Com o singelo rótulo de «sais de banho», uma droga devastadora, que entrou nos EUA há cerca de um ano, disseminou-se e agora alarma médicos por causa dos seus efeitos psicóticos e paranóicos. Trata-se de uma mistura de substâncias jamais testada em humanos, cuja fórmula foi banida em 28 dos 51 Estados norte-americanos, mas ainda não tem veto do governo federal.
Em 2010, a Associação Americana de Centros de Controlo de Envenenamento (AAPCC) registou 303 pessoas atendidas em hospitais por contaminação pela droga. Esse total subiu para 3.470 no primeiro semestre deste ano. «Se misturar todos os piores efeitos da cocaína, do LSD, do PCP e do ecstasy terá um resultado comparável ao dos sais de banho», descreveu Mark Ryan, PhD em Farmácia e director do Centro de Envenenamento de Louisiana.
Em geral, a droga é fabricada com base em duas substâncias: a metilenodioxipirovalerona (MDPV) e a mefedrona. A primeira é uma substituta química da catinona, composto estimulante do khat, uma planta do norte da África cuja venda é ilegal nos EUA, mas usada em vários países como repelente de insectos.
Apesar das proibições nos 28 Estados, o acesso à droga é fácil no país. Pode ser encontrada na Internet, em lojas de conveniência e até entre os verdadeiros sais de banho, com sugestivos nomes: Pomba Vermelha, Seda Azul, Zoom, Nuvem Nove, Neve Oceânica, Onda Lunar, Céu de Baunilha e Furacão Charlie.
Os consumidores têm sido levados para as urgências hospitalares por comportamento violento, hipertensão, alucinações e crises paranóicas. Geralmente, são internados no sector psiquiátrico.
DIARIODIGITAL
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