminosa, os caracteriza como "predadores intra-espécies que usam charme, manipulação, intimidação e violência para controlar os outros e para satisfazer suas próprias necessidades. Em sua falta de consciência e de sentimento pelos outros, eles tomam friamente aquilo que querem, violando as normas sociais sem o menor senso de culpa ou arrependimento."
Os sociopatas são incapazes de aprender com a punição, e de modificar seus comportamentos. Quando eles descobrem que seu comportamento não é tolerado pela sociedade, eles reagem escondendo-o, mas nunca o suprimindo, e disfarçando de forma inteligente as suas características de personalidade. Por isso, os psiquiatras usaram no passado o termo "insanidade moral" ou "insanité sans délire" para caracterizar esta psicopatologia. Um sociopata clássico foi Donatien-Alphonse-François de Sade (1740-1814), um nobre francês cuja preferências sexuais perversas e novelas (tais como Justine ) originaram o termo sadismo.
O indivíduo sociopata geralmente exibe um charme superficial para as outras pessoas e tem uma inteligência normal ou acima da média. Não mostra sintomas de outras doenças mentais, tais como neuroses, alucinações, delírios, irritações ou psicoses. Eles podem ter um comportamento tranqüilo no relacionamento social normal e têm uma considerável presença social e boa fluência verbal. Em alguns casos, eles são os líderes sociais de seus grupos. Muito poucas pessoas, mesmo após um contato duradouro com os sociopatas, são capazes de imaginar o seu "lado negro", o qual a maioria dos sociopatas é capaz de esconder com sucesso durante sua vida inteira, levando a uma dupla existência. Vítimas fatais de sociopatas violentos percebem seu verdadeiro lado apenas alguns momentos antes de sua morte.
O mais assustador é o fato que entre 1 e 4% da população é sociopata em maior ou menor escala. Claro, a maioria das pessoas com DPA não é criminosa e é capaz de se controlar dentro dos limites da tolerabilidade social. Eles são considerados somente como "socialmente perniciosos", ou têm personalidade odiosas, e cada um de nós conhece alguém que se ajusta a esta descrição. Políticos corruptos e cínicos, que sobem rapidamente na carreira, líderes autoritários, pessoas agressivas e abusadoras, etc., estão entre eles. Uma característica comum é que eles se engajam sistematicamente em enganação e manipulação de outros para ganhos pessoais. De fato, muitos sociopatas não-violentos e adaptados podem ser encontrados em nossa sociedade. Um estudo epidemiológico do NIMH registrou que somente 47% daqueles que eram caracterizados como tendo DPA tinham uma história de processo criminal significativo. Os eventos mais relevantes para estas pessoas ocorrem na área de problemas de trabalho, violência doméstica, tráfico e dificuldades conjugais severas. Muitas pessoas evitam indivíduos com este distúrbio de personalidade porque eles são irritáveis, argumentadores e intimidadores. Seu comportamento frequentemente é rude, impredizível e arrogante.
A sociopatia é reconhecida precocemente em um indivíduo: ela começa na infância ou adolescência e continua na vida adulta (o diagnóstico é possível em torno de 15 a 16 anos). Crianças sociopatas manifestam tendências e comportamentos que são altamente indicativos de seu distúrbio. Por exemplo, eles são aparentemente imunes a punição dos pais, e não são afetados pela dor. Nada funciona para alterar seu comportamento indesejável, e consequentemente os pais geralmente desistem, o que faz a situação piorar. Os sociopatas violentos mostram uma história de torturar pequenos animais quando eles eram crianças e também vandalismo, mentiras sistemáticas, roubo, agressão aos colegas da escola e desafio à autoridade dos pais e professores.
No entanto, apenas uma pequena fração dos sociopatas se desenvolve em criminosos violentos, estrupradores e assassinos seriais. Em casos mais severos, a doença pode evoluir para canibalismo e rituais sádicos de tortura e morte, frequentemente de natureza bizarra. Há um amplo consenso que estas formas extremas de sociopatia violenta são intratáveis e que seus portadores devem ser confinados em celas especiais para criminosos insanos por toda a vida.Um sociopata típico deste tipo foi retratado por Dr. Hannibal "O Canibal" Lecter no filme e livro "O Silêncio dos Inocentes ".
