sexta-feira, 28 de março de 2014

Portugal atento ao surto de ébola em África



Texto Francisco Pedro | Foto MS

Depois da Guiné-Conacri, foram registadas mais cinco mortes na vizinha Libéria, e um outro caso suspeito de um viajante que regressou ao Canadá. Os países da África Ocidental estão em alerta. Em Portugal foi feita uma recomendação às autoridades de saúde

http://www.fatimamissionaria.pt/artigo.php?cod=29288&sec=7

Os países da África Ocidental temem a propagação da epidemia do ébola, depois da morte de cinco pessoas na Libéria, junto à zona fronteiriça com a Guiné-Conacri, onde a doença já matou pelo menos 59 pessoas. As vítimas, quatro mulheres e uma criança, terão atravessado a fronteira para participar num funeral de parentes, na região florestal da Guiné, e regressaram a casa infetadas com o vírus, segundo informações da organização Médicos Sem Fronteiras.

Depois da doença ter provocado a morte a 59 pessoas, de um total de 86 casos registados, as autoridades sanitárias da Guiné-Conacri começaram a enviar mensagens para os telemóveis dos cidadãos, com conselhos práticos para evitarem os contágios e um convite a manterem a calma. Ao mesmo tempo, os países vizinhos, como a Serra Leoa, Costa do Marfim e Senegal levantaram os níveis de alerta sanitária e ativaram os programas de vigilância, de acordo com a agência Misna.

Em Portugal, as administrações regionais de Saúde alertaram os serviços de medicina de viajantes e hospitalares para estarem atentos a uma possível entrada no país de casos suspeitos de ébola. «Por precaução, ontem [segunda-feira, 24 de março] avisámos todas as administrações regionais de Saúde e as autoridades de saúde das regiões, incluindo as autónomas, para que informassem os nossos serviços quer de viajantes (para quem vai viajar e saber o que pode acontecer) quer os urgentes e para estarem atentos», disse à agência Lusa a subdiretora-geral de Saúde, Graça Freitas.

A responsável sublinhou ainda que as pessoas que vão viajar para países onde existem focos devem tomar precauções no contato com as populações locais e quando regressarem e, se tiverem sintomas nos dias a seguir, devem informar as autoridades para que possa ser feito diagnóstico e se evite o contágio. «Os sintomas podem ser apenas de febre e mau estar, uma espécie de gripe que depois evolui para situações hemorrágicas e que podem confundidas com outras doenças e cuja taxa de mortalidade é elevada», alertou.

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