A ciência
acumulou anos de sabedoria à nossa disposição. Nosso cérebro é capaz de fazer
ligações impressionantes, e conhecê-las pode nos ajudar a tomar melhores
decisões na vida. Confira:
http://hypescience.com
21. Dê doces às
pessoas para deixá-las mais agradáveis
A palavra “doce” é frequentemente usada
como adjetivo para descrever uma pessoa legal, agradável. Coincidência? Segundo
a ciência, não.
Então, o que começou esta associação
entre “doce” e “bom”? O comportamento cotidiano das pessoas doces,
aparentemente – elas também comem mais doces.
Para ser claro, não estamos falando em
dar a alguém uma barra de chocolate para melhorar seu humor e torná-lo mais
disposto a fazer coisas boas (embora um experimento tenha descoberto que isso
funciona). Na verdade, cinco estudos diferentes concluíram que pessoas mais
amigáveis gostam mais de doce do que as outras, assim, uma preferência geral
para doces significa que a pessoa também é mais propensa a fazer boas ações.
O que é mais estranho é que os
participantes da pesquisa anteciparam que os amantes de doces seriam mais
altruístas e agradáveis, de forma que os experimentos apenas confirmaram que
existe um senso comum que liga doces a pessoas doces.
22. Tocar um objeto faz você querê-lo
mais
Pessoas persuasivas sabem que o toque é
essencial. Vendedores e políticos adoram dar tapinhas em suas costas ou apertar
sua mão. Lojas deixam tudo em exibição para você toque os produtos. O test
drive de automóveis é a chave para vendê-los mais.
Por quê? Porque, para os seres humanos, o toque é quase uma forma de controle da mente. Seja o que for, se você tocá-lo por um tempo, vai se tornar ligado ao produto, coisa ou pessoa.
Por quê? Porque, para os seres humanos, o toque é quase uma forma de controle da mente. Seja o que for, se você tocá-lo por um tempo, vai se tornar ligado ao produto, coisa ou pessoa.
Não só somos mais propensos a comprar
algo que já tocamos, como estamos até dispostos a pagar mais, mesmo que o toque
não passe qualquer informação sobre a utilidade do produto. Colocar as mãos em
um objeto faz com que você se sinta conectado a ele, e pode até mesmo dar-lhe
uma falsa sensação de propriedade.
A textura do objeto também faz a
diferença. Nós não apenas julgamos uma camisa nova com base em quão confortável
ela é – isso, é claro, faz sentido. Mas nós também achamos que a água em um
copo firme tem um gosto melhor do que a água em um copo frágil,
independentemente do fato de que é a mesma água. Isso ocorre apenas porque o
objeto que estamos segurando passa uma sensação melhor em nossas mãos.
23. Cada uma de suas orelhas é melhor em
uma tarefa diferente
Em algum momento você já deve ter visto
aquele GIF da bailarina online, que supostamente lhe diz se você usa mais o
lado esquerdo ou direito do cérebro. Não só esse teste é falso, como toda a
ideia de que as pessoas lógicas usam mais o hemisfério esquerdo do cérebro e as
pessoas artísticas o direito também é uma grande simplificação que não
representa a realidade. Em todas as pessoas, ambos os hemisférios trabalham
juntos para fazer praticamente tudo.
No entanto, é verdade que os dois
hemisférios não são idênticos. No caso do som, há muito tempo os cientistas
sabem que seu hemisfério esquerdo é melhor em decifrar a informação verbal
(como discurso) e o direito em decifrar tons e músicas. Sabe-se também que o
lado esquerdo do cérebro controla o lado direito do corpo e vice-versa.
Como a informação entre os hemisférios é
compartilhada (através do corpo caloso), não deve fazer muita diferença qual
orelha você usa para ouvir as coisas, certo?
Errado. Cada ouvido ouve de uma forma
diferente, e você pode usar isso a seu favor.
Como a orelha esquerda está sempre
enviando música para o hemisfério direito e a orelha direita está sempre
enviando discurso para o hemisfério esquerdo, seus próprios ouvidos evoluíram
na maneira de processar sons.
Como resultado, sua orelha direita é
comprovadamente melhor em processar discurso, e sua orelha esquerda é melhor em
tons e música. Não vá esperando que escutar música com o ouvido apropriado irá
produzir um som muito melhor do que você normalmente ouve na outra orelha, mas
haverá uma ligeira evolução. Tenha isso em mente da próxima vez que você
estiver tentando ouvir um segredo através de uma porta ou tentando descobrir quem
canta aquela canção tocando no elevador.
24. Música pode trazer de volta memórias
perdidas
Médicos descobriram que a música tem
potencial para desenterrar memórias associadas com ela em pacientes, mesmo
aqueles em estágios finais de demência. Isso significa que, se estava tocando
Roberto Carlos no momento do seu primeiro beijo, uma música dele poderia trazer
essa memória de volta para você, mesmo que você estivesse com Alzheimer
avançado.
