Medida já foi revogada
Região da China queria obrigar funcionários públicos a fumarem mais para aumentar receitas fiscais
Uma região do centro da China descobriu uma maneira ou, pelo menos, julgou ter descoberto de revitalizar a economia local. A ideia foi obrigar os funcionários públicos a fumar mais. Mas as críticas não se fizeram esperar e as autoridades já voltaram com a palavra atrás.
Carla Pedro
cpedro@negocios.pt
Uma região do centro da China descobriu uma maneira – ou, pelo menos, julgou ter descoberto – de revitalizar a economia local. A ideia foi obrigar os funcionários públicos a fumar mais. Mas as críticas não se fizeram esperar e as autoridades já voltaram com a palavra atrás.
Segundo a imprensa internacional, foi ordenado aos funcionários públicos e professores de Gongan, na província rural de Hubei, que fumassem pelo menos 230.000 maços de tabaco por ano –no valor de 587.000 dólares – da marca local Hubei, de forma a ajudarem as finanças locais.
Aqueles que não atingissem os objectivos ou que fossem apanhados a fumar marcas de tabaco de outras províncias ou do estrangeiro seriam multados ou até mesmo demitidos, referia um documento governamental.
“Este regulamento irá revitalizar a economia local, através do imposto sobre o tabaco”, comentou ao jornal “Global Times” um membro da equipa de supervisão do mercado do tabaco na região de Hubei, Chen Nianzu.
No entanto, o governo tem estado a ser fortemente criticado pela imprensa local, que considera a medida nociva para a saúde, pelo que decidiu retirar o edital, refere a Reuters.
“Decidimos retirar este edital”, refere um comunicado colocado no website do governo daquela região (www.gongan.gov.cn). O edital foi inicialmente pensado para evitar a distribuição ilegal de cigarros na região de Gongan e para proteger as receitas fiscais e os direitos do consumidor”, acrescenta o comunicado.
A China é o maior produtor mundial de tabaco. O tabaco está fortemente enraizado na cultura da China, onde mais de metade dos médicos fuma, salienta a “BBC News” BBC.
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