terça-feira, 3 de maio de 2011

Doenças cardíacas: ter boa forma física ajuda mais do que ser magro


Corra para a academia: segundo um novo estudo, o nível de aptidão física, e não o peso corporal, é um preditor mais importante para saber se as pessoas com vasos sanguíneos obstruídos morrerão em pouco tempo, ou não.

855 homens e mulheres que faziam parte de um programa de reabilitação cardíaca participaram da pesquisa. No passado, todos tiveram ataques cardíacos ou crises de dor torácicas graves relacionadas a problemas cardíacos. Alguns realizaram procedimentos médicos ou cirúrgicos para ajudar a desobstruir vasos sanguíneos no coração.

Para avaliar a aptidão dos pacientes, os médicos os observaram andando em escadas rolantes. Cada paciente recebeu uma pontuação baseada na distância que conseguiu andar e na capacidade de oxigenar durante o exercício (principais aspectos da aptidão física).

Os pesquisadores também usaram o índice de massa corporal – IMC (proporção entre peso e altura) para determinar se os pacientes estavam com sobrepeso ou obesos.

Se você tem doenças cardíacas, a saída é fazer exercício. A pesquisa mostra que estar acima do peso ou ser obeso, mas ter um coração que tolera exercícios pesados, é muito melhor do que ser uma pessoa magra que não aguenta subir um morro.

Não surpreendentemente, os pacientes cardíacos em má forma física, e pacientes com grandes quantidades de gordura concentrada nos quadris e abdômen (obesidade central), eram muito mais propensos a morrer durante o período de 14 anos do estudo.

A combinação “pouco exercício físico” e “obesidade central” foi ainda mais perigosa, aumentando o risco de morte cerca de sete vezes.

Os pacientes aptos e relativamente magros tiveram as mais baixas probabilidades de morrer durante o período de estudo, e constituíram um “grupo de controle”.

Pacientes aptos com sobrepeso eram cerca de duas vezes mais propensos a morrer, enquanto pacientes aptos obesos tinham três vezes mais chance de morte em comparação ao grupo de controle.

As coisas foram mais complicadas para os não aptos. Pacientes com baixa pontuação física e com sobrepeso eram quase sete vezes mais propensos a morrer durante o estudo, comparado ao grupo de controle.

Porém, pacientes com peso normal, mas não aptos fisicamente tinham quase dez vezes mais probabilidade de morrer. Ou seja, enquanto uma pessoa com doença cardíaca permanecer ativa, ser obesa (pelo menos de acordo com seu IMC) não parece tornar seu prognóstico pior.

Os pesquisadores ofereceram várias explicações do porquê a obesidade não parece ter o impacto que se poderia esperar. As pessoas obesas geralmente vão ao médico com mais frequência e, portanto, são mais propensas a tratarem de colesterol elevado, um fator de risco para ataques cardíacos e derrames, por exemplo.

Também, comparado com as pessoas magras, as obesas têm mais reservas de energia para ajudá-las em doenças graves. Além disso, estudos têm mostrado que os obesos parecem ser mais capazes de suprimir a inflamação associada a danos no coração, embora as razões para isso não sejam claras.

Motivos e teorias de lado, a mensagem é clara: melhore a sua aptidão. A boa notícia é que é mais fácil aperfeiçoar a forma física do que emagrecer. [Reuters]

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