Os próprios sociopatas se descrevem como "predadores" e geralmente são orgulhosos disto. Eles não têm o tipo mais comum de comportamento agressivo, que é o da violência acompanhada de descarga emocional (geralmente raiva ou medo) e nem ativação do sistema nervoso simpático (dilatação das pupilas, aumento dos batimentos cardíacos e respiração, descarga de adrenalina, etc). Seu tipo de violência é similar à agressão predatória, que é acompanhada por excitação simpática mínima ou por falta dela, e é planejado, proposital, e sem emoção ("a sangue-frio"). Isto está correlacionado com um senso de superioridade, de que eles podem exercer poder e domínio irrestrito sobre outros, ignorar suas necessidades e justificar o uso do que quer que eles sintam para alcancar seus ideais e evitar consequências adversas para seus atos. Por exemplo, em Justine, o personagem que incorpora o Marquês de Sade diz que tudo é justificado quando o objetivo é a gratificação de seus sentidos, e que a ele é permitido usar outros seres humanos da forma como ele desejar para aquele propósito.
O fato dos sociopatas possuirem pouca empatia para o sofrimento dos outros tem sido demonstrado experimentalmente em muitos estudos, os quais têm mostrado que eles exibem um processamento anormal de aspectos emocionais da linguagem, e que geralmente eles possuem resposta fisiológica fraca (no sistema nervoso autônomo) a imagens, palavras e situações de alto conteúdo emocional. Como acontece com os predadores, os sociopatas são capazes de uma atenção extremamente alta em certas situações.
O distúrbio sociopático também está altamente associado com a incidência de abuso de drogas e alcoolismo. De fato, esta associação piora os aspectos do comportamento sociopático, assim considera-se que eles são mutuamente reforçadores.
O DPA é relativamente fácil de diagnosticar. O mesmo Dr. Hare desenvolveu uma escala de avaliação, chamada Psychopathy Checklist-Revised (PCL-R), que é útil para este propósito, particularmente na avaliação de criminosos (a população forense). Você pode testar a si próprio usando uma escala on-line disponível no Internet Mental Health.
Sociopatas violentos ocasionam um alto preço para a sociedade humana. Nos EUA, mais da metade dos policiais mortos por criminosos eram vítimas de sociopatas. O DPA é comum entre dependentes de drogas, mulheres e crianças, gangsters, terroristas, sádicos, torturadores, etc. Além disso, "os psicopatas são aproximadamente três vezes mais propensos a recidivar - ou quatro vezes mais propensos a recidivar violentamente do que os não sociopatas", de acordo com um estudo recente. Citando novamente o Dr Robert Hare: "É enorme o sofrimento social, econômico e pessoal causado por algumas pessoas cujas atitudes e comportamento resultam menos das forças sociais do que de um senso inerente de autoridade e uma incapacidade para conexão emocional do que o resto da humanidade. Para estes indivíduos - os psicopatas - as regras sociais não são uma força limitante, e a idéia de um bem comum é meramente uma abstração confusa e inconveniente".
Além disso, sob situações de stress, tais como em guerras, pobreza geral e quebra da economia, surtos epidêmicos ou brigas políticas, etc., os sociopatas podem adquirir o status de líderes regionais ou nacionais e sábios, tais como Adolf Hitler, Stalin, Saddam Hussein, Idi Amin, etc. Quando eles alcançam posições de poder, eles podem causar mais danos do que como indivíduos.
Qual é a causa da sociopatia? Como o cérebro está envolvido? Como isto pode ser prevenido e tratado?
Estas são questões importantes para a humanidade, para a lei e medicina. A curva ascendente da violência sem sentido, frequentemente por pessoas jovens (a medida que o tempo passa, mais e mais jovens...), impõe um senso de urgência em obter respostas para elas.
Neste artigo exploraremos o que a neurociência sabe sobre este distúrbio misterioso.

