Michael Brooks - da "New Scientist"
http://www.professorinterativo.com.br/ivan/artigos/069_internet.htm
Biscoitos espertos
Apesar de as implicações do servidor de Bollen serem de grande alcance, seu mecanismo é suficientemente simples. Ele identifica cada usuário descarregando pequenas sequências de dados chamadas "cookies" (biscoitos) para o disco rígido. Ao mesmo tempo, grava as rotas de cada usuário ao percorrer o site.
Quando ele retorna, o servidor verifica se há "cookies" indicando que ele já esteve navegando por lá. Em caso positivo, o servidor apresenta páginas que o usuário poderia querer ver. Também ajusta sua estrutura -o padrão de hiperlinks- para agradar o usuário. Além de fortalecer e enfraquecer links, ele cria novos links usando um processo que Heylighen chama de "transitividade".
Quando um usuário se move de A para B e então para C, por exemplo, o servidor vai inferir que C é provavelmente relevante para A e criará um link direto entre eles. Ou seja, ele encontra atalhos. Heylighen vê esse tipo de flexibilidade como inevitável para o futuro da rede mundial de computadores. "Não há muito mais a se fazer: temos os dados e os algoritmos prontos", disse. E não serão apenas servidores individuais que se adaptarão dessa maneira. "Não consigo ver nenhuma razão pela qual isso não possa ser implementado na rede como um todo", diz Heylighen. "A transitividade levará à contínua reorganização da rede, fazendo-a ainda mais eficiente", enfatiza Heylighen.
Eventualmente, a rede saberá tanto sobre o usuário que seus pedidos mais comuns aos mecanismos de busca retornarão exatamente o que ele precisa, sempre. "Qualquer que seja o problema que as pessoas tenham, qualquer tipo de questão para o qual elas buscam uma resposta, tudo ficará mais fácil porque a rede vai se organizar e se adaptar ao que as pessoas esperam dela", afirma Heylighen.
E isso pode estar acontecendo nos próximos cinco anos, ele prevê. Toda a tecnologia já está disponível -o maior empecilho é convencer os poderes por trás da Internet a adotar os protocolos comuns necessários. Há mais do que mecanismos de busca velozes e sites adaptados aos usuários. Heylighen propõe que, por ser modelada com base no cérebro humano, a rede será inteligente. "Mesmo umas poucas páginas trabalhando do jeito certo vão mostrar sinais de inteligência", diz. Quem sabe que tipo de mente poderia emergir? Não serão apenas pessoas seguindo hiperlinks e simples mecanismos de busca que reorganizam a rede. Pequenos programas autônomos, ou "agentes", vão também atuar como mediadores.
Se um agente encontra algo que parece se encaixar no que está sendo procurado, ele vai adicionar um link à página. "Ele chegará a um tipo de conclusão. Isso é um pensamento", afirma Heylighen. Em outras palavras, fazendo conexões entre conceitos que não existiam anteriormente, o cérebro eletrônico começará a pensar.
Talvez nem isso seja preciso para atingir inteligência. Um dos critérios para determinar inteligência é o teste de Turing, no qual pesquisadores pedem a seres humanos que descubram se estão se comunicando com uma máquina ou outra pessoa. Se a pessoa não consegue notar a diferença, a máquina é considerada inteligente. Algumas máquinas já estão conseguindo esse feito em contextos específicos.
http://www.professorinterativo.com.br/ivan/artigos/069_internet.htm
Biscoitos espertos
Apesar de as implicações do servidor de Bollen serem de grande alcance, seu mecanismo é suficientemente simples. Ele identifica cada usuário descarregando pequenas sequências de dados chamadas "cookies" (biscoitos) para o disco rígido. Ao mesmo tempo, grava as rotas de cada usuário ao percorrer o site.
Quando ele retorna, o servidor verifica se há "cookies" indicando que ele já esteve navegando por lá. Em caso positivo, o servidor apresenta páginas que o usuário poderia querer ver. Também ajusta sua estrutura -o padrão de hiperlinks- para agradar o usuário. Além de fortalecer e enfraquecer links, ele cria novos links usando um processo que Heylighen chama de "transitividade".
Quando um usuário se move de A para B e então para C, por exemplo, o servidor vai inferir que C é provavelmente relevante para A e criará um link direto entre eles. Ou seja, ele encontra atalhos. Heylighen vê esse tipo de flexibilidade como inevitável para o futuro da rede mundial de computadores. "Não há muito mais a se fazer: temos os dados e os algoritmos prontos", disse. E não serão apenas servidores individuais que se adaptarão dessa maneira. "Não consigo ver nenhuma razão pela qual isso não possa ser implementado na rede como um todo", diz Heylighen. "A transitividade levará à contínua reorganização da rede, fazendo-a ainda mais eficiente", enfatiza Heylighen.
Eventualmente, a rede saberá tanto sobre o usuário que seus pedidos mais comuns aos mecanismos de busca retornarão exatamente o que ele precisa, sempre. "Qualquer que seja o problema que as pessoas tenham, qualquer tipo de questão para o qual elas buscam uma resposta, tudo ficará mais fácil porque a rede vai se organizar e se adaptar ao que as pessoas esperam dela", afirma Heylighen.
E isso pode estar acontecendo nos próximos cinco anos, ele prevê. Toda a tecnologia já está disponível -o maior empecilho é convencer os poderes por trás da Internet a adotar os protocolos comuns necessários. Há mais do que mecanismos de busca velozes e sites adaptados aos usuários. Heylighen propõe que, por ser modelada com base no cérebro humano, a rede será inteligente. "Mesmo umas poucas páginas trabalhando do jeito certo vão mostrar sinais de inteligência", diz. Quem sabe que tipo de mente poderia emergir? Não serão apenas pessoas seguindo hiperlinks e simples mecanismos de busca que reorganizam a rede. Pequenos programas autônomos, ou "agentes", vão também atuar como mediadores.
Se um agente encontra algo que parece se encaixar no que está sendo procurado, ele vai adicionar um link à página. "Ele chegará a um tipo de conclusão. Isso é um pensamento", afirma Heylighen. Em outras palavras, fazendo conexões entre conceitos que não existiam anteriormente, o cérebro eletrônico começará a pensar.
Talvez nem isso seja preciso para atingir inteligência. Um dos critérios para determinar inteligência é o teste de Turing, no qual pesquisadores pedem a seres humanos que descubram se estão se comunicando com uma máquina ou outra pessoa. Se a pessoa não consegue notar a diferença, a máquina é considerada inteligente. Algumas máquinas já estão conseguindo esse feito em contextos específicos.
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