segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Novas razões para deixar de fumar


Redução da mortalidade
Investigadores estado-unidenses identificam os perigos do fumo de 'terceira mão'
Quando se abandonam os cigarros, a mortalidade desce mais rápido do quer se acreditava.

Actualizado terça-feira 06/01/2009 03:09 (CET)

ISABEL F. LANTIGUA

MADRID. – Decidiu-se uma vez mais, deixar de fumar em 2009? Marca a mesma meta cada ano mas nunca consegue? Tranquilize-se, não é o único. Tampouco actrizes como Cameron Diaz e Katherine Heigl (da série 'Anatomía do Grey') o conseguiram, apesar de que sempre é um dos seus objectivos de Ano Novo. Agora, duas recentes investigações manifestam novos riscos do tabaco para a saúde, e o rápido que se melhora, uma vez que se diz adeus aos cigarros, podem dar-lhe esse empurrãozito que lhe falta para romper definitivamente com a nicotina.

O primeiro trabalho, publicado na revista 'Proceedings of the National Academy of Sciences' (PNAS), apresenta um novo modelo estatístico para predizer a mortalidade de homens e mulheres entre 2004 e 2034. Graças a esta ferramenta, os autores concluem que quando se abandona o tabaco, a descida na taxa de mortalidade é mais rápida do que se acreditava.

Assim, tendo em conta o ritmo com que a sociedade está deixando de fumar, estimam que para 2034, os homens entre 50 e 85 anos têm 22,5% mais possibilidades de viver que o que tinham em 2004. Uma percentagem que baixa aos 7,4% no caso das mulheres."O facto de que a mortalidade masculina desce mais rápido que a feminina, é só um reflexo de que os homens estão deixando os cigarros mais que elas, e de forma muito mais contundente", explicam os investigadores.

A novidade do modelo reside em que tem em conta os anos que o indivíduo fumou quando completa os 40, em vez do número de cigarros que consome. "O tempo que se leva fumando, mais que a intensidade do hábito, é uma variável muito mais eficaz para predizer o risco de morte por cancro do pulmão, que têm os fumadores", explica Samuel Preston, da Universidade de Pensilvânia (EUA) e coordenador do estudo. Ademais avaliam o risco em separado para ambos os sexos.

Fumo nos tapetes

Por outro lado, um estudo na revista 'Pediatrics' identifica um novo risco do tabaco que afecta aos não fumadores. Trata-se do 'fumo de terceira mão', termo que idealizaram os médicos do Hospital Infantil MassGeneral de Boston (EUA) para referenciar as partículas daninhas que permanecem na roupa e nos tapetes e que são prejudiciais, sobretudo, para as crianças.

Os pais que fumam devem abrir as janelas ou acalmar a sua necessidade de nicotina em habitações onde não estejam os seus filhos, para evitar os efeitos nocivos do fumo ambiental, também chamado 'fumo de segunda mão'. Sem dúvida, não são conscientes de que nas almofadas, nos tapetes, na roupa e, incluso, o pelo deixam resíduos dos cigarros, que incluem metais pesados, partículas carcinógenas e outros materiais daninhos.

A investigação, realizada em 1.500 lugares dos EUA, assinala que 95% dos indivíduos não fumadores e 84% dos fumadores sabem que "inalar o fumo do cigarro de um pai pode prejudicar a saúde dos meninos." Não obstante, só 43% dos aficionados do tabaco conhece os perigos do 'fumo de terceira mão'.

EL MUNDO
Traduzido do espanhol.Visite-me também em: Universidade, Universe, Universal, X-Files

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