Luanda -
O jovem foi baleado em Dezembro do ano passado, mas apesar de três intervenções
cirúrgicas os intestinos continuam à mostra e clama por ajuda. No Hospital
Josina Machel, onde foi operado, não tem encontrado solução para o seu problema
Fonte: O País
Fonte: O País
Quase um
ano depois de ter sido operado pela primeira vez no Hospital Josina Machel,
vulgo Maria Pia, o paciente Ângelo André ainda sofre dos efeitos da cirurgia,
apesar de outras duas intervenções que se seguiram para corrigir a inicial.
Após a primeira intervenção para a retirada da bala que o atingiu, o jovem foi obrigado a regressar ao bloco operatório porque a ferida abriu-se. Uma terceira operação foi feita dias depois porque saía pus na colostomia e fezes numa das partes abertas, mas em consequência disso com as vísceras de fora até hoje, apesar dos dois meses de internamento a que tinha sido submetido antes de receber alta a 30 de Janeiro do ano em curso. O médico que o operou orientouo que regressasse em Abril, três meses depois, tão logo as feridas sarassem. Findo o período solicitado, Ângelo André procurou-o para marcar a primeira consulta externa, mas não foi possível porque a agenda do doutor já não havia vaga para ele.
“Volta depois de 15 dias”, contou o jovem referindo-se aos pronunciamentos do especialista de saúde.
Durante o tempo solicitado, as dores afligiam o paciente que tentou procurar outros cuidados médicos no Hospital Militar. Após a observação de uma doutora esta instituição de saúde castrense, recebeu a informação de que só poderia ser tratado onde tinha recebido o primeiro tratamento, no caso concreto no Hospital Josina Machel, segundo contou a O PAÍS o próprio paciente.
Sem outra opção, voltou ao hospital que o acolheu pela primeira vez acompanhado por um parente.
Conseguiu efectuar algumas consultas externas, mas no princípio do mês de Setembro foi-lhe solicitado que se fizesse acompanhar de dois dadores de sangue, o que veio a acontecer alguns dias depois.
Assim que se marcou a última consulta de anestesia, para a marcação da data de mais uma cirurgia, pediram-lhe que ficasse em casa duas semanas e esperasse por uma ligação do hospital.
“Mandaram-me ir para casa e esperar por uma chamada telefónica. Dias passaram e não ligavam e a dor não me poupava. Não conseguia comer, ficava a noite acordado e a chorar suportando a raiva da dor. Vi que era demais, dia 11 de Setembro voltei ao hospital e apercebi-me que o doutor que cuidava do meu caso foi transferido para o Hospital Municipal de Viana”, contou o jovem, acrescentando que um outro médico pediu-lhe o processo para o operar.
Este também garantiu que deveria ligar, mas também não o fez. Quando o jovem procurou-lhe, limitouse em dizer: “você não é meu paciente, estou a fazer-te um favor, por isso deves ter paciência”, explicou Ângelo, que adicionou: “disselhe doutor, por favor, estou a passar muito mal. Não consigo ficar em pé”. Ainda assim, o jovem regressou à casa sem ser atendido até hoje.
A CAUSA
O calvário de Ângelo José André, então cobrador de táxi, começou quando no bairro do Benfica apareceram três jovens que supostamente pretendiam alugar a carrinha com que trabalhavam para a realização de um funeral.
Depois de terem chegado a um acordo, dirigiram-se a uma outra rua ainda no bairro Benfica indicada pelos jovens que manifestaram o interesse de alugar a viatura Toyota Hiace moderna. “Apontaram-nos uma arma sobre a cabeça. A mim e ao motorista. Balearam-me e levaram a viatura, Toyota Hiace, mas o motorista não sofreu fisicamente. Apenas teve um trauma durante trinta dias”, explicou.
Ângelo André diz que sente muita dor na colostomia e há dois meses que o intestino saiu muito do seu lugar, o pior é que não recebeu nenhuma receita médica para acalmar a mágoa, o jovem clama em voz alta a ajuda de pessoas de boa-fé, especialistas na área da medicina que lhe ajudem, no sentido de operarem novamente e dar uma solução as tripas que estão fora, pediu.
