Por Manuel Luciano da Silva, Médico
Vitaminas
A odisséia das vitaminas começou em 1911 com o Dr. Casimir Funk, um polaco a trabalhar na Alemanh a, quando descobriu que a doença do escorbuto era originada pela falta de vitamina C, enfermidade que foi o terror dos nossos marinheiros há quinhentos anos. Igualmente fez a ligação da falta da Vitamina B1 com a doença chamada beribéri. O Dr. Funk concebeu o nome vitamina, não por ter sintetizado as vitaminas, mas por se aperceber da sua importância para a vida, e por isso resolveu escolher o nome vitamina. Nos últimos oitenta anos os cientistas já descobriram quinze substâncias com características vitamínicas diferentes. Vitamina A, Complexo B1, B2, B, B12, Vitamina D, Vitamina K, etc. Não me parece que hajam muitas mais vitaminas para descobrir neste século que agora começa.
Antibióticos
Não há dúvida nenhuma que uma das razões porque a nossa longevidade aumentou tantos anos no Século XX se deve à descoberta dos antibióticos. Essa grande honra vai direitinha para o Dr. Alexander Fleming, escocês. Mas foi em Londres, Inglaterra, que ele em 1928, observou que uma cultura de bactérias estafilocócicas, depois de ter sido exposta ao ar e ter sido conspurcada pelo bolor, tinham sido destruídas. Havia qualquer coisa no bolor que destruía as bactérias estafilocócicas. A esse qualquer coisa ele deu o nome de Penicilina que se tornou o primeiro antibiótico e o mais importante até hoje. Depois de 1941, quando se começou a aplicar a penicilina, muitos outros antibióticos se descobriram e até muito mais potentes. A Estreptomicina para o tratamento da tuberculose (Dr. Selman Waksman, 1954), os antibióticos de grande espectro, etc. Mas o que tem vindo a acontecer ultimamente é que muitas das bactérias virulentas começaram a criar resistência aos vários tipos de antibióticos. Isto quer dizer que no próximo século a medicina vai ter uma grande batalha para continuar a dominar e a vencer as bactérias virulentas que já vivem na terra há mais de um bilião de anos!
Vacinas
O grande público ainda não se apercebeu que o uso das vacinas é indiscutivelmente a melhor medicina preventiva. Desde 1796, quando o Dr. Edward Jenner aplicou a primeira vacina contra a varíola, muitos milhões de pessoas foram salvas da morte certa. Já não existe mais à reveria, há vários anos, o vírus que causava a varíola! E porquê? Porque todas as nações foram obrigadas a vacinarem os seus cidadãos! Muitos de nós certamente nos lembramos do livrinho amarelo das vacinas que tinha que acompanhar o nosso passaporte quando viajávamos para outro país. Hoje o vírus da varíola existe apenas em frigoríficos em Moscovo e Washington como reserva de vacina no caso de rebentar alguma pandemia mundial.
Mas no campo vasto da conquista das vacinas podemos enumerar muito heróis. Nos últimos cinquenta anos a ciência médica conseguiu obter vacinas eficientes contra o tétano, conta a difteria, sarampo, trasorelho ou papeira, rubéloa, gripe ou influenza (flu), hepatite A e hepatite B, pneumonia, varicela (bexigas-loucas), e pólio ou paralisia infantil.
As vacinas contra a poliomielite são duas: Salk por injeção, (1952) com vírus mortos, e a vacina Sabin, por via oral, com vírus atenuados (1953). Calcula-se que dentro de quinhentos dias o pólio seja irradicado da terra como aconteceu à varíola. Isto ficar-se-à a dever aos esforços da Campanha Polio-Plus dos Clubes Rotários Internacionais que assumiram a responsabilidade de fornecer as vacinas gratuitas a todos os países do mundo.
Uma coisa é fundamental para este século que começa: é preciso que todas as pessoas adultas sejam vacinadas com todos os tipos de vacinas que já existem. Infelizmente ainda há o conceito que só as crianças é que devem ser vacinadas. As vacinas têm evitado que, não milhões, mas sim, biliões de seres humanos, tenham morrido ou ficassem inutilizados pelas sequelas das doenças que as receptivas vacinas protegem.
O que falta à Medicina fazer no Século XXI é encontrar a vacina contra a Sida ou Aids, contra os vários tipos de cancro e também contra a constipação comum. Já se fala até numa vacina contra o tabaco! Estou em crer que no próximo século todas as vacinas possam a ser tomadas por via oral.
As glórias médicas do Século XX
A Medicina do Século XX pode orgulhar-se das suas magníficas conquistas não só nos campos das vitaminas, antibióticos e vacinas, mas também nos exames laboratoriais, com realce para as descobertas tecnológicas do CAT scan e o do MRI. Com estes exames a Medicina pode obter fotografias pormenorizadas das entranhas humanas, importantíssimas para se fazer o diagnóstico preciso!
