Cientistas monitoraram pela primeira vez o cérebro de uma pessoa inconsciente. O método detecta o aumento e diminuição de atividade elétrica no cérebro momentos após uma injeção anestésica ser administrada.
Segundo cientistas do Congresso Europeu de Anestesiologia, em Amsterdã, Holanda, conforme o paciente perde consciência, partes diferentes do cérebro parecem “conversar” umas com as outras.
Embora as regiões do cérebro pareçam estar se comunicando conforme a “consciência desaparece”, o professor Brian Pollard adverte que ainda é cedo para que ele e sua equipe entendam o que está realmente acontecendo. Muitas varreduras do cérebro ainda têm que ser analisadas antes de poderem dizer algo conclusivo.
Ainda assim, a descoberta apoia a teoria apresentada pela professora Susan Greenfield, da Universidade de Oxford, que o inconsciente é um processo pelo qual diferentes áreas do cérebro inibem umas as outras conforme o cérebro se desliga.
A técnica poderá ajudar médicos a identificarem danos nos cérebros de pessoas que sofrem derrame e traumatismo craniano, fazendo acompanhamentos desses pacientes.
O novo método para fazer imagens do cérebro se chama Tomografia de Impedância Elétrica Funcional para Evocar Resposta (FEITER, na sigla em inglês), e é mais compacto do que outras técnicas de imagem cerebral, como a ressonância magnética funcional (fMRI), e facilmente transportável para a sala de operações.
Trata-se de prender dezenas de eletrodos na cabeça do paciente, que envia baixas correntes elétricas através do crânio. As correntes são interrompidas pelos tecidos do cérebro e sinais elétricos.
Brian Pollard explica que as estruturas do cérebro não devem se alterar por mais de um minuto ao longo da análise, e assim todas as diferenças observadas são devidas a mudanças na atividade do cérebro.[BBC]
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