No meio da loucura da sociedade moderna, a
meditação tem ganhado um status interessante como forma de combater o estresse
e melhorar a qualidade de vida. A ioga também cresceu como atividade,
justamente por promover um bem-estar espiritual.
Com isso, muitos estudos sobre a meditação
foram realizados, para saber, cientificamente, como ela poderia nos beneficiar.
E os resultados, até agora, tem sido maravilhosos: pesquisas mostraram que a meditação alivia a dor, aumenta a nossa capacidade de atenção, melhora nosso sistema imunológico e representa uma maior conexão entre o corpo e a mente do que até mesmo a dança.
E os resultados, até agora, tem sido maravilhosos: pesquisas mostraram que a meditação alivia a dor, aumenta a nossa capacidade de atenção, melhora nosso sistema imunológico e representa uma maior conexão entre o corpo e a mente do que até mesmo a dança.
Isso tudo tem a ver, então, com a forma como
a meditação altera nosso cérebro. Foi o que revelou um novo estudo, uma revisão
de pesquisas anteriores sobre a meditação, que descobriu que após quatro
semanas de prática (o que equivalente a apenas 11 horas) de meditação nosso
cérebro sofre mudanças físicas observáveis.
Os cientistas analisaram os resultados de
dois estudos de 2010, um com 45 estudantes da Universidade de Oregon (EUA), e
outro com 68 estudantes da Universidade de Tecnologia de Dalian (China).
Durante esses estudos, os participantes
praticaram treinamento integrativo de mente e corpo (TIMC), um tipo de
meditação intensa. Eles foram submetidos, também, a ressonâncias magnéticas do
cérebro.
Após duas semanas de prática, os
participantes apresentaram uma maior densidade de axônios, ou fibras nervosas,
no cérebro. Ao ficarem mais densas, as fibras nervosas, também chamadas de
“substância branca”, aumentaram o número de conexões cerebrais de sinalização.
Após um mês de prática, além do aumento de
densidade das fibras nervosas, foi observada também nos participantes a
expansão da mielina, um isolamento de proteção gordurosa que envolve as fibras
nervosas.
Esses efeitos foram vistos na região do
córtex cingulado anterior do cérebro, que ajuda a regular o comportamento. A
atividade nesta parte do cérebro está associada a várias doenças mentais, como
déficit de atenção, demência, depressão e esquizofrenia.
A mudança nessa parte do cérebro afetou os
participantes de forma positiva: eles apresentaram melhoras no humor, níveis
reduzidos de raiva, ansiedade, depressão e fadiga, além de níveis mais baixos
de cortisol, o hormônio do estresse.
Essa não é a primeira vez que um estudo
descobre que a meditação afeta o cérebro, já que um estudo de 2011 também ligou
a prática ao aumento da massa cinzenta no hipocampo, uma área do cérebro
importante para o aprendizado e a memória.
Aplicações
Segundo os pesquisadores, a meditação pode ser utilizada para combater doenças mentais. A meditação é uma intervenção simples e barata com potencial para melhorar ou prevenir transtornos do cérebro.
Segundo os pesquisadores, a meditação pode ser utilizada para combater doenças mentais. A meditação é uma intervenção simples e barata com potencial para melhorar ou prevenir transtornos do cérebro.
“As descobertas deste estudo são notícias
boas para todos nós. Se tão pouco quanto 11 horas de treinamento da mente
melhora nosso cérebro, essa atividade acessível a qualquer pessoa a qualquer
momento pode nos ajudar a desfrutar de mais clareza mental e estabilidade
emocional em nossas vidas”, comentou a neurocientista Elena Antonova, do Instituto
de Psiquiatria do Kings College London (Inglaterra).[DailyMail, NYTimes]
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