Órfão de pai e mãe, não tem irmãos e vive com uma senhora que foi muito amiga da mãe e o criou. Chama-a tia. Mas o termo de responsabilidade para que fosse operado foi assinado por um amigo, que tem como irmão.
Após a primeira intervenção para a retirada da bala que o atingiu, o jovem foi obrigado a regressar ao bloco operatório porque a ferida abriu-se. Uma terceira operação foi feita dias depois porque saía pus na colostomia e fezes numa das partes abertas, mas em consequência disso com as vísceras de fora até hoje, apesar dos dois meses de internamento a que tinha sido submetido antes de receber alta a 30 de Janeiro do ano em curso. O médico que o operou orientouo que regressasse em Abril, três meses depois, tão logo as feridas sarassem. Findo o período solicitado, Ângelo André procurou-o para marcar a primeira consulta externa, mas não foi possível porque a agenda do doutor já não havia vaga para ele.
“Volta depois de 15 dias”, contou o jovem referindo-se aos pronunciamentos do especialista de saúde.
Durante o tempo solicitado, as dores afligiam o paciente que tentou procurar outros cuidados médicos no Hospital Militar. Após a observação de uma doutora esta instituição de saúde castrense, recebeu a informação de que só poderia ser tratado onde tinha recebido o primeiro tratamento, no caso concreto no Hospital Josina Machel, segundo contou a O PAÍS o próprio paciente.
Sem outra opção, voltou ao hospital que o acolheu pela primeira vez acompanhado por um parente.
Conseguiu efectuar algumas consultas externas, mas no princípio do mês de Setembro foi-lhe solicitado que se fizesse acompanhar de dois dadores de sangue, o que veio a acontecer alguns dias depois.
Assim que se marcou a última consulta de anestesia, para a marcação da data de mais uma cirurgia, pediram-lhe que ficasse em casa duas semanas e esperasse por uma ligação do hospital.
“Mandaram-me ir para casa e esperar por uma chamada telefónica. Dias passaram e não ligavam e a dor não me poupava. Não conseguia comer, ficava a noite acordado e a chorar suportando a raiva da dor. Vi que era demais, dia 11 de Setembro voltei ao hospital e apercebi-me que o doutor que cuidava do meu caso foi transferido para o Hospital Municipal de Viana”, contou o jovem, acrescentando que um outro médico pediu-lhe o processo para o operar.
Este também garantiu que deveria ligar, mas também não o fez. Quando o jovem procurou-lhe, limitouse em dizer: “você não é meu paciente, estou a fazer-te um favor, por isso deves ter paciência”, explicou Ângelo, que adicionou: “disselhe doutor, por favor, estou a passar muito mal. Não consigo ficar em pé”. Ainda assim, o jovem regressou à casa sem ser atendido até hoje.
A CAUSA
O calvário de Ângelo José André, então cobrador de táxi, começou quando no bairro do Benfica apareceram três jovens que supostamente pretendiam alugar a carrinha com que trabalhavam para a realização de um funeral.
Depois de terem chegado a um acordo, dirigiram-se a uma outra rua ainda no bairro Benfica indicada pelos jovens que manifestaram o interesse de alugar a viatura Toyota Hiace moderna. “Apontaram-nos uma arma sobre a cabeça. A mim e ao motorista. Balearam-me e levaram a viatura, Toyota Hiace, mas o motorista não sofreu fisicamente. Apenas teve um trauma durante trinta dias”, explicou.
Ângelo André diz que sente muita dor na colostomia e há dois meses que o intestino saiu muito do seu lugar, o pior é que não recebeu nenhuma receita médica para acalmar a mágoa, o jovem clama em voz alta a ajuda de pessoas de boa-fé, especialistas na área da medicina que lhe ajudem, no sentido de operarem novamente e dar uma solução as tripas que estão fora, pediu.
Órfão de pai e mãe, não tem irmãos e vive com uma senhora que foi muito amiga da mãe e o criou. Chama-a tia. Mas o termo de responsabilidade para que fosse operado foi assinado por um amigo, que tem como irmão.
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