O fato da maconha não ser legalizada no Brasil traz
um grande debate acerca de seu uso para fins medicinais – já que nem para isso
ela é liberada por aqui. Várias pesquisas já provaram que a maconha pode
beneficiar pacientes de câncer, Aids, glaucoma e
esclerose múltipla. Mas como é que os médicos poderiam receitar a erva, se ela
é proibida? Será que as pessoas usariam maconha para se tratar, já que
normalmente só conhecem o lado negativo da droga? Esses são alguns dos debates
que ainda parecem sem solução.
Os benefícios medicinais que a planta traz já são
conhecidos há pelo menos seis mil anos, quando chineses já relatavam sugestões
de uso da maconha para tratar a asma, cólicas menstruais e inflamações de pele.
Até 1937, empresas dos Estados Unidos comercializavam chás feitos com
substâncias da maconha para combater asma, dor e estresse. O negócio fechou as
portas quando a erva foi proibida no país.
Mas é importante deixar claro que a erva não faz só
bem ao corpo, como
alguns defensores da legalização defendem. Quando não é usada adequadamente
ou com acompanhamento médico, a substância pode ser prejudicial à saúde em
vários aspectos, como na perda de memória, no agravamento de
sintomas da esquizofrenia, além de disfunção
erétil, esclerose
múltipla e até mesmo encolhimento
do cérebro.
Esse artigo não pretende defender ou não a
legalização da maconha ou fazer apologia ao uso da planta, apenas mostrar as
propriedades medicinais que já foram descobertas. Abaixo, confira algumas das
doenças que a maconha pode ajudar a combater:
1 – Câncer
A canabis não cura o câncer, mas alivia o
sofrimento causado pela quimioterapia, diminuindo as crises de náusea e
vômitos. Isso pode ser essencial no tratamento, já que muitos pacientes
desistem dele por não aguentar as reações causadas no organismo. Em uma
pesquisa feita em 1991 pela Universidade Harvard (EUA), 70% dos médicos que
tratam câncer afirmaram que recomendariam o uso de maconha se ela fosse legalizada
nos EUA. Nesse mesmo ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a
maconha como medicamento.
2 – Aids
A cura definitiva para a Aids ainda não foi
encontrada. Mas os portadores da doença podem conseguir um efeito importante no
corpo usando a erva natural: o aumento de apetite. Sim, isso que popularmente
conhecemos como “larica”. Pacientes com Aids podem perder até quatro quilos por
mês e morrer por desnutrição. Mas a maconha não é indispensável, já que existem
outros medicamentos que produzem o mesmo efeito.
3 – Dor crônica
No início dos anos 90, foi
descoberta uma substância na canabis que é muito eficiente no combate à dor.
A erva natural é tão eficaz nisso que esse efeito já aparece em relatos
chineses de mais de quatro mil anos. Um americano chamado Burton Aldrich,
tetraplégico, afirmou que a maconha foi a única solução para o fim das dores
insuportáveis que ele sentia. “Depois de cinco minutos fumando maconha, os
espasmos foram embora e a dor neuropática desapareceu”, afirmou ele.
4 – Glaucoma
O glaucoma faz com que a pressão no olho aumente, o
que torna a doença a maior causa de cegueira no Brasil. A maconha diminui
essa pressão na órbita ocular, pois o THC – substância química que compõe a
planta – controla a ação dos líquidos que correm na córnea e na íris.
5 – Ansiedade
Chocolate, cigarro, chicletes… muitas pessoas
tentam combater a ansiedade com essas substâncias. A maconha é proibida, mas
também pode ser usada para tentar diminuir a agitação. Algumas pessoas,
principalmente as que não estão habituadas à erva, podem ter o efeito oposto,
entretanto. A maconha é usada também para o tratamento da depressão e insônia –
que podem surgir em decorrência da ansiedade em excesso. [Enrironmental Graffiti/Super/HSW]
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