segunda-feira, 7 de abril de 2014

Multidão ataca centro de tratamento de ebola na Guiné


BAMACO/CONACRI, 4 Abr (Reuters) - Uma multidão enfurecida atacou um centro de tratamento de ebola na Guiné nesta sexta-feira, acusando seus funcionários de trazer a doença mortal para a cidade, afirmou a instituição Médicos Sem Fronteiras, enquanto o Mali já identificou seus primeiros casos suspeitos.

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Mais de 90 pessoas já morreram na Guiné e na Libéria, no que o grupo de caridade médica alertou que poderia se transformar em uma epidemia sem precedentes em uma região pobre, com serviços de saúde precários.
É a primeira vez que a doença, comum na África Central, apareceu no país, que fica no oeste do continente africano. Pacientes infectados ficaram sem diagnóstico por várias semanas até exames confirmarem o ebola.
As notícias do surto alarmaram comunidades com pouco conhecimento da doença ou de como ela é transmitida, e os casos suspeitos no Mali aumentaram os temores de que a doença possa estar se espalhando na África Ocidental.
O porta-voz do grupo MSF, Sam Taylor, disse a um repórter da Fundação Thomson Reuters que a multidão em Macenta, cerca de 425 quilômetros a sudeste da capital, Conacri, acusou funcionários de trazer a doença para a cidade.
"Nós já retiramos todos os nossos funcionários e fechamos o centro de tratamento", disse ele. "Temos o apoio total dos líderes locais e estamos trabalhando com as autoridades para tentar resolver esse problema o mais rápido possível, para que possamos começar a tratar as pessoas de novo."
Ele se recusou a dar mais detalhes sobre o incidente, inclusive se algum integrante da equipe ficou ferido.
O surto mais recente da doença teve origem na Guiné há dois meses. A vizinha Serra Leoa, desde então, relatou casos suspeitos, enquanto o governo da Libéria confirmou a presença do ebola em seu território. A Gâmbia colocou duas pessoas em quarentena, embora o Ministério da Saúde tenha dito que os casos eram negativos.
(Reportagem de Adama Diarra, Saliou Samb e Misha Hussain, em Conacri, para a Fundação Thomson Reuters)

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