Marcelo Gigliotti, JORNAL DO BRASIL
RIO - O modelo brasileiro de coleta e doação de leite materno para crianças é considerado o melhor do mundo. E isso quem afirma é a Organização Mundial de Saúde (OMS). O Brasil, assim, se tornou uma referência mundial na questão, transferindo tecnologia para 22 países. Possui ainda a maior rede de bancos de leite materno (ou humano) no mundo, com 195 unidades, além de 72 postos de coleta em funcionamento no país.
– O que diferencia o modelo brasileiro dos estrangeiros é a humanização do serviço. Nós não estamos simplesmente enchendo garrafinhas de leite e distribuindo para as crianças. Há todo um trabalho, um compromisso, com a mulher e a criança – comenta João Aprígio, coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.
Segundo João Aprígio, um dos criadores do primeiro centro de pesquisa de leite humano da América latina, que funciona no Instituto Fernandes Figueira (IFF), no Rio de janeiro, o que diferencia o modelo brasileiro dos demais é o fato de os bancos de leite serem um local de apoio para a mulher que está temporariamente sem condições de amamentar e, especialmente, para os bebês que precisam do leite.
– Procuramos dar toda a assistência à mulher para resgatar a lactação dela. Nós procuramos saber: por que a mãe não está amamentando; qual a necessidade do bebê – comenta Aprígio, do IFF, da Fiocruz, onde foi implantado, em 1986, o primeiro centro de pesquisa de leite humano da América Latina.
De acordo com Aprígio, a maioria dos bebês que necessita do leite doado é formada por prematuros.
– Na maioria das vezes, a mãe destes bebês prematuros passou por um estresse muito grande e ainda não desenvolveu a lactação ou não produz leite suficiente – explica.
Reaproximação
Ele diz que um dos principais trabalhos nos 196 bancos de leite e centros de pesquisa nacionais é fazer justamente a reaproximação da mãe com o bebê. Isso é feito com terapias, massagens e muita orientação.
– A preocupação não é só com o leite, mas com a relação entre mãe e filho – diz.
Esta abordagem humanística acabou levando o Brasil a ganhar um prêmio da Organização Mundial de Saúde, em 2001 e, junto a ele, o convite para ajudar 22 países da comunidade íbero-americana (Portugal, Espanha e países de línguas latinas das Américas) a implantar modelo semelhante.
– Em Madri, na Espanha, o novo modelo está funcionando com êxito há dois anos. É uma cooperação diferente, do Sul para o Norte – diz Aprígio, com orgulho.
01:25 - 02/10/2009
RIO - O modelo brasileiro de coleta e doação de leite materno para crianças é considerado o melhor do mundo. E isso quem afirma é a Organização Mundial de Saúde (OMS). O Brasil, assim, se tornou uma referência mundial na questão, transferindo tecnologia para 22 países. Possui ainda a maior rede de bancos de leite materno (ou humano) no mundo, com 195 unidades, além de 72 postos de coleta em funcionamento no país.
– O que diferencia o modelo brasileiro dos estrangeiros é a humanização do serviço. Nós não estamos simplesmente enchendo garrafinhas de leite e distribuindo para as crianças. Há todo um trabalho, um compromisso, com a mulher e a criança – comenta João Aprígio, coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.
Segundo João Aprígio, um dos criadores do primeiro centro de pesquisa de leite humano da América latina, que funciona no Instituto Fernandes Figueira (IFF), no Rio de janeiro, o que diferencia o modelo brasileiro dos demais é o fato de os bancos de leite serem um local de apoio para a mulher que está temporariamente sem condições de amamentar e, especialmente, para os bebês que precisam do leite.
– Procuramos dar toda a assistência à mulher para resgatar a lactação dela. Nós procuramos saber: por que a mãe não está amamentando; qual a necessidade do bebê – comenta Aprígio, do IFF, da Fiocruz, onde foi implantado, em 1986, o primeiro centro de pesquisa de leite humano da América Latina.
De acordo com Aprígio, a maioria dos bebês que necessita do leite doado é formada por prematuros.
– Na maioria das vezes, a mãe destes bebês prematuros passou por um estresse muito grande e ainda não desenvolveu a lactação ou não produz leite suficiente – explica.
Reaproximação
Ele diz que um dos principais trabalhos nos 196 bancos de leite e centros de pesquisa nacionais é fazer justamente a reaproximação da mãe com o bebê. Isso é feito com terapias, massagens e muita orientação.
– A preocupação não é só com o leite, mas com a relação entre mãe e filho – diz.
Esta abordagem humanística acabou levando o Brasil a ganhar um prêmio da Organização Mundial de Saúde, em 2001 e, junto a ele, o convite para ajudar 22 países da comunidade íbero-americana (Portugal, Espanha e países de línguas latinas das Américas) a implantar modelo semelhante.
– Em Madri, na Espanha, o novo modelo está funcionando com êxito há dois anos. É uma cooperação diferente, do Sul para o Norte – diz Aprígio, com orgulho.
01:25 - 02/10/2009
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