Uma dificuldade que a medicina sempre enfrentou foi verificar o impacto de um remédio no organismo. Como saber exatamente a ação que tal medicamento faz em um corpo, se a substância já está lá dentro? Mas isso é uma visão antiquada. Comprimidos que só contém o medicamento em si são coisa do passado. Uma empresa farmacêutica da Suíça, Norvatis, desenvolveu uma pílula que carrega o remédio, obviamente, e de quebra vem equipada com um chip. O minúsculo dispositivo, nesse caso, tem a função de monitorar os efeitos do remédio no organismo do paciente que o ingere, e os dados desse pequeno radar corporal podem ser transmitidos diretamente para o médico.
A novidade deve estar disponível no mercado dentro do próximo ano e meio. O dispositivo funciona com base em tecnologia wireless (sem-fio), ou smartphone. Os dados do organismo são transferidos para um terminal na pele (que é uma espécie de adesivo). De lá, as informações são enviadas para um aparelho de posse do médico.
Você deve estar se perguntando: como o dispositivo é ligado lá dentro? Muito simples. Ao entrar em contato com o ácido clorídrico, no estômago, o dispositivo é ativado em uma reação bioquímica. Ao mesmo tempo em que a substância do remédio começa a ser digerida, o mecanismo passa a funcionar.
Antes de ser usado em pacientes “normais” e procedimentos médicos comuns, o dispositivo da Novartis terá uma nobre missão: os transplantes. Através do sensor, cirurgiões poderão saber imediatamente se um órgão transplantado pode ser rejeitado pelo paciente receptor ou não. Isso elimina as chances de uma história de transplante acabar mal. Após esse passo, a tecnologia começará a ser usada em aplicações mais corriqueiras. A novidade deverá ser lançada primeiro na Europa, para então cruzar o atlântico e espalhar o benefício pelo mundo. [PopSci]
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