Na Europa é a democracia ocidental, em Portugal – não se consegue situar o continente desta criatura – é a democracia de matadouro. Em Angola é a democracia petrolífera. Na minha modesta opinião o actual jornalismo português é, espelha o seu povo que pode muito bem ser disciplinado, organizado, muito desenvolvido… mas como parece que não existe ninguém no governo para o ensinar, continuará na anárquica sobrevivência.
«Censura, 0 - Mário Crespo, 1
«O Jornal de Notícias já foi um grande jornal. Mais: foi mesmo o diário que, de longe, vendia mais em todo o país e o que, a anos-luz de todos os outros, dava mais lucro.
http://ventonortept.blogspot.com/ ALTO HAMA
Quase da noite para o dia aqueles que fizeram o JN grande foram corridos ou postos na prateleira, sendo substituídos por meninos de ouro que sabiam tudo e diziam ámen aos patrões.
O resultado está à vista. Para espanto de muitos o JN acaba de dispensar o seu principal cronista – Mário Crespo, jornalista íntegro e premiado. Motivo? O do costume. O tipo dizia mal do Chefe (Jefe, em Castelhano), este mandou telefonar e… zás! - pontapé no rabo.
A última crónica já não saiu. Nela, o jornalista da SIC revelava o teor de uma conversa entre o Chefe (Chief, em Inglês) e vários membros do Governo durante um almoço. De acordo com testemunhas, o Chefe (Capo, em Italiano) referia-se a Mário Crespo como “um débil mental que precisa de ir para o manicómio” e como “um problema que tem de ter solução”.
Para o Chefe (Fuhrer, em Alemão), a solução foi a do costume – mandou telefonar aos meninos de ouro. Resultado: a crónica foi censurada e a Mário Crespo não lhe restava, claro, outra alternativa a não ser cessar toda e qualquer colaboração com o JN.
Um dos presentes no almoço foi o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão (eu sempre suspeitei daquela pinta na cara…). Instado pela SIC a comentar o assunto, o seu gabinete foi lacónico: “Este Governo não se ocupa de bisbilhotices”. Eu pergunto: já agora, o Chefe ocupa-se de quê?...»
Imagem: http://3.bp.blogspot.com/
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