Os cães são conhecidos pelo seu olfato surpreendente, o que lhes permite farejar uma variedade de doenças. Em uma recente pesquisa japonesa, um labrador foi capaz de identificar câncer de intestino em seus estágios iniciais, somente farejando a respiração e as fezes dos pacientes.
Para realizar o estudo, foram coletadas amostras de fezes e de respiração (através de sacos especialmente concebidos para o experimento) de 48 pacientes com câncer de intestino e de 258 pessoas sem nenhuma doença ou com histórico de câncer.
Em seguida, um labrador adulto realizava testes de olfato. O cão foi treinado para se sentar na frente da amostra, caso detectasse o câncer. A cada resposta certa, ganhava uma recompensa: um jogo de pega-pega com uma bola de tênis.
A precisão do cachorro impressionou os cientistas. Ele identificou corretamente 91% e 97% das amostras de ar e de fezes cancerosas, respectivamente, enquanto ignorou 99% das amostras livres de câncer. Suas reações eram exatas até mesmo quando o paciente era fumante ou possuía doenças do intestino que poderiam liberar odor.
Porém, os médicos ressaltam que muito tempo e dinheiro são necessários para treinar “cães farejadores de câncer”, o que inviabiliza a sua utilização em larga escala. A expectativa é de que os resultados do estudo ajudem na identificação dos componentes químicos que os cães detectam e, a partir disso, no desenvolvimento de um sensor capaz de diagnosticar precocemente a doença. [LiveScience]
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