domingo, 17 de março de 2013

Piloto da FAN morre em Luanda por falta de assistência




Luanda - Foi esta terça-feira a enterrar em Luanda no Cemitério de Santa Ana, com honras militares, um conhecido piloto da Força Aérea Nacional (FAN), estando o seu óbito, que ocorreu nas instalações do Hospital Militar Principal de Luanda (HMPL), a ser atribuído pelos familiares a ausência de tratamento adequado.
Fonte: SJAClub-k.net
Nesta conformidade, o “SJA/@actualidade” soube  que está a correr no Hospital Militar de Luanda um inquérito sobre o infausto acontecimento, na sequência da queixa apresentada por familiares do falecido Capitão Lito Sadraque, como se chamou em vida o malogrado.

De acordo com as informações que chegaram ao conhecimento deste site, o malogrado oficial, que padecia de um paludismo resistente, terá ficado oito horas nas instalações do hospital praticamente votado ao abandono.

Depois de ter passado pela a clínica da FAN, Sadraque foi evacuado para Hospital Militar Principal, onde, mesmo carregando o seu balão de soro, não mereceu a atenção devida do corpo clínico.

Aborrecido, o oficial, num gesto carregado de desespero, arrancou o soro e pediu que lhe fosse prestada mais atenção, o que mesmo assim não aconteceu diante da indiferença do pessoal responsável.

Algum tempo depois, segundo seu cunhado, também oficial superior das FAA, começou a apresentar problemas respiratórios que duraram pouco menos de 10 minutos tendo acabado por falecer no colo de uma irmã conhecida por Belita que o acompanhava.

O que mais revolta a família é que só depois de morto se verificou uma grande movimentação do corpo clínico, numa verdadeira correria, tendo um dos médicos presente no local afirmado que ainda havia solução para o caso.
Segundo fontes familiares, depois se ter apresentado a queixa formal a direcção do Hospital, na presença um representante da polícia judiciária Militar, decidiu-se igualmente notificar a clínica da FAN para detalhar a evolução da saúde do piloto, até à sua transferência que acabou por lhe ter sido fatal, em mais um triste episódio passado nos corredores hospitalares de Angola, que de algum modo faz lembrar o famoso e mediatizado “caso Mingota”.

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