Pesquisadores acreditam que a rede mundial está prestes a adquirir inteligência
Michael Brooks - da "New Scientist"
http://www.professorinterativo.com.br/ivan/artigos/069_internet.htm
Quanto mais trabalho nisso, mais me convenço de que isso será uma realidade em breve -muito mais cedo do que a maioria das pessoas imagina", diz Francis Heylighen, pesquisador de inteligência artificial na Universidade Livre de Bruxelas, Bélgica, falando sobre o "cérebro global". Sua forma embrionária é conhecida como Internet, mas a rede está a ponto de "acordar". "Ela vai gradualmente tornar-se mais e mais inteligente", afirma. Em algum momento, esclarece, formará o centro nervoso de um superorganismo global, no qual os humanos serão apenas uma pequena parte.
A questão é: O cérebro global deve ser bem-vindo ou temido? Os seres humanos serão libertados pela inteligência global, ou insensivelmente explorados por ela? O cérebro global irá crescer, segundo Heylighen, nas tentativas de controlar as grandes quantidades de informação depositadas na rede. Conhecer é muito mais do que meramente coletar informação: ela precisa ser organizada de modo que se possa recuperar exatamente o que se procura. Mecanismos de busca simples e sites montados por pessoas que não sabem o que a outra está procurando podem tornar a rede um lugar desolador para encontrar a informação que se quer.
O projeto Sistemas de Conhecimentos Distribuídos (DKS, na sigla em inglês), criado pelo Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México (EUA), está mudando tudo isso. Johan Bollen, um ex-estudante de Heylighen, construiu um servidor, chamado Principia Cybernetica Web, que é capaz de reconstruir continuamente os links entre suas páginas para se adaptar às necessidades dos usuários.
Em um site convencional, os hiperlinks são fixados por quem quer que tenha projetado as páginas. O servidor de Bollen é mais esperto que isso: ele coloca novos hiperlinks onde acha que serão úteis aos navegantes e tira links antigos, já em desuso. O resultado é um sistema dinâmico de fortalecimento e enfraquecimento de links entre diversas páginas.
Esses hiperlinks mutantes têm uma grande semelhança com conexões que surgem e desaparecem em um cérebro humano. Se um neurônio no cérebro é ativado logo após outro, a sinapse (região de contato entre seus terminais) conectando os dois fica mais forte. No fim das contas, a força da conexão cresce em função do grau de atividade. No Principia Cybernetica Web, os algoritmos reforçarão links populares exibindo-os constantemente na página, enquanto links usados raramente vão ter sua presença reduzida e morrer. É o primeiro passo na rota do cérebro global.
Michael Brooks - da "New Scientist"
http://www.professorinterativo.com.br/ivan/artigos/069_internet.htm
Quanto mais trabalho nisso, mais me convenço de que isso será uma realidade em breve -muito mais cedo do que a maioria das pessoas imagina", diz Francis Heylighen, pesquisador de inteligência artificial na Universidade Livre de Bruxelas, Bélgica, falando sobre o "cérebro global". Sua forma embrionária é conhecida como Internet, mas a rede está a ponto de "acordar". "Ela vai gradualmente tornar-se mais e mais inteligente", afirma. Em algum momento, esclarece, formará o centro nervoso de um superorganismo global, no qual os humanos serão apenas uma pequena parte.
A questão é: O cérebro global deve ser bem-vindo ou temido? Os seres humanos serão libertados pela inteligência global, ou insensivelmente explorados por ela? O cérebro global irá crescer, segundo Heylighen, nas tentativas de controlar as grandes quantidades de informação depositadas na rede. Conhecer é muito mais do que meramente coletar informação: ela precisa ser organizada de modo que se possa recuperar exatamente o que se procura. Mecanismos de busca simples e sites montados por pessoas que não sabem o que a outra está procurando podem tornar a rede um lugar desolador para encontrar a informação que se quer.
O projeto Sistemas de Conhecimentos Distribuídos (DKS, na sigla em inglês), criado pelo Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México (EUA), está mudando tudo isso. Johan Bollen, um ex-estudante de Heylighen, construiu um servidor, chamado Principia Cybernetica Web, que é capaz de reconstruir continuamente os links entre suas páginas para se adaptar às necessidades dos usuários.
Em um site convencional, os hiperlinks são fixados por quem quer que tenha projetado as páginas. O servidor de Bollen é mais esperto que isso: ele coloca novos hiperlinks onde acha que serão úteis aos navegantes e tira links antigos, já em desuso. O resultado é um sistema dinâmico de fortalecimento e enfraquecimento de links entre diversas páginas.
Esses hiperlinks mutantes têm uma grande semelhança com conexões que surgem e desaparecem em um cérebro humano. Se um neurônio no cérebro é ativado logo após outro, a sinapse (região de contato entre seus terminais) conectando os dois fica mais forte. No fim das contas, a força da conexão cresce em função do grau de atividade. No Principia Cybernetica Web, os algoritmos reforçarão links populares exibindo-os constantemente na página, enquanto links usados raramente vão ter sua presença reduzida e morrer. É o primeiro passo na rota do cérebro global.
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