A Morte
Expectativa de vida
Momento num café
quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida
Confiantes da vida.
Um no entanto descobriu num gesto largo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade
Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.
Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980. p.128
André Malraux ( 1901-1976 ), pensador francês, escreveu que na vida somos hóspedes de passagem...
A morte é um processo biológico natural e necessário. É condição indispensável à sobrevivência da espécie e fundamental para a "aventura humana sobre a terra". Através da morte a vida se alimenta e se renova. Desta maneira a morte não seria a negação da vida e sim um artificio da natureza para tornar possível a manutenção da vida.
O conceito puramente biológico de morte, entretanto, não é bem aceito pelo homem. O homem tende a analisar a morte filosoficamente criando aspectos que transcendem aqueles puramente biológicos.
A morte é vista de maneira diferente segundo diferentes grupos sociais e de acordo com aspectos religiosos, éticos e culturais. Basicamente a sociedade ocidental rejeita a morte procurando constantemente vencê-la e para isso se baseia no seu desenvolvimento científico. A tentativa de vencer ou no mínimo contornar a morte leva a centenas de situações que muitas vezes se confundem com a ficção.
A duração máxima da vida humana atualmente é de cerca de 120 anos. Alguns centros científicos dedicados ao estudo dos mecanismos de morte trabalham com uma expectativa de levar a vida até os 400 anos... Trabalhos científicos parecem demonstrar que o processo de envelhecimento que leva à morte não é um processo passivo mas sim ativo e programado.
Este programa estaria na intimidade das células, dentro dos cromossomos que contém nosso patrimônio genético. Nasceríamos já com a morte predeterminada geneticamente...
A ciência que estuda a morte é denominada tanatologia. A morte é a cessação da vida devida a alterações irreversíveis que ocorrem no metabolismo celular. A tanatologia estuda aspectos biológicos, sociais, psicológicos, emocionais, legais e éticos relativos à morte.
A biologia da morte sinteticamente é a destruição celular devido a ausência de entrada de energia. No processo de falta de energia estão a falta de oxigênio e a parada da circulação sangüínea, que levam à ruptura da estrutura celular e em conseqüência dos tecidos e dos órgãos. O organismo não tem como estocar oxigênio e a sua falta leva rapidamente ao processo de morte celular.
As células nervosas não agüentam mais do que 8 minutos sem oxigênio ao contrário das células da pele que podem sobreviver por várias horas.
Copyright © 2000 eHealth Latin América
http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3171&ReturnCatID=1770
Expectativa de vida
Momento num café
quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida
Confiantes da vida.
Um no entanto descobriu num gesto largo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade
Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.
Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980. p.128
André Malraux ( 1901-1976 ), pensador francês, escreveu que na vida somos hóspedes de passagem...
A morte é um processo biológico natural e necessário. É condição indispensável à sobrevivência da espécie e fundamental para a "aventura humana sobre a terra". Através da morte a vida se alimenta e se renova. Desta maneira a morte não seria a negação da vida e sim um artificio da natureza para tornar possível a manutenção da vida.
O conceito puramente biológico de morte, entretanto, não é bem aceito pelo homem. O homem tende a analisar a morte filosoficamente criando aspectos que transcendem aqueles puramente biológicos.
A morte é vista de maneira diferente segundo diferentes grupos sociais e de acordo com aspectos religiosos, éticos e culturais. Basicamente a sociedade ocidental rejeita a morte procurando constantemente vencê-la e para isso se baseia no seu desenvolvimento científico. A tentativa de vencer ou no mínimo contornar a morte leva a centenas de situações que muitas vezes se confundem com a ficção.
A duração máxima da vida humana atualmente é de cerca de 120 anos. Alguns centros científicos dedicados ao estudo dos mecanismos de morte trabalham com uma expectativa de levar a vida até os 400 anos... Trabalhos científicos parecem demonstrar que o processo de envelhecimento que leva à morte não é um processo passivo mas sim ativo e programado.
Este programa estaria na intimidade das células, dentro dos cromossomos que contém nosso patrimônio genético. Nasceríamos já com a morte predeterminada geneticamente...
A ciência que estuda a morte é denominada tanatologia. A morte é a cessação da vida devida a alterações irreversíveis que ocorrem no metabolismo celular. A tanatologia estuda aspectos biológicos, sociais, psicológicos, emocionais, legais e éticos relativos à morte.
A biologia da morte sinteticamente é a destruição celular devido a ausência de entrada de energia. No processo de falta de energia estão a falta de oxigênio e a parada da circulação sangüínea, que levam à ruptura da estrutura celular e em conseqüência dos tecidos e dos órgãos. O organismo não tem como estocar oxigênio e a sua falta leva rapidamente ao processo de morte celular.
As células nervosas não agüentam mais do que 8 minutos sem oxigênio ao contrário das células da pele que podem sobreviver por várias horas.
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