quinta-feira, 12 de agosto de 2010

PGR abre inquérito ao caso de doentes cegos em Lagoa


Apesar de não ter recebido qualquer queixa, o Ministério Público abriu um inquérito.

O Ministério Público abriu um inquérito ao caso da clínica I-Qmed de Lagoa, no Algarve.

A Procuradoria Geral da República (PGR) afirma numa nota que, "relativamente ao caso ocorrido na Clínica I-Qmed de Lagoa, embora ainda não tenha sido apresentada qualquer queixa, foi determinada a abertura de inquérito".

Económico com Lusa 12/08/10 12:36

Quatro pessoas encontram-se internadas no Hospital dos Capuchos, em Lisboa, em estado grave após terem sido submetidas a operações aos olhos na I-Qmed, que funcionava sem licença da Entidade Reguladora da Saúde.

Três doentes que foram operados às cataratas ficaram cegos de um olho e uma mulher de 35 anos que fez um implante de lentes intra-oculares corre o risco de cegar dos dois olhos.

A clínica onde as pessoas foram operadas estava em situação irregular, estando a Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS) a investigar o caso desde 28 de Julho.

O oftalmologista holandês responsável pela clínica foi ouvido pela IGAS no domingo, numa inquirição que se estendeu por mais de seis horas, tendo-se mostrado muito colaborante com a investigação em curso, disse uma fonte ligada ao processo.

A Ordem dos Médicos abriu um inquérito e um processo disciplinar ao médico oftalmologista e mostrou-se disponível para colaborar com todas as outras entidades na investigação a este caso.

O bastonário da OM, Pedro Nunes, adiantou que será ainda averiguado se o clínico, de origem holandesa, estava ou não registado ou inscrito na Ordem dos Médicos.

Segundo a imprensa de hoje, o médico é suspeito de ter causado problemas oftalmológicos a outros 14 doentes holandeses na sequência de intervenções na clínica de Lagoa, tendo apresentado queixas às autoridades da Holanda.

Comentário)

Joseph People , LX | 12/08/10 16:56
Em Portugal
Há em Portugal uma entidade que é accionista de 1/4 de todas as empresas, mas que não investiu um cêntimo no seu capital e ainda cria dificuldades para que estas se desenvolvam, e que ainda assim não paga a tempo e horas.

Há em Portugal uma entidade que tem uma comissão de mais de 1/5 de todas as transacções, contudo não garante que caso o cliente não pague ao fornecedor seja devidamente punido a tempo e horas.

Há em Portugal uma entidade que apesar de cobrar metade do valor gerado por cada português, obriga este português a pagar impostos sobre impostos nos carros, portagens sobre impostos nas autoestradas, impostos sobre bens essenciais como a energia, a água, o solo e que ainda assim não garante a manutenção das florestas, o pagamento aos bombeiros, a segurança de pessoas e bens que é suportado novamente pelos privados.

Há em Portugal serviços públicos que servem de fachadas para angariação de clientes de empresas privadas de funcionários "públicos", que funcionam mal para que os privados se vejam obrigados a corromper ou a recorrer aos serviços destas empresas.

Há em Portugal uma entidade que apesar de gastar mais per capita que todos os países da EU em saúde, os cidadãos cumpridores não tenham devido acesso ao SNS.

Há em Portugal uma entidade que apesar de gastar uma fortuna em educação tem os índices mais baixos de aproveitamento escolar e maior necessidade de formação adicional, paga pelas empresas se querem ter colaboradores qualificados.

Há em Portugal uma entidade que faz as leis, mas que é sempre a primeira a transgredir, seja no cumprimento do orçamento de estado, seja na contratação de trabalhadores a recibos verdes, seja na violação do segredo de justiça, seja no alimento à corrupção.

Há em Portugal terreno fértil para uma revolução que termine com estas injustiças de tirar a quem trabalha para quem não quer trabalhar, para tirar a quem estuda a quem não quer estudar, de tirar a quem merece para dar a quem não cumpre.

Sem comentários:

Enviar um comentário