Ouvir música envolve muitas áreas do
cérebro em ambos os hemisférios, e é por isso que pode criar atividade cerebral
de maneiras que a conversa, por exemplo, não pode. Uma dessas áreas é o
hipocampo, a região que controla o armazenamento da memória de longo prazo.
Quando você ouve uma música que conhece, sentimentos associados com ela são “devolvidos” a você pelo hipocampo. Às vezes, as lembranças podem vir junto com sentimentos relevantes (espero que nenhuma música te lembre da primeira vez que você levou um soco). Mesmo que a música não lhe ajude a recuperar memórias, emoções e atitudes são facilmente recuperadas. Alguém que nem sequer se lembra de quem é porque lembrar porque odeia uma outra pessoa, por exemplo.
Quando você ouve uma música que conhece, sentimentos associados com ela são “devolvidos” a você pelo hipocampo. Às vezes, as lembranças podem vir junto com sentimentos relevantes (espero que nenhuma música te lembre da primeira vez que você levou um soco). Mesmo que a música não lhe ajude a recuperar memórias, emoções e atitudes são facilmente recuperadas. Alguém que nem sequer se lembra de quem é porque lembrar porque odeia uma outra pessoa, por exemplo.
25. Você pode dizer se uma pessoa é rica
se ela é distraída em conversas
É fácil dizer se uma pessoa é rica só de
olhar para ela. E nem estamos falando de observar suas roupas ou seu carro.
Pode ser ainda mais simples que isso.
Em 2009, dois psicólogos da Universidade
da Califórnia (EUA) realizaram um estudo sobre a relação entre sinais
não-verbais e status socioeconômico. Para tanto, eles colocaram os
participantes em pares e os gravaram conversando conforme conheciam uns aos
outros. O que eles descobriram foi que a pessoa mais rica do par era mais
propensa a apresentar comportamentos de “desligamento” (como inquietação, ou
começar a rabiscar ou brincar com o lápis) enquanto alguém estava tentando
falar com ela. Quanto mais pobre a pessoa era, mais envolvida em comportamentos
empáticos também era, como acenar, sorrir e realmente ouvir a outra pessoa.
Não só os pesquisadores sabiam dizer
qual conversador tinha o nível socioeconômico mais elevado, como um grupo
totalmente separado de observadores que assistiu as fitas acertou qual eram os
ricaços também. A teoria é que as pessoas de nível socioeconômico mais elevado são
menos dependentes devido à sua riqueza e educação superior, e por isso não são
tão investidas em conversar com os outros.
26. Goma de mascar impulsiona o cérebro
Em um estudo no qual os participantes
tinham que realizar tarefas cognitivas exigentes, os que estavam mascando
chiclete se saíram melhor
em todas as categorias, exceto em fluência verbal (porque, obviamente, suas
bocas estavam cheias de goma).
Não importava se a goma de mascar tinha
açúcar ou não, de forma que os cientistas concluíram que esse impulso do
chiclete veio da “excitação induzida pela mastigação”. Mastigar dá um “gás”
para o cérebro por 20 minutos ou mais (o efeito é de curta duração,
infelizmente) e permite que você lide com o estresse e a distração muito
melhor.
27. Você pode comprar um carro baseado
na sua “expressão facial”
A mente humana gosta de ver rostos e
formas em tudo: torradas, nuvens, na lua etc. O fenômeno tem até um nome: pareidolia. Sabendo
disso, você gostaria de viver na casa que se parece com Hitler?
Provavelmente não. Ao visualizar rostos
e formatos nas coisas, também as associamos com emoções. Pesquisadores da
Universidade de Viena descobriram que, inconscientemente, também projetamos
essas emoções em carros.
Cada carro tem dois faróis (olhos), uma
grade (boca) e talvez algo que se parece com um nariz. A maioria de nós atribui
uma certa expressão aos carros. Será que escolhemos mais frequentemente os que
parecem mais felizes, como esse fusca antigo abaixo?
Não. Quando dirigimos, não estamos à
procura de fazer amigos – o que queremos transmitir é resistência, velocidade,
agressão. Os pesquisadores descobriram que os carros mais baixos, mais largos,
com uma grande entrada de ar e faróis angulares passam uma imagem de poder, e é
isso que os motoristas estão procurando ao escolher novos veículos. Pelo menos,
ao escolher determinados tipos de veículos.
28. Levante as sobrancelhas para ser
mais criativo
De acordo com um estudo, o simples ato
de levantar suas sobrancelhas pode realmente servir como um impulso de
adrenalina para seu pensamento criativo.
Existem dois tipos diferentes de atenção
– atenção perceptiva, que é dada às suas experiências físicas, e atenção
conceitual, que é atribuída a seus processos mentais. Os dois tipos estão
intimamente ligados. Se um acelera ou desacelera, o mesmo acontece com o outro.
