domingo, 24 de junho de 2012

Nova doença mata homossexuais


Boston  - A comunidade científica está preocupada com a propagação de uma bactéria resistente a antibióticos e capaz de provocar pneumonia letal. Trata-se de uma nova forma de MRSA, um tipo de Staphylococcus aureus imune às drogas mais usadas. Um estudo publicado na revista "Annals of Internal Medicine", baseado em registros de hospitais das cidades de São Francisco e Boston, analisa a possibilidade de um surto entre a comunidade gay nos Estados Unidos se espalhar pelo restante da população.

Fonte: Globo Club-k.net
Conhecida como MRSA USA300, a variante da bactéria já foi identificada no Brasil. A infecção ocorre principalmente quando existem lesões na pele. Mas pesquisadores sugerem que o sexo anal, que pode causar lesões na mucosa, seria uma via mais eficiente de transmissão, o que explicaria os casos identificados entre homossexuais nos EUA.

- A MRSA tem pelo menos 12 variantes principais. Há três anos, conseguimos justamente USA300 no nosso laboratório - conta a microbiologista Agnes Marie Sá Figueiredo, diretora do Instituto de Microbiologia da UFRJ. - Se conseguimos identificá-la sem procurar muito, certamente devem existir outros casos pelo país. Mas para saber isso com precisão, teríamos que fazer um levantamento mais amplo.

No passado, a MRSA era comum apenas em infecções hospitalares, mas desde os anos 90 passou a ser registrada também fora dos hospitais. A bactéria é encontrada, por exemplo, na pele e na narina de algumas pessoas sem causar doença..

Os homossexuais, devido a prática constante de sexo anal, são os mais visados desta nossa doença que tammbém pode provocar infecções graves no sangue e no coração, além de pneumonia com necrose no tecido dos pulmões. Em 2005, cerca de 19 mil pessoas morreram nos EUA por infecções causadas pela MRSA

No bairro de Castro, em São Francisco, que tem uma das maiores comunidades gays dos EUA, um em cada 588 residentes estaria contaminado pela variação da bactéria, segundo o estudo. No restante da cidade, o índice cai para uma em 3.800 pessoas.

- Como a bactéria se espalha de forma casual, ela pode se tornar uma ameaça à toda a população. - diz o médico Bihn Diep, do Hospital Geral de São Francisco,e um dos autores da pesquisa.

Hospitais eram o foco inicial

Agnes diz que os homossexuais das duas cidades americanas podem estar entre os mais afetados pelas infecções por causa de uma possível associação com a Aids. Os cientistas salientam que a MRSA USA300 é uma nova SIDA e por isso temos que conhecer mais sobre essa bactéria e como ela se dissemina - conta Agnes. - Não podemos fazer qualquer controle sem conhecermos o problema.


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