Kelly Graves, 28, passava por uma gravidez normal e
tranquila, parecida com a de seu primeiro filho, Joby, 5. Na noite de 8 de
maio, uma terça-feira, eles voltavam de uma festa quando, ao chegar na casa de
seu padrasto, David Gledhill, Kelly começou a sentir contrações de 10 em 10
minutos.
Ela avisou David e sua mãe Sue do ocorrido. O
padrasto se apressou a levar Kelly de volta para sua casa, para pegar suas
coisas, retornando à própria casa para ajudar Sue e depois levar todo mundo
para o hospital.
Já em sua casa, Kelly ligou para o hospital, que a
confortou dizendo que ela tinha bastante tempo. “Quando eu estava falando com a
enfermeira no telefone, minhas contrações saltaram de cada dez minutos para
cada seis minutos, mas ela me disse para não me preocupar e chegar ao hospital
daqui uma hora. Eu tive um parto simples com Joby, então estávamos todos
esperando a mesma coisa”, conta Kelly.
Na companhia apenas de Joby, os dois tomaram um
banho, quando, descendo as escadas, a bolsa de Kelly estourou. Na mesma hora,
gritou para Joby ir buscar Sue, sua mãe. No banheiro, Kelly notou que estava
sangrando e entrou em pânico.
O que você imagina que acontece em seguida? Que
diante de tal situação, a presença de um menino de cinco anos não ajuda em
nada, na verdade possivelmente atrapalha?
Na família Graves, o contrário ocorreu. Ágil, o
menino buscou o telefone e ligou para os avós. A mãe, ao lado, de repente
começou a ter o bebê. Joby pode ver seu irmãozinho saindo de dentro da mãe.
Enquanto Kelly segurava o bebê, Joby a confortava,
buscava toalhas, enrolava o irmão. “Eu podia ouvir minha mãe dizendo ao
telefone: ‘Sim, nós sabemos, mamãe vai ter um bebê’ e ele respondendo: ‘Não, o
bebê já está aqui! O bebê já está aqui!’”, disse Kelly.
No meio de toda essa confusão, o novo bebê, Harley,
nome escolhido por Joby, não estava respirando. Kelly, por puro instinto,
desobstruiu suas vias respiratórias, além de fazer respiração boca a boca. Mas
o cordão umbilical de Harley estava envolvido em seu pescoço.
“Eu falei: ‘Meu Deus, o cordão!’. Joby me perguntou
se podia tocá-lo, e então rapidamente o desembaraçou do pescoço de Harley,
impedindo-o de sufocar. De onde eu estava, sentada no chão do banheiro,
encolhida contra a pia, eu não teria sido capaz de fazer isso sozinha, com
apenas uma mão livre. Eu acredito que ele ajudou a salvar a vida do irmão”,
afirmou a mamãe.
Em seguida, os pais de Kelly bem como os
paramédicos chegaram. Sue conseguiu cortar o cordão umbilical, e mãe e bebê
receberam o tratamento necessário. Mas o pequeno herói da história, certamente,
foi Joby: essa criança adorável que, no auge dos seus cinco anos, agiu com
calma e responsabilidade.
Kelly conta que ele a apoiou durante toda a
gravidez, e que estava muito ansioso para conhecer seu irmão. Com certeza, o
vínculo entre eles será ainda mais forte, agora que um salvou a vida do outro.
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