Imagem: Pasteur no seu laboratório em Paris, França
Vitaminas
A odisséia das vitaminas começou em 1911 com o Dr. Casimir Funk, um polaco a trabalhar na Alemanh a, quando descobriu que a doença do escorbuto era originada pela falta de vitamina C, enfermidade que foi o terror dos nossos marinheiros há quinhentos anos. Igualmente fez a ligação da falta da Vitamina B1 com a doença chamada beribéri. O Dr. Funk concebeu o nome vitamina, não por ter sintetizado as vitaminas, mas por se aperceber da sua importância para a vida, e por isso resolveu escolher o nome vitamina. Nos últimos oitenta anos os cientistas já descobriram quinze substâncias com características vitamínicas diferentes. Vitamina A, Complexo B1, B2, B, B12, Vitamina D, Vitamina K, etc. Não me parece que hajam muitas mais vitaminas para descobrir neste século que agora começa.
Antibióticos
Não há dúvida nenhuma que uma das razões porque a nossa longevidade aumentou tantos anos no Século XX se deve à descoberta dos antibióticos. Essa grande honra vai direitinha para o Dr. Alexander Fleming, escocês. Mas foi em Londres, Inglaterra, que ele em 1928, observou que uma cultura de bactérias estafilocócicas, depois de ter sido exposta ao ar e ter sido conspurcada pelo bolor, tinham sido destruídas. Havia qualquer coisa no bolor que destruía as bactérias estafilocócicas. A esse qualquer coisa ele deu o nome de Penicilina que se tornou o primeiro antibiótico e o mais importante até hoje. Depois de 1941, quando se começou a aplicar a penicilina, muitos outros antibióticos se descobriram e até muito mais potentes. A Estreptomicina para o tratamento da tuberculose (Dr. Selman Waksman, 1954), os antibióticos de grande espectro, etc. Mas o que tem vindo a acontecer ultimamente é que muitas das bactérias virulentas começaram a criar resistência aos vários tipos de antibióticos. Isto quer dizer que no próximo século a medicina vai ter uma grande batalha para continuar a dominar e a vencer as bactérias virulentas que já vivem na terra há mais de um bilião de anos!
Vacinas
O grande público ainda não se apercebeu que o uso das vacinas é indiscutivelmente a melhor medicina preventiva. Desde 1796, quando o Dr. Edward Jenner aplicou a primeira vacina contra a varíola, muitos milhões de pessoas foram salvas da morte certa. Já não existe mais à reveria, há vários anos, o vírus que causava a varíola! E porquê? Porque todas as nações foram obrigadas a vacinarem os seus cidadãos! Muitos de nós certamente nos lembramos do livrinho amarelo das vacinas que tinha que acompanhar o nosso passaporte quando viajávamos para outro país. Hoje o vírus da varíola existe apenas em frigoríficos em Moscovo e Washington como reserva de vacina no caso de rebentar alguma pandemia mundial.
Mas no campo vasto da conquista das vacinas podemos enumerar muito heróis. Nos últimos cinquenta anos a ciência médica conseguiu obter vacinas eficientes contra o tétano, conta a difteria, sarampo, trasorelho ou papeira, rubéloa, gripe ou influenza (flu), hepatite A e hepatite B, pneumonia, varicela (bexigas-loucas), e pólio ou paralisia infantil.
As vacinas contra a poliomielite são duas: Salk por injeção, (1952) com vírus mortos, e a vacina Sabin, por via oral, com vírus atenuados (1953). Calcula-se que dentro de quinhentos dias o pólio seja irradicado da terra como aconteceu à varíola. Isto ficar-se-à a dever aos esforços da Campanha Polio-Plus dos Clubes Rotários Internacionais que assumiram a responsabilidade de fornecer as vacinas gratuitas a todos os países do mundo.
Uma coisa é fundamental para este século que começa: é preciso que todas as pessoas adultas sejam vacinadas com todos os tipos de vacinas que já existem. Infelizmente ainda há o conceito que só as crianças é que devem ser vacinadas. As vacinas têm evitado que, não milhões, mas sim, biliões de seres humanos, tenham morrido ou ficassem inutilizados pelas sequelas das doenças que as receptivas vacinas protegem.
O que falta à Medicina fazer no Século XXI é encontrar a vacina contra a Sida ou Aids, contra os vários tipos de cancro e também contra a constipação comum. Já se fala até numa vacina contra o tabaco! Estou em crer que no próximo século todas as vacinas possam a ser tomadas por via oral.
As glórias médicas do Século XX
A Medicina do Século XX pode orgulhar-se das suas magníficas conquistas não só nos campos das vitaminas, antibióticos e vacinas, mas também nos exames laboratoriais, com realce para as descobertas tecnológicas do CAT scan e o do MRI. Com estes exames a Medicina pode obter fotografias pormenorizadas das entranhas humanas, importantíssimas para se fazer o diagnóstico preciso!
Imagem: Pasteur no seu laboratório em Paris, França
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