As mulheres que fumam têm 25% mais probabilidades de sofrer doenças cardíacas do que os homens. São conclusões de uma pesquisa que utilizou os dados de pouco menos de 2,4 milhões de pessoas com problemas cardíacos, realizada nos EUA por especialistas da Universidade de Minnesota e da Johhs Hopkins University, entre 1966 e 2010.
O estudo, publicado na revista médica especializada Lancet, afirma ainda que as mulheres em média fumam menos cigarros por dia do que homens, mas acrescenta que ainda assim elas têm mais hipóteses de sofrer de doenças coronárias, o que se pode ficar a dever a diferenças fisiológicas entre os dois sexos.
As mulheres, afirma a pesquisa, «possivelmente extraem uma maior quantidade de cancerígenos e outros agentes tóxicos a partir da mesma quantidade de cigarros que os homens».
A teoria das diferenças fisiológicas, afirmam os analistas envolvidos no estudo, pode ser reforçada, por trabalhos anteriores que mostraram que as mulheres fumadoras têm o dobro do risco de sofrer cancro de pulmão do que homens.
Os investigadores afirmam que a diferença no percentual da incidência de doenças coronárias entre homens e mulheres fumadoras pode ser ainda maior do que 25%, já que em muitos países o hábito de fumar entre mulheres é mais recente do que entre homens.
O documento afirma que fumar é uma das principais causas de doenças coronárias em todo o mundo e «continuará a ser enquanto populações que até recentemente haviam escapado incólumes da epidemia do fumo passarem a fumar em níveis só vistos anteriormente em países de elevados rendimentos».
O problema, afirmam os analistas, pode ser ainda mais agravado, já que «a popularidade do acto de fumar estaria a aumentar entre mulheres jovens de países de rendimentos baixos ou médios».
Entre as conclusões presentes na pesquisa está a de que as autoridades governamentais devem criar políticas específicas para coibir o vício do fumo entre as mulheres.
DIARIODIGITAL
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