Inventor
alega que seu produto, batizado de ‘Soylent’, não apenas substitui alimentos
como é superior
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Um norte-americano que alega se
alimentar quase exclusivamente de um produto sintético que ele mesmo criou – e
que diz que os alimentos tradicionais são obsoletos – gerou um debate nos
Estados Unidos, enfrentando a ira das pessoas defensoras da alimentação natural
e orgânica. Rob Rhinehart alega que seu produto, batizado de Soylent, não
apenas substitui os alimentos como é superior a eles.
Trata-se de um pó que, ao ser misturado com água, resulta num líquido bege e levemente adocicado. A quantidade recomendada para um mês (3,5 kg) é vendida a US$ 230 (cerca de R$ 514). “Ele contém todos os nutrientes necessários para substituir alimentos de forma eficiente e se tornar uma fonte alimentar padrão para toda a humanidade, que pode ser produzida sem precisar de agricultura”, disse Rhinehart à BBC Brasil.
“O alimento natural nem sempre é melhor. Com o tempo, invenções do homem são sempre superiores aos seus correspondentes encontrados na natureza. O Soylent gera menos impacto ambiental que alimentos orgânicos, que exigem grandes quantidades de terra, água e pesticidas, além de muita mão de obra. Assim que conseguirmos provar que ele é mais ecologicamente eficiente e sustentável, aqueles interessados em preservar o planeta ficarão muito felizes com o produto”.
Prazer. Há mais de um ano, 90% da dieta de Rhinehart é exclusivamente composta por Soylent. Engenheiro de software, o inventor garante que nunca se sentiu tão saudável e produtivo e, embora às vezes coma por prazer alimentos como sushi ou churrasco, garante não haver motivos para complementar a dieta.
Porém, a Sociedade Americana para Nutrição (ASN) não acredita que o Soylent seja a resposta para uma alimentação completa nem que seja inovador. “O Soylent não é diferente de produtos comerciais semelhantes que oferecem uma nutrição completa de forma líquida”, disse Roger Clemens, porta-voz da ASN e professor adjunto de farmacologia da Universidade do Sul da Califórnia (USC), à BBC Brasil.
Antipatia. O Soylent desperta antipatia da parcela crescente da população norte-americana que promove e compra produtos orgânicos em nome de uma alimentação natural e livre de ingredientes artificiais. Cerca de 81% das famílias norte-americanas dizem comprar alimentos orgânicos ao menos algumas vezes. Esse mercado deve crescer 14% por ano até 2018, segundo a consultoria Research & Markets.
O médico Russell Saunders diz que não recomendaria Soylent para seus pacientes nem trocaria um bom pedaço de bacon por um copo da bebida. Saunders teme que Rhinehart esteja inventando seus dados conforme desenvolve o produto e que o inventor não saiba “o que está fazendo”.
Para o site PricePlow, especializado em suplementos alimentares, “em 30 anos, vamos estar morrendo de rir desse produto, ainda mais do que rimos hoje. Esses idiotas vão prejudicar a saúde deles e a dos outros”.
Dedicado a promover “um estilo de vida mais humano”, o site Rapture declarou que o Soylent é a “bebida mais odiada na internet”. É comum que Rhinehart receba mensagens de pessoas declarando seu ódio ao produto. “Dizem esperar que o Soylent me cause câncer”, diz o inventor.
Trata-se de um pó que, ao ser misturado com água, resulta num líquido bege e levemente adocicado. A quantidade recomendada para um mês (3,5 kg) é vendida a US$ 230 (cerca de R$ 514). “Ele contém todos os nutrientes necessários para substituir alimentos de forma eficiente e se tornar uma fonte alimentar padrão para toda a humanidade, que pode ser produzida sem precisar de agricultura”, disse Rhinehart à BBC Brasil.
“O alimento natural nem sempre é melhor. Com o tempo, invenções do homem são sempre superiores aos seus correspondentes encontrados na natureza. O Soylent gera menos impacto ambiental que alimentos orgânicos, que exigem grandes quantidades de terra, água e pesticidas, além de muita mão de obra. Assim que conseguirmos provar que ele é mais ecologicamente eficiente e sustentável, aqueles interessados em preservar o planeta ficarão muito felizes com o produto”.
Prazer. Há mais de um ano, 90% da dieta de Rhinehart é exclusivamente composta por Soylent. Engenheiro de software, o inventor garante que nunca se sentiu tão saudável e produtivo e, embora às vezes coma por prazer alimentos como sushi ou churrasco, garante não haver motivos para complementar a dieta.
Porém, a Sociedade Americana para Nutrição (ASN) não acredita que o Soylent seja a resposta para uma alimentação completa nem que seja inovador. “O Soylent não é diferente de produtos comerciais semelhantes que oferecem uma nutrição completa de forma líquida”, disse Roger Clemens, porta-voz da ASN e professor adjunto de farmacologia da Universidade do Sul da Califórnia (USC), à BBC Brasil.
Antipatia. O Soylent desperta antipatia da parcela crescente da população norte-americana que promove e compra produtos orgânicos em nome de uma alimentação natural e livre de ingredientes artificiais. Cerca de 81% das famílias norte-americanas dizem comprar alimentos orgânicos ao menos algumas vezes. Esse mercado deve crescer 14% por ano até 2018, segundo a consultoria Research & Markets.
O médico Russell Saunders diz que não recomendaria Soylent para seus pacientes nem trocaria um bom pedaço de bacon por um copo da bebida. Saunders teme que Rhinehart esteja inventando seus dados conforme desenvolve o produto e que o inventor não saiba “o que está fazendo”.
Para o site PricePlow, especializado em suplementos alimentares, “em 30 anos, vamos estar morrendo de rir desse produto, ainda mais do que rimos hoje. Esses idiotas vão prejudicar a saúde deles e a dos outros”.
Dedicado a promover “um estilo de vida mais humano”, o site Rapture declarou que o Soylent é a “bebida mais odiada na internet”. É comum que Rhinehart receba mensagens de pessoas declarando seu ódio ao produto. “Dizem esperar que o Soylent me cause câncer”, diz o inventor.
Origem
Nome. O nome do produto é inspirado no filme de ficção científica “No Mundo de 2020”, de 1973, (“Soylent Green” em inglês), em que a alimentação é fornecida pelas indústrias Soylent.
Nome. O nome do produto é inspirado no filme de ficção científica “No Mundo de 2020”, de 1973, (“Soylent Green” em inglês), em que a alimentação é fornecida pelas indústrias Soylent.
Outros fins
Rob Rhinehart garante que o produto é mais barato que alimentos tradicionais. Um dos seus objetivos é que o Soylent seja consumido em países em desenvolvimento, beneficiando populações menos privilegiadas.
Mas, segundo nutricionistas, outra desvantagem do produto é que ele elimina a mastigação, um aspecto importante da satisfação alimentar.
Rob Rhinehart garante que o produto é mais barato que alimentos tradicionais. Um dos seus objetivos é que o Soylent seja consumido em países em desenvolvimento, beneficiando populações menos privilegiadas.
Mas, segundo nutricionistas, outra desvantagem do produto é que ele elimina a mastigação, um aspecto importante da satisfação alimentar.
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