Muitas descobertas médicas, por exemplo o
Viagra e o Botox, foram feitas acidentalmente, enquanto os cientistas estavam
procurando a cura para uma doença totalmente diferente.
Recentemente, isso aconteceu novamente. Desta
vez, pesquisadores da Universidade de Cambridge (Reino Unido) estavam
procurando uma cura para a lesão hepática quando, acidentalmente, criaram um
creme que pode se tornar um produto antienvelhecimento poderoso.
“MitoQ”, que supostamente amacia a pele e reverte os sinais
de envelhecimento, é uma mistura de ingredientes únicos patenteada pelos
cientistas Mike Murphy e Rob Smith.
O trabalho do par culminou na descoberta de
um sistema de entrega que leva células cheias de antioxidantes – moléculas que
inibem a oxigenação das células – diretamente para a mitocôndria, uma fonte de
radicais livres que é responsável pelo envelhecimento e danos nos nossos
tecidos.
O sistema de penetração eletrostática visa as
mitocôndrias e efetivamente entrega CoQ, um componente ativo do sistema
antioxidante orgânico dos nossos corpos, direto dentro da célula em níveis que
nunca foram atingidos.
“As mitocôndrias são como as baterias que
fornecem a energia que todas as nossas células precisam para funcionar e se
manter saudáveis, incluindo as células da pele. Infelizmente, este processo
também libera radicais livres, o que danifica nossas células”, explica o Dr.
Michael Murphy. “Os antioxidantes são mecanismos de defesa natural do corpo
para combater os radicais livres, mas o envelhecimento acontece porque à medida
que envelhecemos, nossos corpos produzem menos antioxidantes e não podem
combater os radicais livres de forma tão eficaz. Isto é o que faz com que as
rugas e linhas apareçam”.
A equipe afirma que seu sistema é um grande
avanço científico que aumenta a nossa capacidade antioxidante natural para
restaurar em nossas células uma função ideal – daí seu poder
antienvelhecimento.
A equipe testou seu produto em ratos com
resultados mais do que estéticos.
Segundo os pesquisadores, a disfunção
mitocondrial e estresse oxidativo contribuem para a progressão de doenças como
o Alzheimer. Mas MitoQ conseguiu evitar essas patologias em ratas jovens que
receberam a substância antioxidante durante 5 meses. O produto impediu o
declínio cognitivo nos animais, bem como o estresse oxidativo, o que sugere um
papel central da mitocôndria na neurodegeneração e fornece evidências que
suportam o uso de terapias que as tenham como alvo para doenças que envolvem
estresse oxidativo e insuficiência metabólica.
Para ler mais sobre o estudo (em inglês)
publicado no The Journal of Neuroscience, clique aqui. Além dessa pesquisa com ratos, a potência da MitoQ
para eliminar o dano oxidativo causado pelos radicais livres foi analisada mais
vezes e artigos também foram revisados e publicados em revistas cientificas
como Annals of the New York Academy of Sciences e Journal of Biological
Chemistry. [DailyMail, Cambridge]
http://hypescience.com/
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