sexta-feira, 14 de março de 2014

Hospital Central do Uíge recorre a estrangeiros por falta de médicos nacional


A visita de deputados do Galo Negro ao local marcou o 48o. aniversário da Unita

VOA
Manuel José

No dia em que a Unita completa 48 anos de existência, os deputados da segunda maior forca partidária do país festejaram com visitas  a vários setores da província do Uige.

Um dos locais visitados foi o Hospital Provincial que clama por pessoal qualificado, sendo por isso forçado a recorrer a médicos estrangeiros.

De acordo com a Direcção Clinica do hospital, dos 50 médicos existentes só oito são angolanos.

O hospital recebe pacientes de vários bairros da cidade do Uige o que afecta o atendimento.

A mãe de uma criança disse ter chegado à consulta externa e havia gente que nunca mais acabava.

Outro paciente que também pediu o anonimato disse que entrou para o hospital com uma doença e saiu com outra: "Entrei com cólera e sai com sarampo"

As doenças diarreicas agudas, segundo o mesmo paciente devido ao consumo de água imprópria, são as mais frequentes na província.

"As doenças principais aqui são as diarreias, vómitos e tosse porque poucos bairros têm água canalizada, bebemos água das cacimbas", conta.

O director geral do hospital Ernesto Miji confirmou que entre os mais pequenos as doenças diarreicas e a malária são as mais frequentes na unidade.

O responsável considerou ainda que a principal dificuldade da unidade hospitalar prende-se com a falta de médicos para atender a demanda.

Esta sitação foi constatada pelo vice presidente da bancada parlamentar da Unita Adalberto da Costa Junior.

"Foi nos dito que a principal dificuldade são os recursos humanos, o que demonstra falta de visão estratégica"

No final da visita a diversas infra-estruturas no Uíge, o parlamentar não deixou de dar os parabéns a toda a família Unita por mais um aniversari: "Comemorar 48 anos de existência não é uma obra vulgar, é sintoma de maturidade e persistência dedicadas a Angola".

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