quarta-feira, 4 de maio de 2011

Substância tóxica ainda por identificar causa desmaios a 13 estudantes de três escolas 04 de Maio de 2011, 18:40


Luanda, 04 Mai (Lusa) -- Uma substância tóxica ainda não identificada provocou hoje desmaios em 13 crianças, de três unidades escolares da zona do Nova Vida, município do Kilamba Kiaxi, à semelhança do que aconteceu na semana passada.
Na semana passada, 80 alunos de um dos institutos afetados hoje e de duas outras escolas diferentes, localizadas na mesma área, tiveram de ser internados em unidades hospitalares da zona, depois de sete terem desmaiado.
De acordo com a Rádio Nacional de Angola, as crianças hoje afetadas pertencem à escola do segundo ciclo 6052 e aos institutos médios politécnicos e de gestão, todos localizados no mesmo perímetro.
Segundo o diretor da escola 6052, Luís Filipe Leitão Ribeiro, os alunos estavam de regresso às aulas, depois de alguns dias de suspensão das mesmas, para uma equipa de peritos averiguar o que estava na base do sucedido.
"Tínhamos a garantia (dos peritos) de que estava concluído o trabalho, mas surpreendemo-nos hoje com a mesma situação. Temos orientações superiores para que as aulas continuem suspensas até à conclusão dos trabalhos", disse em declarações à emissora nacional o diretor da escola.
Luís Filipe Leitão Ribeiro referiu que hoje pela manhã, antes do início das aulas, manteve um encontro com os alunos para saber do seu estado de saúde, tendo muitos deles apresentado queixas de dores de cabeça, irritações, dores no peito e musculares, os mesmos sintomas apresentados na semana passada.
"Conversei com os alunos hoje de manhã numa assembleia e muitos deles queixavam-se das mesmas coisas. Pedimos a eles para se manterem em casa até completa recuperação e informei-os que vamos pedir aos hospitais um pouco mais de atenção nos cuidados a terem com eles", salientou o responsável.
A equipa de peritos, que trabalha desde a semana passada para identificar as causas dos desmaios, ainda não conseguiu obter nenhum dado, mas suspeita que o produto que está a causar o problema pode ser proveniente de algumas lavras, que se encontram nas imediações.
"De facto, pela posição em que estamos e conforme vêm os ventos, suspeita-se que a proveniência só poderá ser destas lavras. Os técnicos estão no terreno a trabalhar e a qualquer momento vão dar uma informação", explicou Luís Filipe Leitão Ribeiro.
A equipa de peritos é composta por agentes da Polícia Nacional e da Direcção Nacional de Investigação Criminal, que trabalham em colaboração com técnicos do Ministério da Saúde.
NME
Lusa/Fim

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