Você com certeza deve conhecer alguma criança que leva um peso absurdo na
mochila da escola. Independente do peso específico, ele sempre parece ser muito
para aqueles pequenos ossos e músculos ainda em formação. E são, podendo levar
a dores crônicas nas costas e a prejuízos ortopédicos duradouros.
Segundo o médico Pierre D’Hemecourt, do Hospital Infantil de Boston, Estados
Unidos, fraturas das costas, inflamação da cartilagem, luxação do pescoço e
danos aos nervos do pescoço e dos ombros figuram entre os riscos de se carregar
muito peso.
Uma comissão federal dos Estados Unidos reportou que carregar uma mochila de
cerca de 5 quilogramas durante um ano tem um peso acumulativo nos corpos das
crianças equivalente a pouco mais de 9 toneladas (cerca de seis carros
populares).
E esse problema tem chamado atenção de administradores públicos em todo o
mundo. Pesquisadores de Milão, Itália, descobriram que mais de 34% das crianças
italianas carregavam o equivalente a mais de 30% do seu peso corporal pelo
menos uma vez por semana, excedendo os limites para os adultos.
Em outro estudo, na Espanha, que avaliou o peso das mochilas e a saúde de
mais de 1.400 crianças entre 12 e 17 anos, mais de 60% carregavam mochilas com
peso equivalente a 10% de seu peso corporal. Sem surpresa alguma, um em cada
quatro estudantes sofreu de dores nas costas por mais de 15 dias. A escoliose
foi responsável por 70% dos casos com dores.
Segundo especialistas, o fato de vivermos na era digital pode ser a solução
para esses problemas. Livros digitais e a possibilidade de fazer lições online
devem entrar na pauta das escolas.
Mas há um probleminha se isso acontecer: a desculpa de que o cachorro comeu
sua tarefa vira coisa do passado. As melhores desculpas serão “minha bateria
estragou e não pude carregá-la” ou “derrubei meu iPad na banheira”. Será que
cola? [TheNewYorkTimes, Foto]
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