segunda-feira, 21 de março de 2011

Pessoas trabalhadoras e responsáveis vivem mais


Nada de relaxar: segundo um novo estudo, o tipo de pessoa trabalhadora e prudente é a que vive mais tempo.

Ou seja, se você quer melhorar sua saúde, não deve apenas fazer academia, mas envolver-se em projetos significativos e produtivos.

A pesquisa seguiu 1.528 crianças superdotadas desde o início dos anos 1920 até sua morte. A parte sobre saúde e longevidade do projeto vem sendo estudada há 20 anos. Entre os resultados, o estudo mostra que pessoas conscientes e prudentes vivem alguns anos a mais do que os despreocupados.

Também, o casamento prolonga a vida dos homens, mas faz pouca diferença para as mulheres. Os laços sociais são impulsionadores de longevidade para ambos os sexos. Trabalhadores que avançaram em suas carreiras e assumiram mais responsabilidade também tinham maior probabilidade de viver uma vida longa e saudável.

As crianças recrutadas para o estudo foram identificadas por seus professores como os alunos mais brilhantes durante os anos 1920. Na época, o professor Lewis Terman queria estudar se a inteligência levava ao sucesso na vida adulta.

Traços de personalidade de cada criança foram registrados, como outras informações biográficas e demográficas. Elas mostraram uma grande variação na forma como foram bem sucedidas mais tarde na vida; as carreiras variaram de correspondente internacional a físico atômico e de caminhoneiro a secretária.

Lewis Terman morreu em 1956, e mais de três décadas depois, outros cientistas transformaram a pesquisa em um estudo de saúde. Eles também adicionaram novas informações sobre os participantes, incluindo certificados de óbito.

A grande surpresa foi que a personalidade e o caráter das crianças podem prever a sua saúde e longevidade através das décadas. Mais do que o nível socioeconômico, a persistência, a confiança e os laços sociais realmente importavam para promover a saúde.

Crianças confiáveis e prudentes, em média, evitavam riscos e tinham relações estáveis, um grande impulso para a saúde, a felicidade e a longevidade. Os genes também desempenhavam um papel na longevidade.

Esses traços de personalidade prolongaram a vida das pessoas por uma média de dois a três anos, oequivalente a 20 a 30% menor risco de morte precoce.

Em muitos casos, os participantes fizeram a sua própria sorte: uma personalidade responsável ajudou a evitar até mesmo riscos aparentemente aleatórios. A geração estudada foi a que lutou na Segunda Guerra Mundial, e a posição de combate mais estressante estava no Pacífico.

Quando os cientistas analisaram os que lutaram na guerra, encontraram uma correlação surpreendente. Não foi ao acaso que as crianças mais impulsivas e irresponsáveis acabaram combatendo no Pacífico.

O casamento também ajudou os homens. Os que se casaram, e ficaram casados, eram propensos a viver além da idade de 70 anos, mas menos de um terço dos homens divorciados chegaram a essa idade. Homens que nunca se casaram sobreviveram aos que se divorciaram, mas não aqueles que permaneceram casados.

Os pesquisadores acreditam que as esposas são portas a um círculo social. Com o divórcio, os homens perdem apoio social, importante para a saúde e a felicidade.

Outra descoberta é que tanto homens quanto mulheres com traços considerados mais “femininos”, como desejo por companhia e compartilhamento de sentimentos, vivem mais do que as pessoas com traços mais fechados, “masculinos”.

Embora a personalidade pareça afetar a longevidade, os pesquisadores afirmam que os brinchalhões da turma de hoje não devem temer uma morte precoce. As pessoas podem mudar, e aqueles que reforçam a sua ética de trabalho mais tarde na vida também vêem os benefícios na saúde e longevidade. [LiveScience]

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