quarta-feira, 10 de abril de 2013

Moçambique. Com apoio da Cooperação Espanhol. Ensaios clínicos da vacina contra malária praticamente no fim


Maputo (Canalmoz) - A terceira fase de ensaios clínicos para a descoberta da primeira vacina de prevenção da malária, tida como uma das principais causas de morte de crianças e mulheres grávidas no País está praticamente no fim.
O facto foi avançado esta terça-feira no distrito da Manhiça, província de Maputo, pelo director-geral do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça, Eusébio Maceto, à margem da visita da sua majestade Dona Sofia da Espenha, àquela unidade de investigação, cuja sua instalação contou com o apoio da Cooperação Espanhola.
Segundo Maceto, trata-se de uma vacina  cujas investigações contam com o apoio da Cooperação Espanhola, tendo para o efeito desembolsado nos últimos 15 anos mais de 20 milhões de dólares norte-americanos.
 De acordo com o director-geral do CISM, nas anteriores fases de ensaios clínicos a referida vacina demostrou uma eficácia de 55% na prevenção da Malária, sobretudo nas crianças com idades compreendidas entre zero e cinco anos, daí que se acredita que a mesma será mais um importante instrumento no combate a esta doença considerada como responsável por 60% das consultas diárias nos hospitais públicos.
Depois da conclusão dos ensaios da terceira fase, ainda de acordo com Maceto, o CISM  vai submeter às autoridades sanitárias moçambicanas os resultados da mesma para que seja registado e submetido ao Sistema Nacional de Saúde para sua comercialização como mais um instrumento de combate à Malária em Moçambique.
“E nós acreditamos que daqui a dois anos, a primeira vacina contra malária será uma realidade em Moçambique, ou seja, estará disponível no Sistema Nacional de Saúde”, sublinhou o director-geral do CISM.
 O grande desafio do CISM é descobrir uma vacina que previne malária em mulheres grávidas
Na ocasião, Pedro Lopez, um dos membros do Conselho de Administração do CISM em representação da Cooperação Espanhola, disse que neste momento o grande desafio do CISM é de desenvolver uma vacina de prevenção da malária em mulheres grávidas, dado que são uma das principais vítimas desta doença tida ainda como uma das principais responsáveis de mortalidade em Moçambique.
“É por isso que nos sentimos honrados em apoiar e participar no desenvolvimento desta vacina porque ela irá contribuir para salvar muitas vidas em Moçambique”, sublinhou Pedro Lopez para depois acrescentar: “Perante estes resultados satisfatórios, o que posso dizer agora é que a Cooperação Espanhola vai continuar a apoiar o sector de Saúde em Moçambique tanto em matéria de investigação como na formação como forma de fortalecer as autoridades sanitárias moçambicanas no combate a várias doenças que se registam neste País”, assegurou Pedro Lopez.
Refira-se que para além do CISM, a Rainha da Espanha visitou o centro de saúde local onde foi confrontado com problemas de longas bichas de doentes para serem atendidos. (Raimundo Moiane)

Sem comentários:

Enviar um comentário