Então, se você aumentar o seu espectro de atenção perceptiva (abrindo bem os
olhos, por exemplo), deve alargar o seu âmbito conceitual, permitindo que você
faça conexões criativas que antes não teria sido capaz.
O estudo testou esta teoria. Dois grupos
tinham que ou levantar as sobrancelhas ou mantê-las franzidas em reprovação
perpétua antes de desempenharem uma tarefa, que era fazer uma legenda para uma
imagem de um cachorro deitado em uma cama com um bagel em sua boca.
O grupo com as sobrancelhas levantadas sugeriu coisas como “Betty the Beagle Beds a Bagel” (algo como “Betty, a Beagle, leva para cama um bagel”, o que, como você deve ter notado, é uma legenda incrivelmente hilariante de insinuação sexual), enquanto o outro grupo só fez legendas bizarras ou chatas, como “Dog Who Breaks Rules” (algo como “cachorro que quebra as regras”, bisonhamente se referindo a alguma legislação que proíbe cães de comer esse pãozinho que, até onde sabemos, nunca existiu em qualquer momento da história da civilização). A questão é que a primeira resposta é inteligente e não óbvia, enquanto a segunda é preguiçosa ao ponto de não ter sentido.
O grupo com as sobrancelhas levantadas sugeriu coisas como “Betty the Beagle Beds a Bagel” (algo como “Betty, a Beagle, leva para cama um bagel”, o que, como você deve ter notado, é uma legenda incrivelmente hilariante de insinuação sexual), enquanto o outro grupo só fez legendas bizarras ou chatas, como “Dog Who Breaks Rules” (algo como “cachorro que quebra as regras”, bisonhamente se referindo a alguma legislação que proíbe cães de comer esse pãozinho que, até onde sabemos, nunca existiu em qualquer momento da história da civilização). A questão é que a primeira resposta é inteligente e não óbvia, enquanto a segunda é preguiçosa ao ponto de não ter sentido.
A conclusão dos cientistas é que o grupo
cujos membros levantaram suas sobrancelhas tiveram uma maior quantidade de
atenção perceptiva que posteriormente se traduziu em uma maior quantidade de
atenção conceitual, reforçando assim o seu pensamento criativo. O outro grupo
olhou mais ou menos de soslaio para a imagem, o que diminuiu a sua atenção
perceptiva, e portanto sua criatividade.
29. Os olhos de uma pessoa podem dar
pistas sobre suas inclinações políticas
Na maioria das vezes, você sabe as
inclinações políticas de alguém porque ele faz questão de dizê-las. Nem todo
mundo transmite suas crenças através de adesivos no carro, no entanto.
Felizmente, há indícios sutis que
sugerem se uma pessoa é liberal ou conservadora. Por exemplo, pesquisadores
descobriram que, durante as conversas, pessoas de esquerda são mais propensas a
seguir o olhar da outra pessoa do que as conservadoras.
Vamos dizer que você está tendo uma
conversa com alguém e de repente você olha para algo ligeiramente à sua
direita, uma pessoa bonita ou uma zebra passando por ali. Liberais são mais
propensos a seguir o seu olhar e observar o que está observando, mesmo se isso
não tiver qualquer influência sobre a conversa. Se você olhar de novo, eles vão
seguir o seu olhar de novo, e assim por diante. Conservadores quase nunca vão
seguir o seu olhar, e sim vão continuar olhando diretamente para você, como
robôs. Os pesquisadores não sabem exatamente por que cada um tem esse
comportamento.
30. Use a simetria facial de alguém para
prever sua riqueza e potencial de liderança
Não contentes em serem muito mais
bonitos do que nós, a maioria assimétrica, pessoas com rostos simétricos também
são, no geral, mais ricas. Já aquele cara esquisito é o que você deve escolher
para te liderar em uma guerra.
A aparência de
seu rosto tem a ver com suas condições de desenvolvimento. Tabaco, nutrição
infantil, situação socioeconômica, doenças – inúmeros fatores podem te deixar
mais feio do que você já devia ser. Sua melhor aposta para não quebrar espelhos
durante toda a sua vida é simples: pais ricos.
É a ciência falando. De acordo com
estudos, pessoas com rostos simétricos geralmente têm infâncias privilegiadas
e, portanto, uma chance maior de serem ricas.
Já os desfavorecidos acabam com as
caretas. Eles não têm herança nem um sorriso perfeito nos quais se apoiar – é
sua coragem e personalidade que importam. Além do mais, só porque eles não são
tão bonitos quanto os idiotas simétricos, as pessoas esperam que eles se ferrem
na vida. É justamente isso que os torna líderes mais eficazes.
É claro que ter um rosto assimétrico não
quer dizer que alguém é automaticamente um Winston Churchill. Significa apenas
que tem as ferramentas para se tornar um. [Cracked]
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