Por Manuel Luciano da Silva, Médico
Para ganharmos maior lanço em profetizarmos o que vai acontecer no campo da Medicina nos Anos Dois Mil, devemos fazer uma revisão rápida e retrospectiva da Medicina desde a Antiguidade, salientando os marcos mais importantes alcançados no progresso científico da Medicina.
Hipócrates
Quatrocentos anos antes de Cristo nascer, o médico grego Hipócrates na Ilha de Kós, começou a exercer medicina baseado única e exclusivamente nos sinais e sintomas das doenças, separando assim pela primeira vez na História da Humanidade, a medicina da religião e das bruxarias. Numa altura em que as superstições explicavam todos os fenómenos da natureza, Hipócrates conseguiu retirar o tratamento médico das mãos da religião. Foi o primeiro médico no mundo a tratar os doentes com dieta, ar fresco, mudança de clima, chamando a atenção para os maus hábitos e para as medidas higiénicas. Igualmente insistia que os medicamentos deviam ser administrados baseados nos seus efeitos curativos. Foi um passo gigante para a Medicina de tal modo que ainda hoje, no mundo ocidental, ele é cognominado o "Pai da Medicina".
Diabetes
Passaram-se 400 anos até que outro médico grego de nome Areteu na Capadócia descrevesse a doença que ele denominou de diabetes com os sintomas clássicos de ter muita sede, beber muito, comer muito e ao mesmo tempo ficar muito fraco ou asténico até entrar em coma.
Mas devido às influências do filósofo e fisiologista Aristóteles o mundo da medicina entrou no período chamado Galeno no qual a investigação científica médica esteve parada. Durante o Império Romano houve a preocupação dos balneários e das termas, mas os romanos comiam e bebiam exageradamente. Se triunfaram na arquitectura e nas artes, na investigação medicinal os romanos foram medíocres.
Só mil e seiscentos anos depois de Areteu ter descrito a doença da diabetes é que o médico inglês Thomas Willis descobriu que a urina dos diabéticos tinha açúcar porque teve a coragem de meter o dedo no penico e provar a urina dos doentes!
E assim durante séculos a medicina andou subjugada às influências "dos deuses e dos castigos", sem se fazer nenhuma investigação ou experiência médica científica! Parece que todas as energias eram concentradas nos aspectos religiosos, nas construções de templos e obras de arte de carácter religioso. Os lidadores concentravam as suas energias em preparar os seus cidadãos para o caminho do céu!
Foto: William Harvey fazendo uma demonstração ao Rei Carlos I da Inglaterra, com o coração de um veado. Circulação Sanguínea
Para ganharmos maior lanço em profetizarmos o que vai acontecer no campo da Medicina nos Anos Dois Mil, devemos fazer uma revisão rápida e retrospectiva da Medicina desde a Antiguidade, salientando os marcos mais importantes alcançados no progresso científico da Medicina.
Hipócrates
Quatrocentos anos antes de Cristo nascer, o médico grego Hipócrates na Ilha de Kós, começou a exercer medicina baseado única e exclusivamente nos sinais e sintomas das doenças, separando assim pela primeira vez na História da Humanidade, a medicina da religião e das bruxarias. Numa altura em que as superstições explicavam todos os fenómenos da natureza, Hipócrates conseguiu retirar o tratamento médico das mãos da religião. Foi o primeiro médico no mundo a tratar os doentes com dieta, ar fresco, mudança de clima, chamando a atenção para os maus hábitos e para as medidas higiénicas. Igualmente insistia que os medicamentos deviam ser administrados baseados nos seus efeitos curativos. Foi um passo gigante para a Medicina de tal modo que ainda hoje, no mundo ocidental, ele é cognominado o "Pai da Medicina".
Diabetes
Passaram-se 400 anos até que outro médico grego de nome Areteu na Capadócia descrevesse a doença que ele denominou de diabetes com os sintomas clássicos de ter muita sede, beber muito, comer muito e ao mesmo tempo ficar muito fraco ou asténico até entrar em coma.
Mas devido às influências do filósofo e fisiologista Aristóteles o mundo da medicina entrou no período chamado Galeno no qual a investigação científica médica esteve parada. Durante o Império Romano houve a preocupação dos balneários e das termas, mas os romanos comiam e bebiam exageradamente. Se triunfaram na arquitectura e nas artes, na investigação medicinal os romanos foram medíocres.
Só mil e seiscentos anos depois de Areteu ter descrito a doença da diabetes é que o médico inglês Thomas Willis descobriu que a urina dos diabéticos tinha açúcar porque teve a coragem de meter o dedo no penico e provar a urina dos doentes!
E assim durante séculos a medicina andou subjugada às influências "dos deuses e dos castigos", sem se fazer nenhuma investigação ou experiência médica científica! Parece que todas as energias eram concentradas nos aspectos religiosos, nas construções de templos e obras de arte de carácter religioso. Os lidadores concentravam as suas energias em preparar os seus cidadãos para o caminho do céu!
Foto: William Harvey fazendo uma demonstração ao Rei Carlos I da Inglaterra, com o coração de um veado. Circulação Sanguínea
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