Heather continua viva depois da extracção de seis órgãos vitais e um tumor
EFE
Uma equipa de cirurgiões do hospital infantil presbiteriano Morgan Stanley de Nova Iorque (EEUU), salvou a vida a uma menina depois de extrair-lhe seis órgãos vitais, debaixo dos quais se escondia um tumor cancerígeno de grandes dimensiones no abdómen.
Segundo o diário Newsday, na sua edição online, os médicos do hospital nova-iorquino informaram que extraíram a Heather McNamara, de 7 anos, o estômago, o pâncreas, o baço, o fígado e ambos intestinos para poder extirpar um tumor maligno do tamanho de uma bola de ténis. A complicada operação teve lugar no passado 6 de Fevereiro.
A menina, que vive em Long Island (Nova Iorque), já está na sua casa, segundo indicaram vários meios de informação estado-unidenses. Durante a intervenção, que durou mais de 23 horas, a equipa de cirurgiões manteve vivos os órgãos do mesmo modo como se tivesse procedido num transplante habitual, colocando-os a baixa temperatura enquanto extirpavam o tumor.
"Foi uma cirurgia de alto risco", assinalou a edição pela Internet do 'USA Today' o cirurgião chefe, Tomoaki Kato, que acrescentou "tinha uma grande responsabilidade sobre as costas e estava muito nervoso".
O pai, Joseph McNamara, de 46 anos, ofereceu-se como possível doador no caso de que os médicos não pudessem salvar o fígado da sua filha.
Não se puderam salvar três órgãos.
O cancro estendeu-se até ao estômago, ao pâncreas e ao baço da menina, pelo que os médicos não puderam salvar estes órgãos.
Para substituir o estômago, já que sem esse órgão não é possível viver, a equipa de cirurgiões criou uma bolsa com tecido intestinal que é capaz de reter os alimentos até que passem ao intestino delgado.
Apesar deste substitutivo, a pequena precisa da ajuda de uma máquina de bombear para comer, que transporta numa mochila.
Heather necessitará também de injecções de insulina e de enzimas que a ajudem a digerir as comidas, já que a perda do pâncreas fez com que sofra de diabetes.
Até agora, só se registou outro caso similar ao de Heather no mundo, mas esta é a primeira vez que uma equipa de cirurgiões realizou de maneira satisfatória una intervenção destas características num menino.
EL MUNDO
Traduzido do espanhol
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