Um novo debate sobre quanto tempo as mamães devem amamentar seus bebês antes de dá-los alimentos sólidos esquentou nas últimas semanas.
O conselho atual da Organização Mundial de Saúde (OMS) é amamentar exclusivamente por seis meses. Mas um novo relatório indica que, se as mães seguirem essas linhas, seus bebês podem acabar anêmicos, com maior risco de alergias e doença celíaca, para não falar nas propensões a odiar verduras e obesidade.
Pesquisadores citam novas evidências que os bebês correm o risco de desnutrição e anemia se as mães insistirem em amamentá-los por todos os seis meses, devendo parar antes. Os bebês também estão em maior risco de alergias, embora ninguém possa dizer com certeza qual a melhor época para dar alimentos potencialmente alergênicos, como amendoim.
Outros especialistas defenderam as atuais orientações da OMS. Segundo eles, o leite materno confere muitos benefícios de saúde para o bebê que duram uma vida. Eles acreditam que seria um retrocesso mudar tais orientações, notando que uma nova política poderia beneficiar apenas a indústria de alimentos infantis que – obviamente – não quis apoiar as orientações de amamentação exclusiva durante 6 meses.
A ironia final é que praticamente ninguém tem conhecimento dos conselhos da OMS e cerca de 65% das nações do mundo não adotam essa linha. No entanto, pelo menos algumas coisas são sagradas. Segundo os cientistas, o valor da amamentação, superior a mamadeira, é incontestável, e não está em debate. O que muda é que o aleitamento materno exclusivo até seis meses é justificado nos países mais pobres, mas nos países mais ricos pode ser a hora de reavaliar o melhor momento para o desmame. [NewScientist]
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