De acordo com uma pesquisa publicada na revista Child Development, as horas de trabalho das mães podem estar associadas com o aumento do Índice de Massa Corporal (IMC) de seus filhos. Para realizar o estudo, os pesquisadores observaram o aumento de IMC de 900 crianças.
Os resultados mostram que, na terceira série, há um ganho de aproximadamente meio quilo a cada seis meses que a mãe trabalha. O ganho de peso se acumulava e a relação com o trabalho materno se tornava mais forte na medida em que a criança amadurecia, atingindo a quinta e a sexta séries.
As razões não são claras. Crianças com mães que não trabalham, por exemplo, assistiam cerca de 14,6 horas de TV por dia, comparada com 15,3 horas para as mães empregadas. Os pesquisadores também compararam a atividade física das crianças e seu tempo gasto sem supervisão entre as duas categorias de mães. Nenhum desses fatores explica a ligação entre o trabalho e peso das crianças.
Algumas possibilidades, no entanto, envolvem a pressão do tempo, pois os filhos de mães empregadas tendem a frequentar restaurantes e fast foods mais assiduamente. Outros fatores como os hábitos de sono, o tipo de comida e o tipo de atividades realizadas pela criança após a escola também se alteram quando os pais não estão por perto, mas essas variáveis não foram amparadas pela pesquisa.
Porém, os investigadores ressaltam que as mães não devem levar a pesquisa como um indicativo para sair do trabalho. “Se isso acontecesse, a obesidade infantil não desapareceria de forma alguma”, opina um dos autores do estudo, Taryn Morrisey. Além disso, o filho de uma mãe que trabalha não está condenado à obesidade.
A pesquisa não comparou o IMC das crianças com o emprego do pai, porque não havia um número significativo de pais que ficassem em casa para realizar as comparações. [CNN]
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