A maioria das mulheres deverá começar a fazer mamografias regulares a partir dos 50 anos, e não dos 40, de acordo com as novas directivas apresentadas ontem pelo United States Preventive Services Task Force, um painel de peritos independentes que estabelece linhas orientadoras seguidas pelos médicos, companhias de seguros e legisladores americanos.
Ian Waldie/Reuters PÚBLICO ÚLTIMA HORA
De acordo com o relatório do painel, os benefícios das mamografias deverão ser contrastados com as suas desvantagens
As novas recomendações – que revertem as indicações dadas em 2002 pelo mesmo organismo – não se aplicam, porém, às mulheres que correm riscos acrescidos de desenvolver cancro de mama.
O objectivo destas novas recomendações é reduzir o mal causado pelo excesso de zelo que se tem verificado. De acordo com o United States Preventive Services Task Force, as mamografias frequentes espoletam a realização de novos testes, como biopsias, que podem gerar muita ansiedade entre as pacientes. E as mamografias podem igualmente detectar cancros que crescem tão lentamente que nunca seriam encontrados durante o tempo de vida das mulheres, dando origem a tratamentos desnecessários.
No geral, de acordo com o relatório do painel, publicado nos Anais da Medicina Interna e divulgado ontem, os benefícios das mamografias – que reduzem a taxa de mortalidade por cancro da mama em 15 por cento – deverão ser contrastados com as suas desvantagens. As duas coisas deverão ser pesadas na decisão final.
O organismo indica que, apesar de os riscos serem maiores para as mulheres de 40 anos, a probabilidade de ter cancro da mama é menor nesta idade do que aos 50 anos.
O mesmo organismo recomenda igualmente que as mulheres entre os 50 e os 74 anos devem realizar mamografias menos frequentemente: a cada dois anos, em vez de todos os anos.
Mais polémico ainda: os médicos do painel independente recomendaram também que os médicos deverão deixar de insistir com as mulheres para estas fazerem regularmente o auto-exame da mama, alegadamente por não conseguir provar a sua eficácia, avança o “The New York Times”.
Esta nova avaliação do U.S. Preventive Services Task Force já fez estalar a polémica e nem todos os organismos públicos estão dispostos a seguir os novos conselhos.
A American Cancer Society e o American College of Radiology já fizeram saber que preferem continuar a seguir as anteriores directivas, que recomendam mamografias a partir dos 40 anos.
O National Cancer Institute indicou ontem que está a reavaliar as suas directivas internas à luz do que foi divulgado agora pelo painel.
Por outro lado, o National Breast Cancer Coalition, a Breast Cancer Action e a National Women’s Health Network já anunciaram que aceitam as novas directivas. “Esta é uma oportunidade para olharmos para além das emoções”, indicou Fran Visco, presidente da National Breast Cancer Coalition. A força de trabalho “é um corpo independente de peritos que olhou objectivamente para os dados”, indicou Visco, citado pelo “The New York Times”. “Estas são as pessoas a quem nós devíamos estar a prestar atenção no que toca a mensagens de saúde pública”, acrescentou.
Ian Waldie/Reuters PÚBLICO ÚLTIMA HORA
De acordo com o relatório do painel, os benefícios das mamografias deverão ser contrastados com as suas desvantagens
As novas recomendações – que revertem as indicações dadas em 2002 pelo mesmo organismo – não se aplicam, porém, às mulheres que correm riscos acrescidos de desenvolver cancro de mama.
O objectivo destas novas recomendações é reduzir o mal causado pelo excesso de zelo que se tem verificado. De acordo com o United States Preventive Services Task Force, as mamografias frequentes espoletam a realização de novos testes, como biopsias, que podem gerar muita ansiedade entre as pacientes. E as mamografias podem igualmente detectar cancros que crescem tão lentamente que nunca seriam encontrados durante o tempo de vida das mulheres, dando origem a tratamentos desnecessários.
No geral, de acordo com o relatório do painel, publicado nos Anais da Medicina Interna e divulgado ontem, os benefícios das mamografias – que reduzem a taxa de mortalidade por cancro da mama em 15 por cento – deverão ser contrastados com as suas desvantagens. As duas coisas deverão ser pesadas na decisão final.
O organismo indica que, apesar de os riscos serem maiores para as mulheres de 40 anos, a probabilidade de ter cancro da mama é menor nesta idade do que aos 50 anos.
O mesmo organismo recomenda igualmente que as mulheres entre os 50 e os 74 anos devem realizar mamografias menos frequentemente: a cada dois anos, em vez de todos os anos.
Mais polémico ainda: os médicos do painel independente recomendaram também que os médicos deverão deixar de insistir com as mulheres para estas fazerem regularmente o auto-exame da mama, alegadamente por não conseguir provar a sua eficácia, avança o “The New York Times”.
Esta nova avaliação do U.S. Preventive Services Task Force já fez estalar a polémica e nem todos os organismos públicos estão dispostos a seguir os novos conselhos.
A American Cancer Society e o American College of Radiology já fizeram saber que preferem continuar a seguir as anteriores directivas, que recomendam mamografias a partir dos 40 anos.
O National Cancer Institute indicou ontem que está a reavaliar as suas directivas internas à luz do que foi divulgado agora pelo painel.
Por outro lado, o National Breast Cancer Coalition, a Breast Cancer Action e a National Women’s Health Network já anunciaram que aceitam as novas directivas. “Esta é uma oportunidade para olharmos para além das emoções”, indicou Fran Visco, presidente da National Breast Cancer Coalition. A força de trabalho “é um corpo independente de peritos que olhou objectivamente para os dados”, indicou Visco, citado pelo “The New York Times”. “Estas são as pessoas a quem nós devíamos estar a prestar atenção no que toca a mensagens de saúde pública”, acrescentou.
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