Maputo
(Canalmoz) - A terceira fase de ensaios clínicos para a descoberta da primeira
vacina de prevenção da malária, tida como uma das principais causas de morte de
crianças e mulheres grávidas no País está praticamente no fim.
O
facto foi avançado esta terça-feira no distrito da Manhiça, província de
Maputo, pelo director-geral do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça,
Eusébio Maceto, à margem da visita da sua majestade Dona Sofia da Espenha,
àquela unidade de investigação, cuja sua instalação contou com o apoio da
Cooperação Espanhola.
Segundo
Maceto, trata-se de uma vacina cujas investigações contam com o apoio da
Cooperação Espanhola, tendo para o efeito desembolsado nos últimos 15 anos mais
de 20 milhões de dólares norte-americanos.
De
acordo com o director-geral do CISM, nas anteriores fases de ensaios clínicos a
referida vacina demostrou uma eficácia de 55% na prevenção da Malária, sobretudo
nas crianças com idades compreendidas entre zero e cinco anos, daí que se
acredita que a mesma será mais um importante instrumento no combate a esta
doença considerada como responsável por 60% das consultas diárias nos hospitais
públicos.
Depois
da conclusão dos ensaios da terceira fase, ainda de acordo com Maceto, o
CISM vai submeter às autoridades sanitárias moçambicanas os resultados da
mesma para que seja registado e submetido ao Sistema Nacional de Saúde para sua
comercialização como mais um instrumento de combate à Malária em Moçambique.
“E
nós acreditamos que daqui a dois anos, a primeira vacina contra malária será
uma realidade em Moçambique, ou seja, estará disponível no Sistema Nacional de
Saúde”, sublinhou o director-geral do CISM.
O
grande desafio do CISM é descobrir uma vacina que previne malária em mulheres
grávidas
Na
ocasião, Pedro Lopez, um dos membros do Conselho de Administração do CISM em
representação da Cooperação Espanhola, disse que neste momento o grande desafio
do CISM é de desenvolver uma vacina de prevenção da malária em mulheres
grávidas, dado que são uma das principais vítimas desta doença tida ainda como
uma das principais responsáveis de mortalidade em Moçambique.
“É
por isso que nos sentimos honrados em apoiar e participar no desenvolvimento
desta vacina porque ela irá contribuir para salvar muitas vidas em Moçambique”,
sublinhou Pedro Lopez para depois acrescentar: “Perante estes resultados
satisfatórios, o que posso dizer agora é que a Cooperação Espanhola vai continuar
a apoiar o sector de Saúde em Moçambique tanto em matéria de investigação como
na formação como forma de fortalecer as autoridades sanitárias moçambicanas no
combate a várias doenças que se registam neste País”, assegurou Pedro Lopez.
Refira-se que para além do CISM, a Rainha da
Espanha visitou o centro de saúde local onde foi confrontado com problemas de
longas bichas de doentes para serem atendidos. (Raimundo Moiane)
Imagem: www2.uol.com.br
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