A Dra. Cecile Kyenge, 46 anos, nasceu na R. D. Congo, filha de um polígamo (4 esposas e 39 filhos), especializada em medicina e cirurgia na Universidade Católica de Roma, é actualmente a Ministra para a integração no mais recente Governo da Itália.
A sua nomeação está a causar alguns dissabores e rangeres de dentes no seio daquela Itália racista e xenófoba, incapaz de entender a necessidade de 'respeitar quem é e pensa diferente'. Por exemplo, foi criada uma página no Facebook só mesmo para insulta-la.
O mais grave ainda e vergonhoso saiu da boca de um politico italiano quando disse que: "Cecilie ficaria melhor como criada de casa", porque doutra forma "contaminaria a Itália com as suas tradições tribais".
Obviamente, estes insultos e demonstrações de intolerância não preocupam a 'ministra Negra'. Alias, ela traz consigo um passado nada leve: já foi clandestina, teve que trabalhar duramente para pagar os seus estudos e, mesmo terminando a faculdade de medicina com notas altas (o que era raro na Itália de então para uma estrangeira) teve serias dificuldades pata ser empregada como oftalmologista, que é a sua especialidade.
Hoje, o maior objectivo de Cecilie é 'fazer crer e incentivar as novas gerações de jovens imigrantes e seus filhos que tudo é possível. O importante é o espírito de dedicação, mérito, capacidade, competência, perseverança e sem complexos'. E nessa campanha de sensibilização quer contar com um grande aliado: Mário Balottelli, um dos melhores futebolistas italianos, Negro, que actualmente joga no AC Millan e faz parte da selecção tricolore.
Cecilie não quer se pronunciar sobre a Itália racista, porque não lhe interessa. A Itália que a ela interessa é a que aplaude jogadores como Balottelli ou Ogbonna. Essa sim, "é a Itália que existe"!
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