Renato M.E. Sabbatini, PhD. neurocientista e especialista em Informática Biomédica, doutor pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado no Instituto de Psiquiatria Max Planck em Munique, na Alemanha. Atualmente, é diretor do Núcleo de Informática Bimédica da Unicamp e professor de Informática Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas, (Campinas, Brasil). Email: sabbatin@nib.unicamp.br
http://www.cerebromente.org.br/n07/doencas/index_p.html

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Vacina contra Ebola é desenvolvida


Cientistas desenvolveram uma vacina que protege ratos da forma mortal do vírus Ebola.
Identificado pela primeira vez em 1976, a febre causada pelo Ebola tem uma taxa de 90% de mortalidade nos infectados. Os pesquisadores afirmam que essa é a primeira vacina contra o Ebola que continua viável por um longo período, podendo ser estocada.
O Ebola é transmitido por fluídos corporais, e pode se desenvolver no ar. Os contaminados podem sofrer de náusea, vômitos, hemorragia interna e morte de órgãos, até a morte.
Apesar de poucas pessoas contraírem o vírus a cada ano, seus efeitos são tão devastadores que é comum espalhar medo através de ataques terroristas.
Todas as vacinas anteriores contra o vírus injetavam partículas virais intactas, mas inativas, no corpo. O armazenamento tende a danificar o vírus, acabando com a efetividade da vacina.
A nova vacina contém uma proteína viral sintética, que ajuda o sistema imunológico a reconhecer melhor o vírus do Ebola, e é muito mais fácil de ser estocada.
A inovação protegeu 80% dos ratos testados. De acordo com Charles Arntzen, da Universidade Estadual do Arizona, que está envolvido no estudo, o próximo passo é testar a vacina com uma versão do Ebola mais próxima da que afeta os seres humanos.[BBC]
http://hypescience.com/vacina-contra-ebola-e-desenvolvida/
Hypescience

Novo sistema avisa sonolência do motorista monitorando músculos faciais


Está com sono? Então é melhor não dirigir. Ou instalar o novo sistema da marca Denso que verifica sinais de fadiga no motorista. Ao contrário dos sistemas existentes que analisam os olhos, o novo verificador do nível de sonolência rastreia movimentos musculares sutis de toda a face. Ele alerta quando os motoristas estão muito cansados antes deles adormecerem e causarem um acidente.
Uma câmera apontada para o rosto do condutor é monitorada por um software personalizado. 17 pontos distintos do rosto do motorista são monitorados o tempo todo enquanto ele está atrás do volante, permitindo que o sistema capte os movimentos e o nível de atividade dos músculos faciais.
Piscar constantemente é um sinal de que alguém está realmente com sono, mas a expressão do rosto é um indicador mais sutil do nível de sonolência. Monitorar toda a face, e não apenas os olhos, é mais eficaz e seguro para que o motorista saiba quando deve encostar a cabeça no travesseiro, e não no volante. [Gizmodo]
http://hypescience.com/novo-sistema-avisa-sonolencia-do-motorista-monitorando-musculos-faciais/
Hypescience

Sobre olhar impávido da direcção. Imundice no centro de saúde de Massinga



Maputo (Canalmoz) - Vive-se um cenário de uma autêntica bandalheira no centro de saúde de Massinga, província de Inhambane. Há falta de cozinha, lavatórios, refeitório e casas de espera para acompanhantes de doentes internados naquele centro de saúde. A imundice, entretanto, é as marca daquela unidade sanitária.
É o salve-se quem poder. Acompanhantes de pacientes vindos de diversos pontos do distrito de Massinga e mães grávidas à espera do dia de parto, cada um tem de se livrar da desgraça à sua maneira. Não têm onde dormir, queixam-se. Até água é difícil encontrar.
De uma forma desorganizada, cada um faz a sua lareira e prepara refeições para o seu doente. Numa breve passagem por aquele local, o Canalmoz contabilizou cerca de 60 panelas em igual número de lareiras. Uma autêntica feira de fogueiras e fumo num recinto que era suposto ser limpo para atender doentes.
Outra questão que desperta a atenção é o facto de os doentes internados e menos graves juntarem-se em sombras com os seus acompanhantes para tomarem as refeições. Todos juntos. Os doentes graves que por recomendação médica não podem abandonar as enfermarias, tomam as refeições nos quartos, mas todos os outros andam espalhados.
A maternidade funciona num espaço minúsculo, o que faz com que os acompanhantes com doentes internados naquele lugar fiquem nas escadas.
O mobiliário velho (secretárias, motorizadas, camas, bicicletas) é deixado de qualquer maneira pelo recinto hospitalar.
O capim é visível em todo o hospital.
O reservatório de água está meio engolido pelo capim.
A fumaça provocada pelas chamas das panelinhas até chega a incomodar o funcionamento normal das enfermarias. É o pão de cada dia, naquele hospital do distrito mais populoso da província de Inhambane.

Direcção do hospital reconhece

Contactado pela Reportagem do Canalmoz, o administrador do centro de saúde de Massinga, Basílio Quivale, reconheceu a desorganização ali existente, tendo dito que com a conclusão das obras da casa de espera, também está prevista a construção de uma cozinha para que os acompanhantes dos doentes preparem as suas refeições num lugar condigno.
“A responsabilidade dos doentes internados é do hospital. Os acompanhantes estão fora do nosso controlo. Eles ficam espalhados pelas sombras. Nada podemos fazer. Muitos deles vêm de zonas distantes, disse Quivale. (Cláudio Saúde)