SEMANÁRIO ANGOLENSE
A embaixadora da Boa Vontade do UNICEF, Victoria Becker, «chorou e ficou bastante traumatizada» ao assistir, na segunda-feira, 29, à morte de uma criança, no Hospital Provincial o Bengo (Província de Angola a Norte de Luanda). Fonte do Ministério da saúde informou ao SEMANÁRIO ANGOLENSE que o bebé nasceu com sete meses de gestação e, ao invés de permanecer numa incubadora, estava somente numa cama. «Por outro lado, o recém-nascido não era alimentado havia três dias, porque a mãe, que também se encontra doente, não possui leite para amamentar, nem dinheiro para comprá-lo e o hospital não se dignou a comprar esse alimento para dar ao bebé.
Portanto, a criança morreu por negligência dos responsáveis do hospital», considera a nossa fonte. Victoria Becker questionou a direcção do estabelecimento hospitalar por que motivo a criança ali estava exposta, mas a justificação dada é que o hospital não possui uma única incubadora.
Para aumentar o drama que a embaixadora do UNICEF começou a viver em Caxito, a seguir ela deslocou-se à Pediatria «David Bernardino», em Luanda, e ali constatou igualmente o falecimento de várias crianças, mas desta feita por sarampo. «Em Angola ainda se morre de sarampo?», indagou, chocada, a embaixadora do UNICEF, ante choros e dor de várias mães e pais. Indignada, Victoria Becker, esposa do antigo tenista sueco Boris Becker, pretendia regressar à Alemanha sem implementar o programa que a trouxe a Angola, de combate ao sarampo.
«A embaixadora só não abandonou Angola de imediato devido a vários pedidos que lhe foram feitos por diversas entidades. Mas ela vai levar uma imagem muito negativa das autoridades sanitárias angolanas».
PM
SA
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