Ao contrário da percepção comum entre os
médicos de que as pessoas mais pobres processam mais, Ramon L. Jimenez e sua
equipe demonstraram que os pacientes sócio-economicamente desfavorecidos, na
verdade, processam os médicos menos frequentemente. O trabalho dos
pesquisadores sugere que esse mito exista devido a estereótipos, que atuam de
maneira inconsciente.
Alguns médicos acreditam que, como grupo, os
pacientes mias pobres tendem a processá-los mais. Esse tipo de ideia tem
efeitos negativos na relação entre o profissional e o paciente, chegando até a
relutância de fazer uma consulta ou tratar as pessoas.
Jimenez e a equipe revisaram estudos médicos
e sociais para entender as relações entre práticas médicas e processos legais,
dos grupos mais pobres e de outros. A análise mostrou que os mais pobres
processam menos, em parte por terem um acesso limitado a recursos leais e
financeiros.
Os autores também salientam que alguns
médicos têm um desejo inconsciente de evitar pacientes pobres com medo deles
pedirem reembolso financeiro.
Jimenez conclui: “Ajudar os médicos a serem
culturalmente mais competentes, a tratar e se relacionar bem com um paciente de
raça, etnia, sexo e status socioeconômico diferentes pode ajudar a superar esse
tipo de imagem negativa. Além disso, melhorar a educação e treinamento daqueles
que cuidam da saúde, e dos pacientes, para que possam tomar decisões que tenham
um impacto positivo na satisfação pessoal, no cuidado médico e nos incidentes
de prática médica errada”. [ScienceDaily]
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